GLORIA YOUNG
Gloria del Carnen Young nasceu no Panamá em 30 de dezembro de 1952. Licenciada em Ciências Políticas e Administração Pública pela Universidad Nacional Autónoma do México, (1980) e em Literatura Dramática e Teatro (1976). Casada, mestra em Sistemas Educativos, Especialização em Supervisão e Currículo (1984-85, ICASE, Universidad do Panamá). Promotora cultural, fala inglês, espanhol e é tradutora de francês. Fez conferências no Panamá e no exterior sobre cultura e literatura panamenha. Organizou eventos nas áreas de literatura e artes plásticas. Expôs pintura e fotografia. Organizou o Primer Encuentro Nacional de Mujeres Sanadoras e o Primeiro Encontro de Mulheres Escritores do Panamá (2003). Preside o X Encontro Internacional de Escritores a ser realizado em março de 2012 no Panamá. Dirigiu revistas como Mujer Hoy. Atrévete e editou a Ventanas dei Parlamento. Presidiu a Comissão da Mulher na Assembleia Nacional. Produziu programas de rádio. Também escreve sobre educação, e política.
Publicou artigos em jornais e revistas. Preside o Centro de Apoyo a Ia Mujer Maltratada. Dirige o Instituto para Ia Consolidación de Ia Democracia de Ia Universidad Latina de Panamá. Sua obra é condensada nos poemários: Desatado el Corazón (2010). Templo de Agua (2002). Mujer, prensa y poesia (entrevistas y poemas, 1993); Laberinto (1992). Hotel (1990). La voz aún no quemada. Antologia de la invasión (1990). Manifiesto desde mi Ventaria (1988). Fiebre, (1987). Ganhou concursos de poesia no Panamá. Seus poemas, apresentados na Costa Rica, Colômbia, México, Espanha, Argentina, Guatemala, foram traduzidos ao inglês, português, russo, alemão, francês. E autora várias leis, como a lei que fez jus aos escritores do Panamá. Preside o Consejo Nacional de Escritoras y Escritores de Panamá. cammpanama(5)yahoo.com. gloriayoung(5)ulatina.ac.pa gloria. young@gmail.com
II BIENAL INTERNACIONAL DE POESIA DE BRASÍLIA – Poemário. Org. Menezes y Morais. Brasília: Biblioteca Nacional de Brasília, 2011. s.p. Ex. único.
Cabe ressaltar: a II BIP – Bienal Internacional de Poesia era para ter sido celebrada para comemorar o cinquentenário de Brasília, mas Governo do Distrito Federal impediu a sua realização. Mas decidimos divulgar os textos pela internet.
TRADUÇÕES AO PORTUGUÊS POR
Antonio Miranda
Ahora ya no estoy sola
como un río
escapándose hacia el mar. - .
Vuelvo
a la mujer que siempre
vá conmigo.
La que tiembla
cuando la soledad mueve
las puntas de la noche
o ríe cuando los caminos están
plenos
de los mitos cotidianos
en los abismos
de mí misma.
Del poemario Templo de Agua (Imprenta La Nación, Panamá, 2003).
Agora não mais estou sozinha
como um rio
escapando para o mar.
Regresso
à mulher que sempre
levo comigo.
A que estremece
quando a solidão move
os extremos da noite
ou ri quando os caminhos estão
plenos
de mitos cotidianos
nos abismos
de mim mesma.
Soy
Soy recinto
de todas las palabras colgadas en el viento
de la luz que atraviesa mi curva cordillera
de la canción del sueño
del mar con sus espumas
del alma desbocada al filo de una estrella
soy
voz que no se esconde
que explora sus tejidos
que aúlla en el misterio de todos sus silencios
que murmura a la vida
que acecha en la vigília
que da vuelo a la risa venciendo la nostalgia.
Soy agua
de Ia lluvia
del mar
de la tormenta
y busco los tesoros
y lavo
Ias memorias
soy mujer
de este siglo
escalando esperanzas
cabalgando corceles
de amor y de ternura
abriéndome los poros
al olor de las frutas
soltándome el cabello
surcando la dulzura
aquí
en la penumbra
de la
puesta del sol.
Del libro Mujer, Prensa y Poesia, imprenta Universitária, Panamá, 1993.
Sou
Sou o recinto
de todas as palavras penduradas no vento
da luz que atravessa minha curva cordilheira
da canção do sonho
do mar com suas espumas
da alma escancarada no fio de uma estrela
Sou
voz que não se esconde
que explora seus tecidos
que ulula no mistério de todos os silêncios
que murmura à vida
que espreita na vigília
que dá vez ao sorriso vencendo a saudade.
Sou água
de chuva
do mar
da tormenta
e busco os tesouros
lavo
as memórias
sou mulher
deste século
escalando esperanças
cavalgando corcéis
de amor e de ternura
abrindo os poros
ao perfume das frutas
soltando os cabelos
sulcando a doçura
aqui
na penumbra
deste
pôr-do-sol.
YOUNG, Gloria. Desatado el corazón. Panamá: Instituto Nacional de Cultura; Editorial Mariano Arosemena, 2010. 68-p. 22 cm. 13x22 cm. (Col. Múltiple)
LUNA NUEVA LLENA CRECIENTE
Gota a gota en tu mundo transparente
escalas una y otra vez tu montaria mágica placenta
manantial lechoso tu playa primitiva
ya no es la fé una moribunda sin aliento.
Flota tu cuerpo infantil sin memória
en ese mar denso nutritivo
despejada la envidia ausente el ódio
dulzura de matriz inacabable.
Aqui empieza la vida,
jugando a empujar las olas iluminadas por ti misma
en aguas de mar tíbias redondeando las orillas
belleza láctea ya no te intuyo.
Miro apacible y juguetona tu imagen transparente
traslúcida opalina bebiendo todos los elementos dei planeta
¿Tendrás un lugar fijo en el mundo?
¿0 serán todos los puentes tus caminhos
y todos los caminos tus territórios?
Te cansaste de escalar, de beber,
de chuparte el dedo y de jugar
em la más bella ciudad de aguas calmas de leche
allí encontraste en el útero habitado
una parcela donde esconderte
pequeno caracol en tu arena de asombro.
Qué forma de sonar la tierra
apaciguadora de los recuerdos
ocultando su carita en el más secreto de los pliegues espectáculo
calmo el que regala meciéndose bajo la lluyia fecundante
del diluvio que abre paso por el círculo blando que la cubre.
Pequeña soñador del agua termal sanadora
paisaje feminino repleto de esperanzas
visión sustância voluptuosa adormecida en el sueño
entretejida la hebras de las olas.
LUA NOVA CHEIA CRESCENTE
Gota a gota em teu mundo transparente
escalas uma e outra vez tua montaria mágica placenta
manancial leitoso tua praia primitiva
já não és a fé moribunda sem alento.
Flutua teu corpo infantil sem memória
nesse mar denso nutritivo
esvaziada a inveja ausente o ódio
doçura de de matriz interminável.
Aqui a vida inicia,
brincando de empurrar as ondas iluminadas por ti mesma
em águas de mar tíbias redondeando as margens
beleza láctea já não te pressinto.
Vejo aprazível e brincalhona tua imagem transparente
translúcida opalina bebendo todos os elementos do planeta
Terás um lugar fixo no mundo?
Ou serão todas as pontes teus caminhos
e todos os caminhos teus territórios?
Cansaste de escalar, de beber,
de chupar o dedo e de brinca
na mais bela cidade de águas calmas de leite
ali encontraste no útero habitado
uma parcela onde esconder-se
pequeno caracol em tua areia de assombro.
Que maneira de soar a terra
apaziguadora das lembranças
ocultando sua face no mais secreto dos dobras espetáculo
calmo em que doa agitando-se na chuva fecundante
do dilúvio que abre passo pelo círculo brando que a encobre.
Pequeno sonhador da água termal sanadora
Paisagem feminino repleto de esperanças
visão substância voluptuosa adormecida no sonho
tecia nas linhas das ondas.
Desatado el corazón
Ocurre que el amor es dulce si abres la puerta en el momento exacto y te dejas habitar en la intimidad dei parque. Resulta que la distancia esconde lo que el corazón a gritos te demanda. Tienes que aprender a inventarie los puertos interiores y el paisaje de las mañanas encandiladas por los trinos de las aves. Todas estas cosas que a las mujeres les cuesta el temblor del cuerpo doliéndoles las ganas y que dejan olvidadas en cualquier equivocación, podrán ser tu alfabeto si no te atreves a desatar el corazón a tiempo. ¿Cuándo es ese tiempo? Yo no sé. Hasta alia no llegan mis certezas. Yo solo sé de versos hilvanados en la hamaca de mis sueños despiertos. Solo sé que tu ya estás presente y todo lo que ocurra a partir de hoy te pertenece. El amor no es siempre igual ni tiene una medida justa. El corazón se equivoca permanentemente; ésa es su misión. La tuya es desatarlo, liberado de si mismo. La miel no se cosecha sin el ardor de las abejas. Desata el corazón, reconoce tu piel viva, enciende la risa mientras escalas con pies desnudos los riscos tortuosos que el tiempo de alacranes te dibuja. Desátalo de sus indecisiones e implacables errores. Desátalo de los consuelos dominicales y de los golpes de pecho; de la fé con ojos cerrados y brazos extendidos hacia el cielo. Desátalo de las cosas posibles que nunca se realizan y de la agonía y las congojas que siempre acechan el alma. Prueba poblarlo de días limpios, de olores apacibles, de lloviznas insinuadas. Ensaya ponerle trampas en médio del silencio; cantarle dulces canciones inventadas y así, sin darse cuenta, ; desátalo, desátalo, desátalo!
Coração desatado
Acontece que o amor é doce se abres a porta no momento exato e te deixas habitar na intimidade do parque. Resulta que a distância esconde o que ocoração a gritos demanda. Deves aprender a inventar os portos interiores e a paisagem das manhãs acendidas pelo gorjeio dos pássaros. Todas estas coisas que às mulheres causa tremor no corpo doendo-lhes de desejos e que deixam olvidadas em qualquer equívoco, poderão ser teu alfabeto se não te atreves a desatar o coração a tempo. Quando será este tempo? Eu não sei. Até lá não chegam minhas certezas. Apenas sei de versos alinhavados na rede de meus sonhos despertos. Apenas sei que tu estás presente e tudo que acontecer a partir de hoje será teu. O amor nem sempre é igual nem tem a medida justa. O coração se engana permanentemente: essa é sua missão. A tua é desatá-lo, libertá-lo de si mesmo. O mel não se coleta sem o ardor das abelhas. Desata o coração, reconhece tua pele viva, acende o sorriso enquanto escalas com pés descalços os riscos tortuosos que o tempo de lacraias te afigura. Desata-o de suas indecisões e implacáveis erros. Desata-o dos consolos dominicais e dos golpes no peito; da fé com olhos cerrados e braços estendidos para o alto. Desata-o das coisas possíveis que nunca acontecem e da agonia e as aflições que sempre invadem a alma. Experimenta povoá-lo com dias límpidos, de odores aprazíveis, de neblinas insinuadas. Ensaia colocar armadilhas em pleno silêncio; cantar-lhe amáveis canções inventadas e assim, sem perceber, desata-o, desata-o desata-o!
Página publicada em janeiro de 2012, durante a visita de Gloria Young a Brasilia, em que participou de um sarau de poesia convocado pela Embaixada da Panamá.
POESÍA DE PANAMÁ. Edición bilingüe con las versiones rusas de Pável Grushko. Ciudad de Panamá: Universidad de Panamá, 2015. 170 p. 21x27 cm. Cubierta: Pintura de Anna Goncharova “Luna Nueva”. Tapa dura, sobretapa. Tiraje: 1800 exemplares. Impresso en Colombia pro Prensa Moderna.
LA LUNA ES EL DÍA INCENDIADO
BAJO EL ÁRBOL
La luna es el día incendiado bajo el árbol.
El agua quem mi garganta
sólo una palavra fresca
inunda mi cuerpo y mi alma.
Es la palavra que junto nuestros passos
en cualquier esquina
y tropezó entre sombras
y adoquines
y encontro el caminho del mar perdido.
Es la palavra amarrada
a la muerte de los relojes
y a la lluvia del domingo azul
con su espuma
que lava mi vientre de polvo.
Es la palavra que cruzó la calle
y entró al hotel al cuarto
y se acostó en la cama.
A LUA É O DIA INCENDIADO DEBAIXO DA ÁRVORE
A lua é o dia incendiado debaixo da árvore.
A água queima minha garganta
apenas uma palavra fresca
inunda meu corpo e minha alma.
É a palavra que juntou nossos passos
em qualquer esquina
e tropeçou entre sombras
e paralelepídos
e encontrou o caminho do mar perdido.
É a palavra amarrada
à morte dos relógios
e à chuva do domingo azul
com sua espuma
que lava meu ventre de pó.
É a palavra que atravessou a rua
e entrou no quarto do hotel
e se deitou na cama.
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Página ampliada em março de 2017
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