LUISA DEMETRIO RAPOSO
Luísa Dernétrio Raposo, nasceu no dia 10 de Novembro de 1973 em Oeiras. Cresceu na vila de Cabeço de Vide, Alentejo. Vive na cidade de Portalegre.
RAPOSO, Luísa Demétrio. Nymphea. S.l. [ Portugal ]: Chiado Editora, 2012. 133 p. 13,5x22 cm. (Coleção Prazeres poéticos) Capaq: Vitor Duarte.
o sangue fervilha longamente pelo TEXTO
{...} As cobras; Sedas e carne fundidas una à outra.
Através de armadilhas em inclinação o sangue irrompe do núcleo e abotoa o corpo ponteagudo do texto;
O sexo estala no âmago do cio, na página que cresce a cadapancado num sangue primário;
A Vagina é uma abertura em plutônio, cobra interna, que abre válvulas e queima o {Pénis} os testículos em cobre, separando as trevas internas em êxtases inteligentes.
Una tensão...i tesão a massa inteira, devorados pela terra em equilíbrio que se desdobra nas batidas da lua. que sobe a árduo sangue o sal grosso, a ortografia, no buraco da. seiva que se rasga pela força nas paredes uterinas, no casulo Livro {...}
v
O meu espirito tinge Astros que arpoam faíscas,que lavram íntimo a palpitação, o poder que referve o meu puro sentido.
Que silêncio te abisma, pergunto-me eu, dominando-me no meu próprio regaço maiúsculo, pergunto eu na ferocidade de um gesto inalterável pelos anais ressaltando-me o ser. Aquele que distorce e desiquilibra espinha ininterrupta das palavras em explosão. Cercadas de uma inúmera masculinidade, que me percorre numa ardente lagoa de carne em Revelação. Estrangulada.
Na serrania dos lábios onde a inspiração se acende cercada de sexos e génios, onde somente o amargo se despenha e inclina, o mesmo amargo onde as vírgulas se arqueiam, vertiginosas, no urdir, num silêncio implantado e que eu como ou fodo, em tejos impassíveis, em tramas intemporais, revestindo totalmente as palavras que se reproduzem em eternidades, em mundos árduos e ainda intactos.
a palavra absorve-me o reflexo difundido em temperamentais impulsos
Página publicada em março de 2014
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