DENNIS ÁVILA
Dennis Ávila (Tegucigalpa, 1981). Poeta y narrador. Ha publicado los libros de poesia La Calada (2000), Algunos conceptos para entender la ternura (2005), Quizás de los Jamases (2008) y Geometría Elemental (Antología Poética, 2014). Ha ganado los premios Poesía Hablada (2001), Premio Único Certamen Cuento Breve (2005), y Mención Honorífica en el Premio Hibueras (2006) con la novela Trópico de andamies. Selecciones de su trabajo han sido publicadas en el CD VERSOFÓNICA (20 poetas, 20 frecuencias). Además ha sido incluído en los cuadernillos PAPEL DE OFICIO,editado por el colectivo de poetas País Poesible.
ÁVILA, Dennis. Geometria elemental. Antología poética. San José, Costa Rica:Casa de Poesía, 2014. 76 p. 14x21 cm. ISBN 978-9968-675-41-3 Diseño de portada y pintura: Maurice Nicolaas. Foto del poeta: Fabricio Estrada. Col. A.M.
Paz
Te declaro la guerra.
La paz no se define entre tecnología
edificios y corbatas.
La paz se siente cuando llegas a casa
y te conduces a un desorden hermoso:
nadie reclama las perchas de tu ropa.
La mano, instrumento de la piedra,
no se compara a la paz
de tus sentimientos en buen estado
ni al color de tu sangre
fluyendo a patadas del corazón
el día que pusiste el amor en otra parte.
Te declaro la paz.
Que gane el mejor perdedor.
Zopilote
¿Cómo persuadir a un espejo?
Dile:
aparta de mí estos ojos en peligro de expansión
úneme a la tierra
me cansé del mar y de mi azar intemporal
en la memoria de un albatros urbano.
Sorprende con lunas estos solares espacios
y agarra tus pasos de la punta de mis ánimos
que en una sola dirección te presienten.
Si te unes a la tierra
rompe tu sueño
tu sed es morder una sandía.
Incumple tu realidad, espejo,
nada es peor que un cielo desplumado de pájaros.
TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução de Antonio Miranda
ARENA LENTA: Líquidos de uma memória / golpeada, buscamos a calma / que nos deixam impacientes. / Economizamos o benefício e as / dúvidas, desta maneira nossas / próprias energias não gastarão / as passadas formas das / horas, e outro segundo / desliza, sim, será capaz / de quitar- nos a última / metade da tristeza. / Agora cremos / nas três / partes / do / cansaço, / na estranha / estrutura com / que o sol se retira / quando pensamos / numa vitória inventada: / o desvelo intacto da / tarde, mas retocou logo / a violenta chamada / de nosso anterior e desal- / mado verão, o mesmo que / lembra não ter visto o / outono nem o caminho que chora / a memória rota de suas folhas.
SEIO: Oxalá pudesse eu sentir outra vez o que se espera / estar / junto (da margem) de teu seio, / o que / se sente / estar junto / ao rumor de tuas / costas, o que vem / depois: tirar a roupa / e encontrar o mundo / reunido no limite / de teu espaço.
PAZ
Eu te declaro a guerra.
A paz não se define entre tecnologia
edifício e gravatas.
A paz se sente quando chegas em casa
e te encaminhas a uma desordem tão bela:
ninguém reclama os cabides de tua roupa.
A mão, instrumento de pedra,
não se compara com a paz
de teus sentimentos em bom estado
nem à cor de teu sangue
fluindo a pulsações do coração
quando puseste o amor em outro lugar.
Eu te declaro paz.
Que ganhe o melhor perdedor.
ABUTRE
Como persuadir um espelho?
Diga-me:
aparta de mim estes olhos em risco de expansão
une-me à terra
cansei de mar e de meu azar temporal
na memória de um albatroz urbano
Surpreende com luas estes espaços solares
e agarra teus passos da ponta de meus ânimos
que nesta única direção te pressentem.
Se te unes à terra
rompe teu sonho
tua sede é morder uma melancia.
Descumpre tua realidade, espelho,
nada é pior que um céu desplumado de pássaros.
Página publicada em março de 2014
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