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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

POESIA ESPAÑOLA
Coordinación de AURORA CUEVAS CERVERÓ
Universidad Complutense de Madrid

 

Foto e biografia: https://elpais.com  e wikipedia

 

JULIO LLAMAZARES

 

Julio Alonso Llamazares é um escritor e jornalista espanhol que nasceu no desaparecido povo leonês de Vegamián, onde seu pai Nemesio Alonso trabalhava como maestro nacional pouco dantes de que a localidade ficar inundada pela barragem de Porma.

                    Nascimento: 28 de março de 1955 , Castela e Leão, Espanha.                    

Licenciado en Derecho, abandonó el ejercicio de la profesión para dedicarse al periodismo escrito, radiofónico y televisivo en Madrid, donde reside actualmente.

En 1983 comenzó a escribir Luna de lobos, su primera novela (1985), y en 1988 publicó La lluvia amarilla. Ambas fueron finalistas al Premio Nacional de Literatura en la modalidad de Narrativa. Otra obra suya es Escenas de cine mudo, de 1994.

En 2016 quedó finalista del Premio de la Crítica de Castilla y León con su novela Distintas formas de mirar el agua. Antes de que se fallara el premio, emitió un comunicado anunciando que no aspiraba a él y que lo rechazaría en caso de que le fuera concedido.En convocatorias anteriores (2014), ya había sido candidato a ese mismo premio con Las lágrimas de san Lorenzo, sin obtenerlo.

 

TEXTOS EN ESPAÑOL   -   TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução: ANTONIO MIRANDA

 

Eu venho de uma raça de pastores que perdeu sua liberdade
quando perdeu seu gados e seu pasto.

Durante muito tempo, meus antepassados cuidaram seus
rebanhos na região onde se condensou o silêncio
e o capim.

E não tiveram outro deus que sua existência nem outra
que o esquecimento.

Quente ainda está a pedra onde bebiam
o sangue de seu meio ambiente no entardecer.
Pensei na distância toda essa lembrança.

Que distante de mim a regido das fontes do tempo,
o lugar onde o homem nasce e acaba em si mesmo
como uma flor de água.

Eles não conheciam a intensidade do fogo
nem o desamor das árvores sem seiva.

Os celeiros de sua pobreza eram imensos.
A lentidão estava na raiz do coração.

E seu sossego acumularam moedas
verdes de esperança para nós.

Mas o momento chegou de regressar ao nada
quando os bois mais mansos empreenderam a fuga
e uma colheita de solidão e erva rebentou suas redes.

Agora apareceram gado de vento
na região do esquecimento e algo
bem profundo nos separou deles.

Algo tão profundo e desolado como um fosso
aberto em pleno coração.

         (La lentitud de los bueyes, 1979)

 

Já faz muito tempo que caminho
para o norte, entre hortas queimadas e pássaros de neve.

Já faz muito tempo que caminho para o norte,
como um viajante cinzento perdido na névoa.

Uma verdade cifrada deixei para trás:
a névoa densa e obsequiosa das urzes
e alegria de meus pais no amanhecer.

No caminho do norte, no entanto,
apenas doidos mendigos se movem.
Durmo debaixo de capas nas noites de inverno.

Relato isso para afugentar o medo.

          (Memoria de la nieve, 1982)

 

Outra vez chega o mês das nozes
e o silêncio.

Outra vez se ampliam as sombras das torres,
a plenitude azul do horto familiar.

E na noite se escuta o grito desolado
das frutas silvestres.

Sei muito bem que este é o mês da desesperança.

Sei muito bem que, detrás dos vimes lânguidos do rio,
espreita um animal de neve.

Mas era neste mês quando buscávamos o orégano
e genciana, flores rubras para aliviar
as pernas em brasas das mães.

E recebo a lembrança de uma chuva
lenta de avelãs e silêncio.

          (Memoria de la nieve, 1982)

 

Os trovadores chegavam com o verão.
Pelos verdes caminhos vagavam
de povoado a povoado.

E sempre havia algum ancião que dizia:
vem do país da neve, do país dos bosques
e dos lagos gelados.

E os agasalhavam com manteiga e mirtilos maduros.

Mas os trovadores jamais se retinham
mais de um dia em cada povoado.

Ao amanhecer, seguiam seu caminho.
Os meninos chamavam chorando inutilmente.

                             (Memoria de la nieve, 1982)

 

A neve está em meu coração como o silêncio
nos quartos dos balneários:
densa e profunda, indestrutível.

A neve está em meu coração como a hera
da morte nos quartos onde nascemos.

E o tempo foge pelos paramos de minha memória.
Já é noite pelos brancos cercados.

Quando amanheça, já será o pleno inverno.

                            (Memoria de la nieve, 1982)

 

 

Página publicada em janeiro de 2019


 

 

 
 
 
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