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Sobre Antonio Miranda
 
 


 
 

 

JORGE ACEVEDO MATÍAS

 

(enero de 1973 en Mayagüez, Puerto Rico]

 

Estúdió Pedagogia en la Universidad Interamericana en Aguadilla y la Pontifícia Universidad Católica de Ponce. Ha  publicado en las revistas El sótano 00931, Desde el limite y El cuervo.

 

TEXTOS EN ESPAÑOL   -   TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

POL, Julio Cesar, editor.  Los rostros de la Hidra. Antología de revistas y poetas del siglo XXI.   San Jua, Puerto Rico: Editorial Isla Negra; Edicones Gaviota, 2008. 285 p.   15x23 cm.      ISBN 1-881740-72-2 

 

 

 Consolación

 Si al menos la sonrisa primigenia
reposara su aire
en estos labios áridos que insisten
sólo en el desamor.
Si al menos acertara
a precisar la forma de mi angustia.
Si supiera,
su secreta razón para obstinarse
en poblar este espacio
que a fin de cuentas no me pertenece.
Si llegara,
a reducir mi vida cotidiana
a su expresión más simple
y si pudiera
vivir en ella muy discretamente
sin gestos graves ni palabras huecas
sólo con la elocuencia
de un final silencioso
que nadie osara resenar en obituário...
 

 

Modus operandi

Serenamente

parecido a la noche y a su sombra

se ha instalado el silencio en este espacio estrecho

que limita mi nombre y su tristeza.

Pausadamente

agazapada y famélica como el hambre de lobo y la silueta
/huidiza del gato se ha instalado la ira en este espacio
en que habitan mi nombre y su tristeza.
Ineludible y cierta acaso como el perro

que enumera implacable los pasos de su presa

se ha instalado el vacío

en este espacio gris donde no existen

la sombra ni el reflejo.

Discreta y obstinada

como la brisa sorda

y la naturaleza agreste de los jardines nocturnos
así obra en mi nombre la tristeza.

 

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução: Antonio Miranda

 

Consolação

Se pelo menos o sorriso primigênio
repousasse seu ar
nestes lábios áraidos que insistem
somente no desamor.
Se pelo menos acertasse
em precisar a forma de minha angústia.
Se soubesse,
sua secreta razão para obstinar-se
em ocupar este espaço
que afinal de contas não me pertence.
Se chegasse,
a reduzir minha vida quotidiana
à sua expressão mais sigela
e se pudesse
viver nela bem discretamente
sem gestos graves nem palavras vazias
apenas com a eloquência
de um final silencioso
que ninguém ousasse relatar no obituário...

 

        Modus operandi

Serenamente
semelhante à noite e sua sombra
instalou-se o silêncio neste espaço estreito
que separa meu nome e sua tristeza
Pausadamente
agachada e famélica como a fome do lobo e a
silhueta fugidia do gato
instalou-se a ira neste espaço
em que habitam meu nome e sua tristeza.
Ineludível e certa
talvez como o cão
que enumera implacável os passos de sua presa
instalou-se no vazio
neste espaço cinzento onde não existem
a sombra nem seu reflexo.
Discreta e obstinada
como a brisa surda
e a natureza agreste dos jardins noturnos
assim atua em meu nome a tristeza.

 

Página publicada em junho de 2017



 
 
 
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