FRASSINO MACHADO
FRASSINO MACHADO. É este o pseudónimo poético de Francisco de Assis Machado da Cunha. Natural do norte de Portugal, mais propriamente da Cidade Invicta. Desde muito cedo que sentiu uma forte inclinação para as Artes, nomeadamente para a Poesia e a Música. Descendente de uma família com essa mesma inclinação, não admira que - logo na sua juventude - tenha procurado por todos os meios dar sentido a essa vocação.
Tem dinamizado há já vários anos momentos de canto e música, quando do lançamento de Obras Literárias, nomeadamente nas actividades promovidas pela Editorial Minerva, na qual tem já editados alguns dos seus trabalhos poéticos, nomeadamente na conhecida Antologia POIESIS.
Iniciado na prática das novas tecnologias, criou uma Página na Internet, com o nome de JARDIM DE ORFEU ( www.jardimdeorfeu.no.sapo.pt ), e dinamiza com regularidade três Webblogues de dominante poética / literária , dois individuais denominados MIRADALTO ( www.puxaprariba.blogger.com.br ) ; O CANTO DO PARNASO ( www.ocantodoparnaso.blogspot.com ) e outro colectivo destinado à divulgação poética, chamado TERTÚLIA POÉTICA AO ENCONTRO DE BOCAGE ( www.tertuliabocage.blogs.sapo.pt ), presidido pela poetisa América Miranda.
Mais recentemente criou uma outra Página simples, denominada CANTO DE FRASSINO (www.frassinomachado.net), dominantemente de poesia mas integrando um Diário pessoal, aberto a comentários de potenciais leitores.
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CONTACTOS PARA O AUTOR: machadofrassino@gmail.com, machadofrassino@hotmail.com
A DONZELA DA INTERNETE
O sentir que ora me prende
não se vê ao natural
contudo a energia é tal
que uma fraca chama acende.
O dia longo se estende
de uma forma virtual
mas tua imagem real
hora a hora me surpreende.
Donzela que me escondeis
por detrás da Internete
teus atributos fiéis ...
Se a memória me diverte
por quem sois não o deixeis
outrossim que eu possa ver-te !
SONETO DO MACHADO
Este soneto do Machado,
ao gosto camoneano,
é mesmo um grande achado
ocorrido neste ano.
Não encontro tanto brilho
como o que foi registado
é apenas um sonetilho
este soneto do Machado.
Nunca julgo que mereço,
nesta arte que dimano,
tão estimável apreço
ao gosto camoneano.
Tão merecedor é Quintais
cujo estilo requintado
entre todos os demais
é mesmo um grande achado.
O que tenho, sim, em mente
como real valor humano
é um seguro passo em frente
ocorrido neste ano !
MEU PORTO DE ABRIGO
És o meu porto de abrigo
neste mundo tão sem jeito
sem nada a que se dê preito
a não ser estar contigo.
Quando encontro um perigo
e o trilho não é direito
teu sorriso doce espreito
que vencer logo consigo.
O meu ser em ti descansa
e quando a tormenta avança
tua palavra algo faz ...
Meu amor, tu és beleza,
és esposa e firmeza,
és pra sempre minha paz !
AMOR CIBERNÉTICO
Meu amor, que é meu sonho, perguntou
a que porta bater ao fim da tarde
e a razão respondeu, por ser verdade,
que a porta não existe, escancarou.
Minha morada é o mundo que nasceu
da rede cibernética emergente
meus filhos os poemas do seu ventre
que a saudade de alguém incandesceu.
Palavras são matéria de desejo
e as emoções o sangue virtual
nesta infindável ânsia que prevejo ...
Tu, amor, mais que eu és natural
eu porventura a ti já não invejo
que este projecto a dois é bem real !
A VOZ DO MAR
Fui junto à praia ouvir a voz do mar
numa tarde bem cálida e serena
e entre rochas molhadas senti pena
de não ter junto a mim a quem amar...
Sinfonia das ondas a chamar,
lembrança de saudade tão amena,
a minha alma sentindo-se pequena
sua imagem da espuma fez brotar.
Ó algas e marítimos animais,
ó filhas de Neptuno que sonhais
vir a ser do deus Marte namoradas,
Procurai noite e dia o meu amor
levai-lhe as minhas lágrimas e dor
e trazei dela beijos às braçadas !
ORA ET LABORA
– Frassino Machado
“Trovas a São Bento”
Ao passar além do Porto
A caminho da Galiza
O São Bento é o conforto
Que toda a gente precisa.
P´ los caminhos de São Tiago
Quem sente algum desalento
Enxagua os pés, descansado
Na Basílica de S. Bento.
São Bento da Porta Aberta
No coração do Gerês
Tu és mesmo a Porta certa
Para quem é português.
São muitos os caminhantes
São muitos os peregrinos
Que procuram confiantes
Os teus favores divinos.
Não só o povo do norte
Mas também de toda a parte
Por ti desejam a sorte
Pois tu és um baluarte.
Todo o povo te procura
Quando sente coisa ruim
Espera sempre a sua cura
Confiando no teu sim.
Tu és santo taumaturgo
Teu poder é milagreiro
Quem s´encontra no teu burgo
Não se sente forasteiro.
Não és santo nacional
Nem vem notícia nos autos
Mas cuidas de todo o mal
E dás abrigo aos incautos.
Sempre foste tradição
Nas aldeias ou cidade
Duma boa administração
Em tempo de austeridade.
Tua Regra desde outrora
Propiciaste a esta Terra,
Com o teu “Ora Et Labora”
Toda a Crise se encerra.
São Bentinho, São Bentinho,
Vê se ficas bem atento
Não deixes que o Zé Povinho
Se deixe enganar por “S. Bento”…
São Bento amigo só há um,
Lá p´ ras bandas do Gerês,
Não queremos mais nenhum
Já chega de malvadez!
Frassino Machado
In MUSA VIAJANTE
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