Foto e biografia: www.poetryfoundation.org
AMINA BARAKA
A poeta, cantora, ator e ativista Amina Baraka nasceu Sylvia Robinson em Charlotte, Carolina do Norte, e foi criada em Newark, Nova Jersey. Como ativista da comunidade, ela administrou a Divisão de Mulheres da Comunidade para uma NewArk Unificada e organizou conferências de mulheres para o Congresso do Povo Afrikan e para a Liga Comunista Revolucionária.
Em seus poemas, Baraka aborda temas de justiça social, família e feminismo. Sua coleção de poesia de estréia é Blues in All Hues (2014), e seu trabalho foi apresentado nas antologias América Incompetente: Uma Antologia da Poesia Multicultural Contemporânea (1994) e Bum Rush the Page: A Def Poetry Jam (2001). Com seu falecido marido, o escritor e ativista Amiri Baraka (LeRoi Jones), ela co-confirmou Confirmation: An Anthology of African American Women (1983), The Music: Reflections on Jazz and Blues (1987) e 5 Boptrees (1992).
Baraka atuou na tela nos filmes Strange Fruit (2002, dirigido por Joel Katz), The Pact (2006, dirigido por Andrea Kalin) e Keep It Clean (2007, dirigido por Jeanette Mühlmann) e no palco nas peças de Amiri Baraka, Black Mass , Slave Navio , Coração Louco e Lar da Gama . Ela pode ser ouvida no CD Variations in Time: A Jazz Perspective (2008).
Com Amiri Baraka, ela dirigiu o conjunto de música e palavras Blue Ark: The Word Ship. Em
TEXTOS EN ESPAÑOL - TEXTOS EM PORTUGUÊS
FESTIVAL MUNDIAL DE POESÍA VENEZUELA 2004. Caracas, Venezuela: Monte Ávila
Editores Latinoamericana C, A., 2005. 435 p. 15 x 23 cm. Patrocinado por Ministerio de la Cultura, Presidencia del CONAC, D.G.S. de Literatura. ISBN 780-03-1211-1 Ex. bibl. Antonio Miranda
CANTO FÚNEBRE PARA LOS LINCHADOS
Dirge for the lynched
Para Ida. B. Wells
Billie Holiday, Abel Meeropol
y los niños Rosenberg
1862-1931
colgados de un árbol
cabello muerto
colgados de un árbol
cráneo muerto
colgados de un árbol
ojos muertos
colgados de un árbol
nariz muerta
colgados de un árbol
boca muerta
colgados de un árbol
orejas muertas
colgados de un árbol
cuello muerto
colgados de un árbol
cabeza muerta
colgados de un árbol
hombros muertos
colgados de un árbol
brazos muertos
colgados de un árbol
manos muertas
colgados de un árbol
torso muerto
colgados de un árbol
piernas muertas
colgados de un árbol
pies muertos
colgados de un árbol
músculo muerto
colgados de un árbol
tejido muerto
colgados de un árbol
sangre muerta
colgados de un árbol
piel muerta
colgados de un árbol
huesos negros muertos
colgados de un árbol
embreados
y cubiertos de plumas
vencidos
a golpes y torturas
gente de raza negra
los lincharon y colgaron
de un árbol
Cuando vienen,
burguesía racista,
tocando cornetas
que llaman
a pelear en guerras,
tomemos su bandera confederada y
quemémosla
de un árbol
Cuando dicen que
NOSOTROS no somos
patrióticos
dejadnos recordarles
todos los Negros - Mujeres - Morenos -
Asiáticos - Judíos - Católicos
y todos los viejos John Brown
colgando de los árboles de América
HERENCIA ESCLAVA
Slave Legacy
Algún dolor velado de barco de esclavos
en un llanto de guitarra,
en un sonido de armónica
envolvieron su herida
en una canción de algodón
cargaron sus sueños
en equipajes septentrionales
derramaron su sangre en calles de concreto
abandonaron su trabajo
en las plantas de factoría
intentaron ganar sin esfuerzo
en el juego de cifras
Enterraban a sus niños
con heridas de bala & cortes de cuchilla
entregaron su futuro a diferentes dioses
rieron mucho
frecuentemente gritaron cuando nadie
estaba alrededor
alguien siempre estaba allí
tomaban lo sucio, lo dejaban limpio
creyendo que la riqueza viene del trabajo
trabajaban aún más duro
cuanto menos tenían
más daban ellos
ellos tenían más también
dar la sangre no importaba
si muy algo ellos gritaban
nunca se escucharía de nuevo
sus niños eran ariscos
emitían sonidos incómodos para los otros
ademanes que mostraban su color
se convirtieron en niños de nadie
sin mamá o papito aunque vinieron
por generaciones
¿quiénes eran ellos?
¿de dónde venían?
¿qué les hacia hacer las cosas que hacen?
merodeaban
recogiendo su historia
huérfanos buscando sus padres
hallaron su sitio de nacimiento
lo trazaron a través del agua
donde los colores se integraron con el Sol
TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução de Antonio Miranda
CANTO FÚNEBRE PARA OS LINCHADOS
Dirge for the lynched
dependurados de uma árvore
crânio morto
dependurados de uma árvore
olhos mortos
dependurados de uma árvore
nariz morto
dependurados de uma árvore
boca morta
dependurados de uma árvore
orelhas mortas
dependurados de uma árvore
pescoço morto
dependurados de uma árvore
cabeça morta
dependurados de uma árvore
ombros mortos
dependurados de uma árvore
braços mortos
dependurados de uma árvore
mãos mortas
dependurados de uma árvore
torso morto
dependurados de uma árvore
pernas mortas
dependurados de uma árvore
pés mortos
dependurados de uma árvore
músculo morto
dependurados de uma árvore
tecido morto
sangue morto
dependurados de uma árvore
pele morta
ossos negros mortos
dependurados de uma árvore
embreados
e cobertos de plumas
vencidos
a golpes e tortura
gente de raça negra
linchados e dependurados
de uma árvore
Quando vêm,
burguesia racista,
tocando cornetas
que convocam
para a briga em guerras,
tomemos sua bandeira confederada e
nós a queremos
numa árvores.
Quando dizem que
Nós não somos
patriotas
deixem-nos recordar-lhes
todos os Negros — Mulheres — Mestiços —
Asiáticos — Judeus — Católicos
e todos os velhos John Brown
de pendurados nas árvores da América
HERANÇA ESCRAVA
Slave Legacy
Alguma dor vigiada do barco dos escravos
num pranto de guitarra,
num som de harmônica
cercaram sua ferida
numa canção de algodão
carregaram seus sonhos
em equipagens setentrionais
derramaram seu sangue em ruas de concreto
abandonaram seu trabalho
nas plantas de factoria
tentaram ganhar sem esforço
no jogo das cifras
Enterravam seus meninos
com feridas de bala e cortes de cutelo
entregavam seu futuro a diferentes deuses
riram bastante
frequentemente gritaram quando ninguém
estava arredor
alguém sempre estava ali
pegavam o sujo e o deixavam limpo
acreditando que a riqueza vem do trabalho
trabalhavam ainda mais duro
quando menos tinham
mais davam eles
eles tinham mais também
dar o sangue não importava
se por algo eles gritavam
nunca se escutaria outra vez
seus meninos eram ariscos
emitiam sons incômodos para os demais
gestos que revelavam sua cor
converteram-se em meninos de ninguém
se mãe ou paizinho
embora viessem
por gerações
— quem eram eles?
de onde vinham?
que os fazia fazerem as coisas que fazem?
Saqueavam
recolhendo sua história
órfãos buscando seus pais
encontraram seu lugar de nascimento
traçaram pela água
onde as cores integram-se com o sol
Página publicada em fevereiro de 2020
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