HÉLIA CORREIA
é uma escritora e tradutora portuguesa, tendo sido laureada ao longo da sua carreira literária. Foi galardoada com o Prémio Camões 2015.
Hélia Correia nasceu em Lisboa em fevereiro de 1949, e cresceu em Mafra, terra da família materna, na qual frequentou o ensino primário e liceal. Finalizou os estudos liceais em Lisboa, cidade onde também viria a frequentar a Faculdade de Letras. Licenciou-se em Filologia Românica, tendo concluído, mais tarde, uma pós-graduação em Teatro da Antiguidade Clássica. É professora de Língua Portuguesa do ensino secundário. Foi também responsável por diversas traduções.
Começou a publicar poesia em páginas literárias de jornais ( Diário de Lisboa, República e A Capital) , revistas (Vértice) e antologias em 1968.
Em 1981, estreou-se na novelística com O Separar das Águas; em 1982, foi a vez d'O Número dos Vivos. A novela Montedermo, encenada pelo grupo O Bando, acabou por dar à autora um certo destaque. Enfoque esse que reflete, desde muito cedo, o gosto da autora pelo teatro e pela Grécia Clássica. Destacam-se ainda, na sua produção literária, os romances Casa Eterna e Soma. Já em poesia, há que salientar A Pequena Morte/Esse Eterno Canto.[6] Em 2010, Hélia Correia publicou o romance biográfico Adoecer, em que aborda a história de amor entre Elisabeth Siddal e o poeta e pintor pré-rafaelita Dante Gabriel Rossetti. Em 2012 publica a obra A Terceira Miséria, que foi duplamente premiado na modalidade de Poesia. Em 2015 foi galardoada com o Prémio Camões.
Em 2017 foi distinguida pela Asociación de Escritoras e Escritores en Língua Galega como Escritora Galega Universal.
Poesia:
1986 - A Pequena Morte / Esse Eterno Canto
2012 – A Terceira Miséria
Biografia: wikipedia
O PRISMA DE MUITAS CORES. Poesia de Amor portuguesa e brasileira. Organização Victor Oliveira Mateus. Prefácio Antônio Carlos Cortes. Capa Julio Cunha. Fafe: Amarante: Labirinto, 2010 207 p. Ex. bibl. Antonio Miranda
Soneto
Se alguém batesse à minha porta um dia
E me chamasse à vida que há na rua,
Eu — que não quero ouvir — nada ouviria
Que apenas ouço aquela voz que é tua.
Se alguém de noite abrisse a gelosia
Para que eu pudesse olhar a luz da lua,
Eu — que não posso ver — nada veria
Que a condição de cega continua.
Nem punhal feito em aço de Toledo
Me atinge o coração porque ele somente
No aço dos teus olhos se desfaz.
Pois contra mim lançou este bruxedo
O Amor: de meus sentidos nenhum sente
Senão o sentimento que lhes dás.
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Página publicada em janeiro de 2021
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