Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


JORGE MONTEALEGRE

 

JORGE MONTEALEGRE

 

  

Nace en el año 1954 en Chile. Ha publicado cinco libros de poesía; la plaqueta-bestiario Lógica en Zoo (1981), una cajita con Astillas (poemas a modo de haikúes, 1982); y tres libros: Huiros (1979), Exilios (con Bruno Serrano, 1983); y Título de dominio (1986). También, la antología El tren en la poesía chilena (Dibam, (1996).

 

 Algunos de sus poemas han sido antologados en Poesía Chilena Contemporánea, de Miguel Arteche, Juan A. Massone y Roque E. Scarpa; Entre la lluvia y el arco iris, de Soledad Bianchi; Poesía Chilena actual, de Parra a nuestros días, de Erwin Díaz; En el ojo del huracán, de Manuel Jofré; Poesía Chilena: la Generación NN, de Aristóteles España; Veinticinco años de poesía chilena (1970-1995), de Teresa Calderón, Lila Calderón y Tomás Harris; y en otras muestras. También, ha sido incluido en las antologías de narrativa Cuando no se puede vivir del cuento, de Juan Carlos Lértora, y en la Brevísima Relación del Cuento Breve de Chile, de Juan Armando Epple.

 

Poemas publicados originalmente en la revista LA PATA DE LIEBRE, Chile. Director: Aristóteles España - www.lapatadeliebre.cl/

 

 

TEXTOS EN ESPAÑOL TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

 

HUESOS

 

Lo único que nos queda

es el viento

 

lo único que dejamos

es el viento

 

 

el viento pasa por el hueso hueco

-schhhhh

eso es lo que pasa

silencio   /  de tierra

 

silencios del Che desenterrado

 

 

La noticia relámpago se graba en el viento

los cazadores / inyectan formol a su cadáver / exhiben la presa ante la prensa

lo ejecutan de nuevo a fogonazos

ssin botas / sin calcetines / sin camino

un trofeo descalzo para el recuerdo

Los últimos flashes retumban en su pálido pellejo

 

 

En escorzo  /  escarnecido

retrato

de un cristo cualquiera

 

 

no hay sombras / a la sombra / del relámpago

la escena mortal se inmortaliza 

 

(...)

-----------------------------------------------------------------------------------

 

 

Luminoso en el poster de la quinceañera /  que sigue soñando contigo y con tus sueños

y sueña

con volver a tener quince años

 

entre sus cachivaches el veterano guarda /como hueso santo / una hilacha verdeoliva

el jirón / de una bandera

 

el recuerdo /  de una playa

con sus colores /  de besos

y de  luto

 

no faltó quien tomara los viejos fusiles

ni quien

los vendiera en el mercado de las pulgas

 

todo se corrompe en el camino del caracol que cruza este poema

 

el hombre nuevo es un hueso enterrado

 

sobrevive el hueso

 

no hay lealtad más grande ni tan callada.

 

La sombra

se queda con su hueso

 

un hueso deja de ser / sólo un hueso

cuando sabemos / que lo bautizaron

que estuvo en nuestra misma vereda

enamorado / con dolores de huesos

 

¿dónde están los camaradas?

cantan / y cuando cantan parece que están solos

 

sonámbulos y lúcidos te siguieron en el sueño

convencidos /  vencidos /  convertidos

en abono /  de la tierra

el famoso

paraíso

del himno / que cantaron  / de pié  /  los esclavos sin pan

 

(...)

 

 

un viento viejo despeina tu melena

es el recuerdo

calavera calva cavilando

 

riete

muestra esos dientes que distinguen tu historia en la huesera

amplia es la risa del aparecido

carcajada eterna

muda calaca sin respiro

 

y sigue siendo dulce tu mirada de hueso

 

(...)

 

 

afiche  /  fetiche

carátula  / ícono pop  /  chuchería

película  / souvenir de la gauche / mercadería

fetiche  /  afiche

libro de poesia

 

(...)

 

todos al aire con tus huesos exhumados

                        bajo la noche

repetida en el verso   /   de la fosa infinita

 

         una fosa común llena de NN:

Nadie                                               Nadie

Noche                                              Noche

Nunca                                              Nunca

         la doble negación te resucita.

 

 

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

TEXTOS EM PORTUGUÊS

Tradução de Antonio Miranda

 

OSSOS

 

O único que nos resta

é o vento

 

o único que deixamos

é o vento

 

o vento passa pelo osso oco

- schhhh

é isso que passa

silêncio  / de terra

 

silêncios do Chê desenterrado

 

A notícia relâmpago se grava no vento

os caçadores / injetam formol em seu cadáver / exibem a presa para a imprensa

executam outra vez em chamas

ssem botas / sem meias  / sem caminho

um troféu descalço para a lembrança

Os últimos flashes retumbam em sua pálida couraça

 

Em resumo / escarnecido

retrato

de um cristo qualquer

 

sem sombras / à sombra / do relâmpago

a cena mortal se imortaliza

 

(...)

-----------------------------------------------------------------------------------

 

L

luminoso no pôster da adolescente / que segue sonhando contigo e com teus

sonhos

e sonha

com voltar a ter quinze anos

 

entre seus badulaques o guarda veterano / como osso santo / um fiapo

verde-oliva

o girão  /  de uma bandeira

 

a lembrança /  de uma praia

com suas cores / de beijos

e de luto

 

não faltou quem tomasse os velhos fusis

nem quem

os vendesse no mercado das pulgas

 

tudo foi corrompido no caminho de caracol que cruza este poema

 

o homem novo é um osso enterrado

 

sobrevive o osso

 

não há lealdade maior nem tão calada.

 

A sombra

fica com seu osso

 

um osso deixa de ser / somente um osso

quando sabemos / que o batizaram

que esteve em nosso mesmo sendeiro

apaixonado / com dores nos ossos

 

onde estão os camaradas?

cantam/ e quando cantam parece que estão sós

 

sonâmbulos e lúcidos te seguiram em sonho

convencidos / vencidos / convertidos

em abono  / da terra

o famoso

paraíso

do hino / que cantaram  / de pé  / os escravos sem pão

 

 

(...)

 

um vento velho despeiteia tua cabeleira

é uma lembrança

caveira calva cavilando

 

ria

mostra esses dentes que distinguem tua história na ossatura

ampla é o riso do aparecido

gargalhada eterna

muda morte sem hálito

 

e segue sendo doce tua mirada de osso

 

 

(...)

 

pôster / póstero

portada / ícone pop / bugiganga

filme / souvenir de gauche / mercadoria

pôster / póstero

livro de poesia

 

(...)

 

todos ao ar com teus ossos exumados

                   pela noite

repetida no verso  /  da fossa infinita

 

         uma fossa comum cheia de enes:

 

Ninguém                                              Ninguém

Noite                                                   Noite

Nunca                                                 Nunca

            a dupla negação te ressuscita.




Voltar para a página do Chile Voltar para o topo da página

 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar