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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

POESÍA ESPAÑOLA
Coordinación de AURORA CUEVAS CERVERÓ
Universidad Complutense de Madrid

 


 


ALBERTO AVENDAÑO

 

(Vigo, España, 1957- )

 

En la Universidad de Compostela estudió inglês y literatura y comienza su carrera literária y periodística simultánemamente

 escribiendo en gallego y castellano.

 

Alberto Avendaño foi diretor geral do jornal El Tiempo Latino (The Washington PostAtualmente, Avendaño é diretor do Washington Bureau e Correspondente na Casa Branca da Associação Nacional de Imprensa Hispânica (NAHP, na sigla em Espanhol).

Vive atualmente em Montgomery, Maryland, U.S.A.

 

 

 

TEXTOS EN ESPAÑOL  -   TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

 

PUBLICAR REF. BIBL. NO ‘ACERVO’

 

 

WASHINGTON, DC
(de un libro sin título)

 

 

2.

 

Conti... go

Los días son noticieros que se explican con trapos en la
boca
Son hijos de la memoria nocturna y la sospecha
El tiempo nos pone los pies en la cuerda
Y tentativamente balanceados, ojerosamente inciertos
Nos peguntamos quién nos dispara...
Al salir de casa, dejamos ir la puerta con nostalgia,
Abriendo una mano que perde un tacto imprescindible
Con tacto, contacto, tacto, tácito facto de tácita de café...
no me
dejes
Y se va, y no es contigo. go, go, go

 

 

 

 

        SI CONDUZCO MANEJO

Si conduzco manejo por esta carretera ondulante
si bebo tomo de una botella de papel
si cojo agarro, ándale, ua pea íjole, antes que comience
la balacera.
Detectives privados de la noche
armados
tatuados de balas
avestruces acorraladas.
Su choque de manos es un jeroglífico
sus ojos nacieron en la oficina de objetos perdidos.
Nunca reclamados.
Si como loncheo, si vivo soy nice, bato, está perdido, dispara
o muere.
Asfalto y tamales, ostiones y tacos, todo está perdido, dispara
o muere.
Si vivo alive La Llorona lamerá mis heridas.
Comeré tositos sobre su vientre.
Guadalupe Churche, Cristo Rey Church, cemento imposible del

                                                                                             barrio
donde los chamacos esnifan mofeta em conserva y
adolescente embarazadas alimentan a sus fetos con el fruto
de la pacana
que recogen en la aceras comnprecisión de piscadoras.
Un güero emborracha su eternidad en una esquina.
Si coche carro que pasa repartiendo la muerte, dispara y corre.
La Loma de Austin, Westside de San Antonio, Segundo de El Paso,
/Eastside de Lubbock, Quinto de Houston.
La ganga nomás.
Mandíbulas hambrientas de carne y barrio desencajan sus rostros
por Diosito que así lo quiere. Mirada índia. Rap.
Comeré tostito sobre tu vientre novia de la medianoche.  

        

 

 

WASHINGTON, DC
(de un libro sin título)

 

 

2.

 

Conti... go

Los días son noticieros que se explican con trapos en la
boca
Son hijos de la memoria nocturna y la sospecha
El tiempo nos pone los pies en la cuerda
Y tentativamente balanceados, ojerosamente inciertos
Nos peguntamos quién nos dispara...
Al salir de casa, dejamos ir la puerta con nostalgia,
Abriendo una mano que perde un tacto imprescindible
Con tacto, contacto, tacto, tácito facto de tácita de café...
no me
dejes
Y se va, y no es contigo. go, go, go

 

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS

Tradução de Antonio Miranda

 

 

 

WASHINGTON, DC
(de um livro sem título)

 

 

2.

 

Conti... go

Os días são noticiários que se explicam com trapos na
boca
São filhos da memória noturna e a suspeita
O tempo coloca nossos pés na corda
E tentativamente balanceados, olheirosamente incertos
Nos perguntamos quém dispara em nós...
Ao sair de casa, deixamos a porta com nostalgia,
Abrindo a mão que perde um tacto imprescindível
Con tato, contato, tato, tácito fato de taça de café...
não me
deixes
E se vai, e não é contigo. go, go, go

 

 

 

 

         SE CONDUZO MANEJO

Se conduzo manejo por esta rodovia ondulante
se bebo tomo de uma garrafa de papel
se colho agarro, anda-lhe, uma ervilha, uma híjole, antes que
comece o tiroteio.
Detetives privados da noite
armados
tatuados de balas
avestruzes encurraladas.
Seu choque de mãos é um hieroglífico
seus olhos nasceram na oficina de objetos perdidos.
Nunca reclamados.

         Se como lancho, se vivo sou nice, bato, está perdido, dispara
ou morre.
Asfalto y pamonhas, ostras e tacos, tudo está perdido, dispara
ou morre.
Se vivo alive La Llorona lamberá minhas feridas.
Comerei salgadinhos de queijo sobre o seu entre.
Guadalupe Churche, Cristo Rey Church, cimento impossível  do

                                                                                             bairro
onde as crianças esnifam gambá em conserva
adolescentes grávidas alimentam seus fetos com o fruto
das nozes
que recolhem nas calçadas com precisão de piscadoras.
Se coche carro que passa repartendo a morte, dispara e corre.
La Loma de Austin, Westside de San Antonio, Segundo de El Paso,
/Eastside de Lubbock, Quinto de Houston.
La ganga* nada mais.
Mandíbulas famintas de carne e bairro desencalham seus rostos
por Diosito que así lo quiere. Mirada índia. Rap.
Comerei tostito** sobre teu ventre noiva da meia-noite. 

 

 

--------------

*ganga:tecido vulgar, ger. azul ou amarelo, que antigamente se fabricava na Índia.   

** tosito: produto alimentar comercial, popular, hidróxido de cálcio con el azeite, com sabor específico.

 

 

COMENTÁRIO DE ANTONIO MIRANDA sobre o poema:

 

Poesia multilinguística! Mas, cri-ativa – bidestral-mente!

“si conduzco manejo”/ “Si vivo alive”

*Certo: o poeta galego-castellano-português vive nos Estados Unidos... Composição duetal
formando um conjunto/conjugação lexical — original!
de/forma progressiva...

“si cojo agarro” – “dispara y corre”... /

A tradução (tradição) castellano-português, de raízes galegas: três línguas originalmente interligadas desde suas origens
geográficas e culturais, a partir de sua latinidade...
go go go
Con-fluência de línguas...

Mas “Mirada índia. Rap” Of course... Claro. Espanhol latino-americano nos EEUU!  

 

 

 

 

Página publicada em julho de 2020

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

 

 
 
 
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