QUICO
( GALICIA )
Nasceu na paróquia de Arcos (O Carballiño), um povo normal no seio de uma família normal. Conhecia os avós. Depois partiu para Madri. Iniciou os estudos universitários, que continuaria em diferentes cidades da península.
Trabalhou em hotelaria, até fazer parte da história da livraria Chan de Pólvora, onde ainda trabalha.
TEXTOS EM GALEGO - TEXTOS EM PORTUGUÊS
ARRINCANDO MAR 2019: Estévez, Paula Carballeira, Quico, Raúl Gómez Parto, Roi Vidal, Rosalia Fernández Rial, Suso Díaz, Xavier Xil Xardón. Santiago de ompostela, Galicia: Edicions Positivas, 2019. 87 p. ISBN 978-84-949336-8-4 No.10 887
Exemplar Biblioteca de Antonio Miranda
só
cando acerte cos versos precisos
arderemos todas
o mai o pai e mailas filas
non há quedar
non há de haber estirpe
protexeareivos do mito e da mirada
mingunha cunca lembrará a nosa historia
ningún outeiro
alá o lonxe
a braña
o río coma unha canle
abríndose cara todo aquilo que non nos pertence
Inédito
durante a última noite
danzamos coa perfección coa que migran os paxaros
e no descenso mirabámonos coma estacións salvaxes
algo polo que merecesse a pena mover un dedo
mais crédeme
a nós parironnos con cinsa na fronte
Inédito
A AUGA
esa bolsa de auga subterrânea
será o sagrario onde durman as nosas raíces
corpo sobre corpo contra o padal
non precisamos dunha guerra
senón dun lugar pro silencio
Inédito
EPÍLOGO
a
indistición
entre
língua
e
linguaxe1
pensar
en
como
pronunciar
esta masa
1 Unha trama. Un desdobramento.
TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução de ANTONIO MIRANDA
só
quando acerte com os versos precisos
vamos queimar todos
e mais o pai e filhas
não há ficar
não há de haver linhagem
eu vou proteger você do mito e da mirada
nenhuma tigela lembrará a nossa história
nenhuma colina
lá o distante
o farelo
o rio como um canal
abrindo-se face a tudo aquilo que não nos
pertence
Inédito
durante a última noite
dançamos com perfeição com que migram os pássaros
e no descida miravámo-nos com as temporadas
selvagens
algo pelo que merecesse a pena mover um dedo
mais creia-me
eles nos deram a luz pariram-nos com cinzas na fronte
Inédito
A AUGA
essa bolsa de água subterrânea
será o santuário onde durmam as nossas raízes
corpo sobre corpo contra o palato
não precisamos de nenhuma guerra
mas de um lugar para o silêncio
Inédito
EPÍLOGO
a
indistinção
entre
língua
e
linguagem1
pensar
em
como
pronunciar
esta massa
1 Uma trama. Um desdobramento.
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Página publicada em julho de 2024
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