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POESÍA ECUATORIANA CONTEMPORÁNEA / POESIA EQUATORIANA

Selección de Edwin Madrid

En colaboración con GABRIEL IMPAGLIONE - revistaislanegra@yahoo.es


 

FRANCISCO GRANIZO  RIBADENEIRA

(1928 - 2009)

 

 

Poeta y diplomático quiteño. En su obra poética destacan los libros: Por el breve polvo. Quito, 1948; La piedra. Quito, 1958; Nada más el verbo. Quito, 1969; Muerte y caza de la madre. Quito, 1978.

 

 

TEXTO EM ESPAÑOL   /   TEXTO EM PORTUGUÊS 

 

 

De ti, exacta, la cifra

del principio y el término,

la plenitud del cero,

la frecuencia infinita.

 

La total armonía

de tu cuerpo en mi cuerpo,

tu sonido y tu tiempo

y tu peso de vida

 

Traspasada del nombre

ningún nombre te acoge

más, audible, inefable,

 

y la mano te sabe

por tu olor y tu porte

de dulcísimo alfanje 

 

*** 

 

Este es mi amor y nada más, acodo

recurriéndote, así, terriblemente,

nacido, desnacido, adolescente

en las albas dulcísimas del lodo.

 

Sólo de esta mi suerte, de tu modo,

talud de sangre, cántaro cayente,

ordenarás dolor, asiduamente,

zafado peso, acaecer de todo.

 

Abierto a mi hambre de tus hambres. Duro

pájaro, por la piel, enfurecidos

acúdenme tu olor y ligereza.

 

¡Tacto! Desde la carne del conjuro,

atacado de todos tus sonidos,

vuélame el corazón, alto, tu presa.

 

 

TEXTO EM PORTUGUÊS

 

Tradução de Antonio Miranda

De ti, exata, a cifra

do princípio e do fim,

a plenitude do zero,

a freqüência infinita.

 

A harmonia total

de teu corpo em meu corpo,

teu som e teu tempo

e teu peso de vida

 

Transpassado pelo nome

nenhum nome não mais

te acolhe, audível, inefável,

 

e a mão te conhece

por odor e teu porte

de dulcíssimo alfanje  

 

*** 

 

Este é o meu amor e nada mais, acudo

recorrendo a ti, assim, terrivelmente,

nascido, desnascido, adolescente

nas auroras dulcíssimas do lodo.

 

Apenas desta minha sina, de teu modo,

declive de sangue, cântaro cadente,

ordenarás a dor, assiduamente,

safado peso, acontecer de todo.

 

Aberto à minha fome de tuas fomes. Duro

pássaro, pela pele, enfurecidos

acodem-me teu odor e ligeireza.

 

Tato! Desde a carne do conjuro,

atacado de todos os teus tons,

dissipa-se o coração, alto, tua presa.

 

 

 

Página publicada em fevereiro de 2008



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