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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
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LEOPOLDO RAMOS

 

 (1898-1957)

fue autor de Urbe, camiña y mar (1932), Presencias (1937), Un hombre en la calle (1939), Bauprés (1942) y Sobretarde y un soneto a la luna (1947).

 

DUVALIER, Armando. Trayectoria poética de Leopoldo Ramos.  México: Editorial Surco, 1945.

                      

TEXTOS EN ESPAÑOL   -   TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

         LA AMADA QUE FUE

 

                !El poder del recuerdo! Poesía
cargada de murmullos
como el silencio em la selva...

                   Te siento tan lejana
que necessito asirte de algo.

                   !Tu nombre es un objeto en esta hora
de la memoria enternecida,
cuando es uma colonia de gardênias
el fondo del recuerdo!...

                   !Qué cercal,
como randa de sol em el crepúsculo,
flota la dicha!

                   Brisnas de musgo inician
su dorada presencia, y cada día
se halla más dulce el imposible...

                  Es poar eso tu nombre como uma
mano al alcance de mis besos...

                   !Qué claro,
entre mi corazón y tu silencio,
está el viento que passa!...

                  Es porque el tiempo, aunsque no vuelva nunca,
es sólo un leve azul de cordillera...

                  

 

         ARIA DE LOS CAMINOS VIEJOS

              El alba se diseña
con gesto de plegaria bajo un tápalo,
y una dulce honradez de enhorabuena
saluda en las veredas a mi paso...

                   No vuelvo a tí, mi amada, por el viejo
camino; está borrado por la espera.
Mis prisas inventaron el sendero;
pero ha soplado el viento
hasta cubrir con polvo de la sierra
la imagen desnuda de mis huellas...

                   Saben, también, vengarse los caminos:
si no se les remira como a una
mujer, se desdibujan en olvido...

                  Como amigos que agitan
sobre sus nobles frentes una toca,
se mi volver la contenida angustia,
con su breve vorágine en la copa...

                   Y al hundir mi ansiedad entre los claros
de tu huerta vestida de memorias,
!qué deseo tan vivo en la conciencia
de tomar mi azaroso desengaño
como se tomo a un padre, de la mano,
y desandar con él toda la senda!...

 

 

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução de Antonio Miranda

 

         A AMADA QUE SE FOI

             O poder da lembrança! Poesia
carregada de murmúrios
como o silêncio numa floresta...

                   Eu te pressinto tão distante
que necessito agarrar-te.

                   Teu nome é um objeto nesta hora
da memória enternecida,
quando é um punhado de gardênias
o fundo da lembrança!...

                   Tão próximo,
como raios de sol no crepúsculo,
flutua a ventura!

                   Folhas de musgo iniciam
sua dourada presença, e cada dia
se encontra mais doce o impossível...

                   É por isso teu nome como a
mão ao alcance de meus beijos...

                   Que claro,
entre o meu coração e o teu silêncio,
está o vento que passa!...

                   É porque o tempo, embora não volte nunca,
é apenas um leve azul de cordilheira...

 

 

       ARIA DOS VELHOS CAMINHOS

              A alvorada é desenhada
com gesto de oração  de um cubra-o,
e uma doce honradez de felicitação
saúda nas veredas em meu passo...

                   Não regresso a ti, minha amada, pelo velho
caminho; está apagado pela espera.
Minha pressa inventou o a trilha;
mas o volto já soprou
até cobrir de pó da serra
a imagem despida de minhas pegadas...     

         Sabem os caminhos, também vingar-se:
e não os revemos como a uma
mulher, se dissolvem no esquecimento...

                  Como amigos que agitam
sobre suas nobres frentes uma toca,
se me retornar a contida angústia,
com sua breve voragem na taça...

         E ao fundir minha ansiedade entre os clarões
de tua horta vestida de memórias,
que desejo tão vivo na consciência
de tomar eu aleatório  desengano
como se toma um pai, pela mão,
e refazer com ele todo o caminho!...

 

Página publicada em agosto de 2019


 

 

 
 
 
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