Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página

Sobre Antonio Miranda
 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

POESÍA ESPAÑOLA / POESIA ESPANHOLA

Coordinación/coordenacão de AURORA CUEVAS CERVERÓ

 

Retrato de Gabriel Celaya. Alberto Schommer.

Fuente: http://www.gabrielcelaya.com/index.php

 

 

GABRIEL CELAYA

(1911-1991)

 

nace en Hernani (Gipuzkoa) Rafael Gabriel Juan Múgica Celaya Leceta Cendoya.

Autor de muitos livros de poesia.

 

Sem dúvida, “La poesía es un arma cargada de futuro” era a poesia mais cantada e declamada nos heróicos anos sessenta do século 20 em toda Ibero-américa, espécie de hino revolucionário, que inflamava a juventude em seu ímpeto por transformações culturais e política. Principalmente naquele período anterior e imediatamente anterior à revolta estudantil de 1968, que transformou ruas e praças de cidades de todo o mundo em palco de contestações e confrontos por mudanças radicais no comportamento, nas relações de poder, buscando transformações nas universidades e sociedades. O poema de Celaya, escrito em meados dos anos 50, traduzia, expressava e representava aqueles anseios e canalizava, externalizava, verbalizada aqueles sentimentos. Simples, contundente, arrebatadora, em tom elevado e exaltado. Marcou toda uma geração, foi o arauto ou canal de rebeldia ou, como se dizia então, de revolta, como exemplo de poesia engajada, “de protesta”.                                                  Antonio Miranda

 

 

TEXTO EN ESPAÑOL / TEXTO EM PORTUGUÊS

 

 

LA POESÍA ES UN ARMA CARGADA DE FUTURO

 

Cuando ya nada se espera personalmente exaltante,

mas se palpita y se sigue más acá de la conciencia,

fieramente existiendo, ciegamente afirmando,

como un pulso que golpea las tinieblas,

 

cuando se miran de frente

los vertiginosos ojos claros de la muerte,

se dicen las verdades:

las bárbaras, terribles, amorosas crueldades.

 

Se dicen lo poemas

que ensanchan los pulmones de cuantos, asfixiados,

piden ser, piden ritmo,

piden ley para aquello que sienten excesivo,

 

con la velocidad del instinto,

con el rayo del prodigio,

como mágica evidencia, lo real se nos convierte

en lo idéntico a sí mismo.

 

Poesía para el pobre, poesía necesaria

como el pan de cada día,

como el aire que exigimos trece veces por minuto,

para ser y en tanto somos dar un sí que glorifica.

 

Porque vivimos a golpes, porque apenas si nos dejan

decir que somos quien somos,

nuestros cantares no pueden ser sin pecado un adorno.

Estamos tocando el fondo.

 

Maldigo la poesía concebida como un lujo

cultural por los neutrales

que, lavándose las manos, se desentienden y evaden.

Maldigo la poesía de quien no toma partido hasta mancharse.

 

Hago mías las faltas. Siento en mí a cuantos sufren

y canto respirando.

Canto, y canto, y cantando más allá de mis penas

personales, me ensancho.

 

Quisiera daros vida, provocar nuevos actos,

y calculo por eso con técnica, qué puedo.

Me siento un ingeniero del verso y un obrero

que trabaja con otros a España en sus aceros.

 

Tal es mi poesía: poesía-herramienta

a la vez que latido de lo unánime y ciego.

Tal es, arma cargada de futuro expansivo

con que te apunto al pecho.

 

No es una poesía gota a gota pensada.

No es un bello producto. No es un fruto perfecto.

Es algo como el aire que todos respiramos

y es el canto que espacia cuanto dentro llevamos.  

 

Son palabras que todos repetimos sintiendo

como nuestras, y vuelan. Son más que lo mentado.

Son lo más necesario: lo que no tiene nombre.

Son gritos en el cielo, y en la tierra, son actos.

 

                       De Cantos Iberos, 1955. 

 

TEXTO EM PORTUGUÊS

Tradução de Antonio Miranda

 

 

A POESIA É UMA ARMA CARREGADA DE FUTURO

 

Quando já nada se espera particularmente exaltante

mas palpitamos e seguimos aquém da consciência,

feramente existindo, cegamente afirmando,

como um pulso que golpeia as trevas,

 

quando miramos de frente

os vertiginosos olhos claros da morte,

dizemos as verdades;

as bárbaras, terríveis, amorosas crueldades

 

Dizemos os poemas

que enchem os pulmões dos que, asfixiados,

pedem ser, pedem ritmo,

pedem lei para aquilo que sentem em excesso,

 

com a velocidade do instinto,

com o raio do prodígio,

como mágica evidência, o real que se transforma

no idêntico a si mesmo.

 

Poesia para o pobre, poesia necessária

como o pão de cada dia,

como o ar que exigimos treze vezes por minuto,

para ser e enquanto somos dar o sim que glorifica.

 

Porque vivemos aos tropeços, porque apenas nos deixam

dizer que somos quem somos,

os cânticos não podem ser, sem pecado, um adorno.

Estamos chegando ao fundo.

 

Maldita a poesia concebida como um luxo

cultural para os neutros

que, lavando-se as mãos, se desentendem e evadem.

Maldigo a poesia de quem não toma partido até manchar-se.

 

Faço minhas as faltas. Sinto em mim os que sofrem

e canto respirando.

Canto, e canto e cantando para lá de minhas penas,

me amplio.

 

Quisera dar-lhes vida, provocar novos atos,

e calculo por isso com a técnica que posso.

Me sinto um engenheiro do verso e um operário

que forja com outros a Espanha em seus alicerces.

Assim é minha poesia: poesia-ferramenta

ao mesmo tempo pulsar do unânime e cego.

Assim é, arma carregada de futuro expansivo

com que aponto o teu peito.

 

Não é uma poesia gota a gota pensada.

Não é um belo produto. Não é um fruto perfeito.

É algo como o ar que todos respiramos

e é o canto que expande o que dentro levamos.

 

São palavras que repetimos sentindo

como nossas, e voam. São mais que o pensado.

São gritos no céu, e, na terra, são atos.

 

                       De Cantos Iberos, 1955.

 

 

Página publicada em 23/04/2007



Voltar para a  página da España Topo da Página Click aqui
 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música