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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

CASIMIRO DE BRITO

 

Natural de Loulé (Algarve), nacido em 1938.  Reside em Lisboa. Desde muy joven se integra em varias manifestaciones culturales que Le lelvan a publicar sus poems em uma etapa temprana. Formó parte de Poesia 61. Su obra tiene um acentuado matiz ideológico, evocando los valores y la libertad del ser humano. 

Página do poeta: http://casimirodebrito.no.sapo.pt

 

Poemas selecionados de la edición de la ANTOLOGIA LA ACTUAL POESIA PORTUGUESA, con traducciones de nuestro amigo XOSÉ LOIS GARCÍA, publicada originalmente en la revista HORA DE POESIA, n. 27/28, de 1983, de Barcelona, España. Ejemplar gentilmente donado por Aricy Curvello para la Biblioteca Nacional de Brasilia.   

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS   /   TEXTOS EN ESPAÑOL

 

 

SE
fragmento 117 do
LIVRO DAS QUEDAS

 

Se o mundo não tivesse palavras

a palavra do mar, com toda a sua paixão,

bastava. Não lhe falta

nada: nem o enigma nem

a obsessão. Entregue ao seu ofício

de grande hospitaleiro

o mar é um animal que se refaz

em cada momento.

O amor também. Um mar

de poucas palavras.

 

 

UM CORPO UM PAÍS

primeira biografia

 

Frente ao mar

meu corpo ardente e nu de marinheiro pelo sangue.

Fervem-me nas veias

um milhão de ondas em repouso

Em meus olhos cativos e saudosos

— imagem da minha solidão imensa —

o abraço que me une a ti

                                      ó mar

deus pagão de olhar luminoso e belo!

 

Recebe ó mar este afluente silencioso

que para ti corre

     e contigo se confunde:

o líquido cantão canto a quem me ligo

pelo drama de não ser só teu.

 

 

PORTUGAL

(campo de concentração)

 

Ocupado país ocupado e seco

  pelas unhas do sono

    e da usura

  pelo espinhento abandono

    da terra

pelas grades agressivas da Espanha

   e do mar

  sempre em volta

 

                          (a caminho da Europa)

 

Transparente país despovoado

ao sol deitado

 

    Transparente país por fazer

 

    Entre paredes deixado

a apodrecer

 

 

LIBERDADE

 

Como se de asas de tratasse

invoco teu nome liberdade.

 

Procuro nos teus seios de lava

palavras nuas à beira da morte.

 

Âncoras de sol,

frutos indistintos que prometam

um porto com a forma do corpo.

 

 

DA PEQUENA MORTE

 

Alimento a tua pele silenciosa

enquanto renovas a paz do meu sangue

a morte o sismo a transparente cruel-

dade onde naufragamos onde agora

o pão e o sol e o canto inventamos

 

A noite convoca o arco distendido

a ponte reconstruída dos corpos

 

Alimento com minha armas vagarosas

âncoras de sangue do mar libertas

a luz que nos unes até aos ossos até

ao núcleo em que terra e fogo desfazem

no corpo a pequena visitação da morte

 

 

ESPAÇO CRUEL

 

Neste espaço cruel

onde me perco onde encontro

neste espaço cruel onde o deserto

nos dá por companhia os próprios ossos

e a morte reflete a nudez de quem

no amor viajado contempla

de frente o sol

 

Neste espaço cruel onde dos ossos somos deserto a própria companhia

e nos perdemos se nos

encontramos

 

Neste espaço cruel

a morte nos domina e a morte

dominamos 

 

 

De
Casimiro de Brito
MÚSICA DO MUNDO
Organização de Carlos Nejar
Apresentação Ildásio Tavares
São Paulo: Escrituras, 2006
165 p.  (Col. Ponte Velha)
ISBN85-7531-233-2

(Exemplar gentilmente enviado pela editora,
 por recomendação de Floriano Martins)

 

DISSOLUÇÃO DO CORPO

 

Que mais tens para vender (estátua

De pequena estatura) além

Do pó? O que tens de comum com a morte

De teus irmãos? Viveste

Em caves sem lenha, bebeste

O vinho da ira, a neve

Do exílio — mas canta! Nem só pelo pão

Vive o homem; nem só de

Música. Também a posse mineral do silêncio

Te alimenta — a sombra venerável

Do sangue. Assim se destilam

Medo & cólera — bússolas esculpidas

Nas praias desertas

Do corpo. Ajustam-se

Os elementos cruciais

Da guerrilha; a explosão

Do sono; a vertigem colectiva desse fogo

Em oceanos de usura roubado, em ácidas matérias
Silenciado— cinza pobre, arestas de cristal

Num corpo indissoluto. Armas

Sem lirismo

As tuas! Lâminas nuas

À beira da morte ah mas eu já não sei

Se vida ou morte existe — sílabas

Aguçadas no fermento quotidiano! Cantas —

Canto para limpar o tempo mínimo

Da estátua mais feminina, espátula

Sem repouso. Denuncias a memória

Dos tempos — desenvolves a fórmula

De onde se desprendem o júbilo, frutos luminosos e sal

Fresco

Por lacónicos materiais violentado. Águas

Sentadas

De povos, nações e línguas. Armas

Do vento as tuas — árida

Ariadna...

 

 

TEXTOS EN ESPAÑOL

 

Traducción de

XOSÉ LOIS GARCÍA 

 

UN CUERPO UN PAIS

primera biografia

 

Frente al mar

mi cuerpo ardiente y desnudo de marinero por la sangre.

Me hierven en las venas

un millón de olas en reposo

En mis ojos pequeños y nostálgicos

— imagen de mi soledad inmensa —

el abrazo que me une a ti

                                      oh mar

ίdios pagano de mirada luminosa y bella!

 

Recibe oh mar este afluente silencioso

que hacia ti corre

                         y contigo se confunde:

el liquido canto a quién me uno

por el drama de no se solo suyo.

 

 

PORTUGAL

(campo de concentración)

 

Ocupado país ocupado y seco

   por las uñas del sueño

      y de la usura

   por el espinoso abandono

      de la tierra

por las verjas agresivas de España

      y del mar

   siempre alrededor

 

                            (camino de Europa)

 

Transparente país despoblado

   al sol acostado

 

   Transparente país por hacer

 

   Entre paredes dejado

      pudrir

 

 

LIBERTAD

 

Como si de alas se tratase

invoco tu nombre libertad.

 

Busco en tus senos de lava

palabras desnudas al lado de la muerte.

 

Anclas de sol,

frutos indistintos que prometan

um puerto com la forma del cuerpo.

 

 

DE LA PEQUEÑA MUERTE

 

Alimento tu piel silenciosa

la muerte el seismo la transparente curel-

dad donde naufragamos donde ahora

el pan y el sol  el canto inventamos

 

La noche convoca al arco distendido

al puente reconstruído de los cuerpos

 

Alimento com mis armas lentas

ancls de sangre del mar liberadas

la luza que nos une hsta los huesos hasta

el núcleo en que tierra y fuego deshacen

em el cuerpo la pequeña visita de la muerte

 

 

ESPACIO CRUEL

 

En este espacio cruel

donde me pierdo donde me encuentro

en este espacio cruel donde el desierto

nos da por compañía a los propios huesos

y la muerte refleja la desnudez de quién

en el amor viajado contempla

de frente al sol

 

En este espacio cruel donde por los huesos

somos abandonados a la propia compañía

y nos perdemos si nos

encontramos

 

Em este espacio cruel

la muerte nos domina y a la muerte

dominamos

 

 

Página publicada em fevereiro de 2008.



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