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JOSÉ AGUSTÍN AGUILAR SOLÓRZANO

 

TEXTOS EN ESPAÑOL  /  TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

José Agustín Aguilar Solórzano

De
José Agustín Aguilar Solórzano
VERSOS, MOSCAS Y POETAS
Morelia, Michocán: Gobierno del Estado, Secretaría de Cultura, 2009. 
93 p.  (Colección Opera Prima)
ISBN  978-607-7687-35-1

 

A mis ojos tristes, rotos
a mis ojeras secas, marchitas
al hombre que yo soy
disuelto en el aire, soluble
cansado de ser, inútilmente
flojo, flácido
                   feliz

a mis manos
sembradas en mi cuerpo
alma vieja, muete vieja
de los primeros tiempos
alma que tiembla
         que se desmorona
morona de vida
aliento
         que entierro en el viento

a mi cara pálida, de muerto
ala arrancada del cielo
voy a enterrarle mis dedos
                            a tu silencio


Poema com final triste

Sin salivas  ni tormentas
sin salva vidas  sin mar
sin abismo  sinn paracaídas
sin lágrimas  sin derramar


Poema com final mais triste

Hoy que no tenía ganas de llorar
me cayó una lágrima del cielo



Breve aclaración

         El problema de los poetas como yo
         es que somos demasiado tristes por la mañana
         tanto, como para poder escribir
         sin que se nos haga juicio en el poema
         sin que salgamos arañados, ojimorados
         nuevos a una vida vieja
         a un dolor antiguo a una coraza cucha
         a una muerte que nunca se va de la estación

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TEXTOS EM PORTUGUÊS

Tradução de Antonio Miranda

 

Aos meus olhos tristes, rotos
às minhas olheiras secas, murchas
ao homem que eu sou
dissolvido no ar, solúvel
cansado de ser, inutilmente
frouxo, flácido
                   feliz

às minhas mãos
semeadas em meu corpo
alma velha, morte velha
dos primeiros tempos
alma que estremece
         que se desmorona
vazia de vida
alento
         que enterro no vento

à minha cara pálida, de morto
asa arrancada do céu
vou enterrar meus dedos
                            em teu silêncio


Poema com final triste
Sem saliva nem tormentas
sem salva vidas  vidas sem mar
sem abismo  sem pára-quedas
sem lágrimas  sem derramar


Poema com final mais triste

Hoje que não tinha vontade de chorar
caiu uma lágrima do céu

 

Breve esclarecimento

O problema de poetas como eu
é que somos demasiado tristes pela manhã
tanto quanto para poder escrever
sem que nos faça juízo no poema
sem que saiamos arranhados, nocauteados
novos a uma vida velha
a uma dor antiga a uma couraça corcunda
a uma morte que nunca sai da estação

 

Página publicada em novembro de 2010.

                  

 

 

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