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LEÓN LEYVA GALLARDO
León Leiva Gallardo (Amapala, Honduras, 1962) Estudió psicología y letras en la Universidad de Northeastern Illinois, es autor de las novelas “Guadalajara de noche” y “La casa del cementerio” (Tusquets Editores, 2006 y 2008, respectivamente), y “Palabras al acecho” en la coedición “Desarraigos: Cuatro poetas latinoamericanos en Chicago” (Vocesueltas, 2008). Su obra está presente en revistas literarias y en antologías, entre ellas: “En el ojo del viento” (John Barry, 2004) y “Astillas de luz”/Shards of Light (Tía Chucha Press, 2000).
TEXTOS EN ESPAÑOL - TEXTOS EM PORTUGUÊS
HOMBRE POBRE PENSANDO EN SU MUJER
Si no fuera porque tus ojos ennoblecen
toda la miséria y destrucción que nos rodea
si no fuera porque tu boca da sano aliento
a las verdades de estos remedos de ciudad
si no fuera porque tus manos producen
lo que los malhechores expropian
si no fuera porque tu infinito cuerpo no exige
todo lo que necessitamos y no poseemos
si no fuera porque tu noble corazón assume
el desastgre como si fuera u mensaje divino
si no fuera por todo esto…
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TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução: ANTONIO MIRANDA
HOMEM POBRE PENSANDO EM SUA MULHER
Se não fosse porque teus olhos enobrecem
toda a miséria e destruição que nos rodeia.
se não fosse porque tua boca de alento sadio
às verdades desses arremedos de cidade
se não fosse porque tuas mãos produzem
o que os malfeitores expropriam
se não fosse porque teu infinito corpo não exige
tudo o que necessitamos e não possuímos
se não fosse porque teu nobre coração assume
o desastre como se fosse uma mensagem divina
se não fosse por tudo isso...
ERGO
Pensar que a noite é meramente estar sujeitos
a uma sombra cíclica.
Pensar que o dia é uma radiação estelar, apenas,
que o trinar dos pássaros e demais sons naturais
são uma manifestação do homem, a rotina da fauna.
Pensar que ao desvelar todo o belo que nos rodeia,
nos damos conta que também
somos parte de um nicho ecológico,
que nossos desejos estão vinculados a um ímpeto
ancestral e prístino,
que nossos sentimentos são também um trinar,
a onda aromática da flor,
um mecanismo evoluído para preservar nossas vidas.
Afinal, chegar a pensar que o belo não é belo,
que o feio não é feio,
que o mal não é a outra cara do bem,
senão a mesma refletida em um enigma,
e que a morte e a vida não são existências transitórias,
senão incidências sobre o plano oblíquo do tempo:
pensar tudo isso é, justamente,
o ocaso inexorável de nossa consciência.
Página publicada em fevereiro de 2017