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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

 

GELSON GARCÍA


 

 

Nació en Cundinamarca, Colombia,  el 21 de octubre de 1988.  Perteneció al Circuito Liceísta de  las Letras  (Venezuela). Participó  en  el  recital de clausura de la Bienal Juan Beroes (Táchira), 2005 y en el Encuentro Nacional de Poetas Liceístas 2006 (Nueva Esparta, Venezuela), en la Bienal Elías David Curiel (Falcón, Venezuela) y en la Feria Internacional del Libro en Maturín 2006. Presente en I y II antología “Voces jóvenes en la mirada del mañana”, 2006. Formó parte de la producción y conducción  del programa radial  literario “Habitantes de  la palabra” para Activa, Radio Nacional de Venezuela. Igualmente participó en el trabajo testimonial de las comunidades del libro “Una y muchas vidas en la palabra”.


 

Fuente: TRÁNSITO DE FUEGO / TRÂNSITO DE FOGO - Selección de jóvenes poetas latinoamericanos / Selecção de jovens poetas latinoamericanos 1972-1990. Selección y compilación / Seleção e compilação Raquel Molina. Traducción al português / Tradução ao português Gladys Mendía.  Caracas: Casa de las Letras Andrés Bello, 2009.

 

 

TEXTOS EM ESPAÑOL    /     TEXTOS EM PORTUGUÊS 

 

 

No he pensado mucho en la muerte

 

Me destierro de los libros

salto etopeyas

evito caer conmigo

me han salido adelante los labios con sus lenguas

para saber que hoy me estrello

que nunca me enamoré

no creí (justo ahora no me creo)

Incitaba mucho pensar en Alicia,

conejo neurótico y corte de naipes

pero no, no he pensado mucho en la muerte.

Tengo espejos que no me reconocerían hoy 

y se han quedado en mi otra casa

con otras expectativas,

olvidos

y tristezas

llevándose un cuerpo

hacia una clase de gente

que ya no conocen

Por lo pronto estoy vivo y solo

eso lo reconocen mis espejos

que ahora sólo tienen canas y ganas de morirse.

 

 

Algunas veces

 

mi cuarto es muy pequeño

y me encuentra consternado

justo en medio

pensativo       

       dolorido

colgado entre una idea y otra

aferrado    

         trágico       

                 inútil

                    fugitivo

corriendo en laberintos incoloros

     en espiral

en la posición fetal de mi cuerpo

un poco sin alma

          urbano

gris de noche

infernal     

     adúltero   

         triste   

               consumado

                     desgraciado

        retorciéndome

Algunas veces

me hallo en mi cuarto

 

 

Me levanto con la vejez en chanclas

y me siento sobre la mañana

admirándome solo y con frío

mientras bebo la amargura matutina

y espero con desfachatez

un poco de claridad sobre la mesa

 

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TEXTOS EM PORTUGUÊS

Tradução de Gladys Mendía

 

GELSON GARCÍA

 

Nasceu em Cundinamarca, Colômbia, o 21 de outubro de 1988. Pertenceu ao Circuito LiceIsta das Letras (Venezuela). Participou no recital de clausura da Bienal Juan Beroes (Táchira) 2005 e no Encontro Nacional de Poetas Liceistas 2006 (Nova Esparta, Venezuela), na Bienal Elias David Curiel (Falcón Venezuela) e na Feira Internacional do Livro em Maturín 2006. Presente  a  I  e  II  antología  “Vozes  jovens na mirada do manhã” 2006. Fez parte da produção e condução do programa radial literário “Habitantes de  la palabra” para Activa, Rádio Nacional de Venezuela. Participou no trabalho de testemunho das comunidades do livro “Una y muchas vidas en la palabra”.

 

 

Não pensei muito na morte

 

Me desterro dos livros

pulo etopéias

evito cair comigo

me saíram adiante os lábios com suas línguas

para saber que hoje me estrelo

que nunca me apaixonei

não cri (justo agora não me creio)

Incitava muito pensar em Alicia,

coelho neurótico e corte de naipes

mas não, não pensei muito na morte

Tenho espelhos que não reconhecer-me-iam hoje

e se ficaram em minha outra casa

com outras expectativas,

esquecimentos

e tristezas

se levando um corpo

para uma classe de gente

que já não conhecem

Pelo cedo estou vivo e só

isso o reconhecem meus espelhos

que agora só têm cabelos brancos e vontades de se morrer.

 

 

Algumas vezes

 

meu quarto é muito pequeno

e encontra-me consternado

justo em médio

pensativo

       dolorido

pendurado entre uma idéia e outra

aferrado

       trágico

              inútil

                  fugitivo

correndo em labirintos incolores 

      em espiral

na posição fetal de meu corpo

um pouco sem alma

            urbano

cinza de noite

infernal

       adúltero

           triste

                 consumado

                        desgraçado

          retorcendo-me 

Algumas vezes

acho-me em meu quarto

 

Levanto-me com a velhice em chinelos

e sento-me sobre a manhã

admirando-me sozinho e com frio

enquanto bebo a amargura matutina

e espero com desfaçatez

um pouco de clareza sobre a mesa

 

Página publicada em abril de 2009

 


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