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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

POESÍA ESPAÑOLA
Coordinación: AURORA CUEVAS CERVERÓ

 

 

MANUEL MACHADO

 

 

Antonio Cipriano José María y Francisco de Santa Ana Machado Ruiz, conhecido como Antonio Machado (Sevilha, 26 de julho de 1875— Faleció em Collioure, França, 22 de evereiro de 1939) foi um poeta espanhol, pertencente ao Modernismo.

 

    

MACHADO, ManuelAlguns cantares.  Antologia poética.  Seleção, tradução, prólogo e  notas de José Bento.  Lisboa: Edições Cotovia, 1996.129 p.  23x20,5 sobrecapa de      papel manteiga.     ISBN 972-8028-58-X   N. 06 319   Col. A.M. 

 

CANTARES

          Vino, sentimento, guitarra y poesia
hacen en los cantares de la patria mía...       

 

Cantares...
Quien disse cantares, dice Andalucía.

          A la sombra fresca de la vieja parra,
un mozo moreno rasguea la guitarra...
Cantares...
Algo que acaricia y algo que desgarra.

          La prima que canta y el bordón que llora...
Y el tempo callado se va hora tras hora.
Cantares...
Son dejos fatales de lar aza mora.

          No importa la vida, que ya está perdida;
Y, después de todo, ¿qué es eso, la vida?...
Cantares...
Cantando la pena, la pena se olvida.

 

          Madre, pena, suerte, pena, madre, muerte,

ojos negros, negros, y negra la suerte...

Cantares...

En ellos, el alma del alma se vierte.

 

          Cantares. Cantares de la patria mía...

Cantares son sólo los de Andalucía.

Cantares...

No tiene más notas la guitarra mía.

 

 

CANTARES

 

          Vinho, sentimento, guitarra e poesia
fazem os cantares da pátria minha...

          Cantares...

Quem diz cantares, diz Andaluzia.

 

          À sombra tão fresca de uma velha parra

um moço moreno dedilha a guitarra...

Cantares...

Algo que acaricia e algo que desgarra.

 

          A prima que canta e o bordão que chora...

E o tempo calado passa hora após hora.

Cantares...

São acentos fatais da raça moura.

 

Não importa a vida, que já está perdida;

e, afinal de contas, — o que é isso, a vida?...

Cantares...

Ao cantar-se a mágoa, a mágoa se olvida.

 

          Mãe, mágoa, sorte, mágoa, mãe, morte,

olhos negros, negros, e tão negra a sorte...

Cantares...

Neles, a alma da alma perde seu suporte.

 

          Cantares. Cantares da pátria minha...

Cantares há só os da Andaluzia.

Cantares...

Minha guitarra não tem mais melodia.

 

 

YO, POETA DECADENTE

 

          Yo, poeta decadente,

español del siglo veinte,

que los toros he elogiado,

y cantado

las golfas y el aguardiente...

y la noche de Madrid,

y los rincones impuros,

y los vicios más oscuros

de estos biznietos del Cid...,

de tanta canallería

harto estar un poco debo,

ya estoy malo, y ya no bebo

lo que han dicho que bebía.

 

          Porque ya

una cosa es la poesía

y otra cosa lo que está

grabado en el alma mía...

 

          Grabado, lugar común.

Alma, palabra gastada.

Mía... No sabemos nada

Todo es conforme y según.


 

EU, POETA DECADENTE

 

          Eu, poeta decadente,

espanhol do século vinte,

que os touros elogiei

e cantei

as vadias e a aguardente...

e a noite de Madrid,

e os recantos impuros,

e os vícios mais escuros

destes bisnetos do Cid...,

de tanta velhacaria

farto estar um pouco devo;

já estou doente, e nao bebo

o que disseram bebia.

 

          Porque já

urna coisa é a poesia

e outra coisa o que está

bem gravado na minha alma.

 

          Lugar comum, este, enorme.

Alma, palavra cansada.

Minha... Não sabemos nada.

Tudo é segundo e conforme.

 

 

DICE LA GUITARRA

 

          Hablo, sollozo, deliro.

Sé de la risa y el llanto.

Con las bocas rojas, canro.

Con los ojos negros, miro.

Con los amantes, suspiro,

y río con los guasones.

Son mis notas goterones

de agua fresca en el rosal...

Y tengo toda la sal

de España en mis lagrimones.

 

 

DIZ A GUITARRA

 

          Falo, soluço, deliro...

Conheço o riso e o pranto.

Com as bocas rubras, canto.

Com os olhos negros, miro.

Com os amantes, suspiro

e rio com os foliões.

Gotas vertem meus bordões

de água fresca no rosal...

E da Espanha tenho o sal

em meu pranto aos borbotões.

 

 

CUALQUIERA CANTA UN CANTAR.

 

Hasta que el pueblo las canta,

las coplas coplas no son;

 

y cuando las canta el pueblo,

ya nadie sabe el autor.

 

Tal es la gloria, Guillen,

de los que escriben cantares:

 

oír decir a la gente

que no los ha escrito nadie.

 

Procura tú que tus coplas

vayan al pueblo a parar,

aunque dejen de ser tuyas

para ser de los demás.

 

          Que, al fundir el corazón
em el alma popular,
lo que se perde
es gana de eternidade.

 

 

QUALQUER UM CANTA UM CANTAR.

 

          Até o povo ao cantar,

as coplas, coplas não são;

e quando o povo já as canta

ninguém sabe o seu autor.

 

          Tal é a glória, Guillén,

desses que escrevem cantares:

ouvir dizer por aí

que ninguém os escreveu.

 

          Procura que tuas coplas

possam ao povo ir parar,

deixando de serem tuas

para serem dos demais.

 

                    Que ao fundir o coração
          bem na alma popular,
          o que se perde de nome
          ganha de eternidade.

 

 

 

Página publicada em dezembro de 2013

 

 

 

 


 

 

 
 
 
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