MARTHA CAROLINA DÁVILA
Escritora nacida en Bogotá, Colombia en 1982. Egresada de la Facultad de Derecho de la Universidad Externado de Colombia. Editora de la Revista Somos - Libertad Bajo Palabra, revista cultural de la Universidad Externado de Colombia y Coordinadora de una de sus secciones. Miembro del Consejo Editorial de la revista Fata Morgana. Correctora de estilo, coordinadora de varios espacios culturales en Bogotá. Su obra ha permanecido inédita y ha sido incluida en varias revistas internacionales. Invitada a varios encuentros nacionales de poetas.
Fuente: TRÁNSITO DE FUEGO / TRÂNSITO DE FOGO - Selección de jóvenes poetas latinoamericanos / Selecção de jovens poetas latinoamericanos 1972-1990. Selección y compilación / Seleção e compilação Raquel Molina. Traducción al português / Tradução ao português Gladys Mendía. Caracas: Casa de las Letras Andrés Bello, 2009.
TEXTOS EM ESPAÑOL / TEXTOS EM PORTUGUÊS
I
Ya lejos de la comarca
la angustia es su único ropaje
En vano indaga por sus huellas
al sendero desandado
El hombre se busca en lo vivido
Golpea en la puerta de otros años
Y asomado al horizonte
Espera paciente
La voz que lo devuelva.
A modo de trégua
Tienes mi cuerpo para el desquite
Mis dedos astillados acarician tu soledad
Mi orfandad te refeja
A modo de tregua, Alejandra
Recuéstate en mí
Mientras te invento.
Hacia el olvido
Cansados de inventar palabras
de dar nombre al silencio
para ahuyentar tristezas
Cansados de mirar al cielo
rogando que llueva
Que el agua o el viento
traigan un gesto que nos vuelva la vida
Cansados de pedir a los muertos
que colmen nuestras horas
que inunden con sus voces nuestro lecho oscuro
Cansados por fin de creer
en laberintos
Optamos por dejar de interrogar esquinas
por ignorar promesas
Optamos al fin por esa eternidad
que es el olvido.
===================================================
TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução de Gladys Mendía
MARTHA CAROLINA DÁVILA
Escritora nascida em Bogotá, Colômbia em 1982. Egresada da Faculdade de Direito da Universidade Externado de Colômbia. Editora da Revista Somos - Liberdade Baixo Palavra, revista cultural da Universidade Externado de Colômbia e Coordenadora de uma de suas secções. Membro do Conselho Editorial da revista Fata Morgana. Correctora de estilo, coordenadora de vários espaços culturais em Bogotá. Permanece inédita e foi incluída em várias revistas internacionais. Convidada a vários encontros nacionais de poetas.
I
Já longe da comarca
a angústia é seu único roupagem
Em vão indaga por suas impressões
ao caminho desandado
O homem se procura no vivido
Golpeia na porta de outros anos
E assomado ao horizonte
Espera paciente
A voz que o devolva.
A modo de trégua
Tens meu corpo para o desquite
Meus dedos lascados acariciam tua so
Minha orfandade refere-te
A modo de trégua, Alejandra
Recosta em mim
Enquanto te invento.
Para o esquecimento
Cansados de inventar palavras
De dar nome ao silêncio
para afugentar tristezas
Cansados de olhar ao céu
rogando que chova
Que o água ou o vento
tragam um gesto que nos volte a vida
Cansados de pedir aos mortos
que culminem nossas horas
que inundem com suas vozes nosso leito escuro
Cansados por fim de crer
em labirintos.
Optamos por deixar de interrogar esquinas
por ignorar promessas
Optamos afinal por essa eternidade
que é o esquecimento.
Página publicada em abril de 2009
|