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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


GERMAN GANA MUÑOZ

GERMAN GANA MUÑOZ

 

 

Nacido el 12 de julio de 1983 en Santiago de Chile, egresado de Diseño en la Universidad de Chile. Ganador de una mención honrosa en el concurso para poetas jóvenes chilenos “Mañana estarás en Hawai” con el libro “Interferencias De repente” publicado en septiembre del 2006 por Contrabando del bando  en  contra. Director de Garrapato Ediciones donde publica  el Placard “Poesía para Morder” en enero del 2007. Editor de la revista latinoamericana Los Poetas del 5. Invitado a diferentes encuentros poéticos entre los que destacan: II Encuentro Latinoamericano de Poesía Actual Poquita Fe 2006, I Encuentro de Poesía Masiva Viseralia 2006, Festival Poético al Aire Libre de Curicó 2006.  Además ha colaborado en varias revistas impresas y en la web. Participa en producciones audiovisuales y se ha desempeñado en acciones de arte como performance, intervenciones y imulacros.


 

Fuente: TRÁNSITO DE FUEGO / TRÂNSITO DE FOGO - Selección de jóvenes poetas latinoamericanos / Selecção de jovens poetas latinoamericanos 1972-1990. Selección y compilación / Seleção e compilação Raquel Molina. Traducción al português / Tradução ao português Gladys Mendía.  Caracas: Casa de las Letras Andrés Bello, 2009. 

 

TEXTOS EM ESPAÑOL    /     TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

I

mi paraguas trae una inmensidad de estrellas

que se abren y desaparecen

        tras las nubes

            en el cielo

un calentador de escalopas está en la playa observando

los niños escapan con arena pegada en la espalda

buscando nuevas razones para volar

un sinfín de colores y el rojo que no termina nunca

que se convierte en una corriente maniaco depresiva

comenzando por los brazos  

produciendo un sonido ligero

            que recuerda el vacío

                              de las articulaciones

              entre los cuerpos

                                                          las uniones

                 las proximidades

la niña brillante dibuja caritas felices

sobre las balas que encuentra

en los cajones de su padre

sólo existen balas

 

 

II

Multiplicaos los unos a los otros

de mentiras        sin amor      sin orgasmos            sin vida

anoche subí al cielo y le dije a Dios

que no salva a nadie

que nadie cree en él

que ya dejó de existir para siempre

tengo la necesidad de romper las palabras

el criterio, la voz resonante, las venas;

decirle que tampoco nadie cree en mí

que dejé de existir hace más de una semana

mientras un tipo que junta puntos en el súper me observa

musak volando por los aires indiferente

estoy esperando a una persona que suba al escenario

y lo rompa todo    

                     completamente                 

                                 todo  -

                                                               

este simulacro se ve tan bello que debería destruirse

who`s callin? london callin (repeat)

porque destruir es la belleza quebrada antes de volver a crearse

y aquí nada es realmente bello                                    

recomiendo una pequeña dosis para hoy

        un anestésico con poder desmedido

                                 saturando las venas

                                             suturando el dolor

 

 

III

disturbios    los llantos

en las calles     gente en cólera

villancicos A y B    pronunciando las palabras de la publicidad

repentinamente quiero arrebatar a la muchedumbre,

generar una suerte de desajuste simultáneo real

la oportunidad de despedazar a todo el mundo

terminar con la tómbola millonaria que acierta siempre

el caos que alimenta el fujo, los fragmentos de distorsión

que aparecen y me dejan ciego con palabras del inconsciente

saliendo de mi boca;  el daño de los otros, mi persona

figurativamente mi persona que corre en pausa

por los pasillos subterráneos; la ciudad del metro cuadrado

que vuelve a acertar, la gente celebra sus fotografías,

queda mucho espacio entre los individuos

el espacio entre el ente y el cuerpo vivo

que sangra y duele

para volver a doler

y a doblarse tratando de estrangular su angustia;

nadie conoce el color de mi sangre

nadie conoce el color de mis fantasías necesarias

 

 

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS

Tradução de Gladys Mendía

 

GERMAN GANA MUÑOZ

 

Nascido o 12 de Julio de 1983 em Santiago de Chile, formado em Desenho na Universidade de Chile. Ganhador de uma menção honrosa no concurso para poetas jovens chilenos “Amanhã estarás em Hawai” com o livro “Interferências De repente” publicado em Setembro do 2006 por Contrabando do Bando na outra mão. Diretor de Garrapato Edições onde publica o Placard “Poesia para Morder” em Janeiro do 2007. Editor da Revista Latinoamericana Os Poetas do 5. Convidado a diferentes encontros poéticos entre os que destacam: II Encontro Latinoamerica no de Poesia Actual Poquita Fé 2006, I Encontro de Poesia Em massa Viseralia 2006, Festival Poético ao Ar Livre de Curicó 2006. Ademais colaborou em várias revistas impressas e no site. Participa em produções audiovisuais e desempenhou-se em ações de arte como performance, intervenções e simulacros.

 

 

I

meu guarda-chuva traz uma imensidão de estrelas

que se abrem e desaparecem

depois das nuvens

no céu

um aquecedor de escalopes está na praia observando

os meninos escapam com areia colada nas costas

procurando novas razões para voar

um sem fim de cores e o vermelho que não termina nunca

que se converte numa corrente maníaco-depressiva

começando pelos braços

produzindo um som ligeiro 

                     que recorda o vazio 

                            das articulações

                              entre os corpos 

                                                 as uniões 

                                            as proximidades 

a menina brilhante desenha carinhas felizes

sobre as balas que encontra

nas gavetas de seu pai

só existem balas

 

 

II 

Multiplicai-vos os uns aos outros

           de mentiras         sem amor      sem orgasmos           sem vida

ontem à noite subi ao céu e lhe disse a deus

que não salva a ninguém

que ninguém crê nele

que já deixou de existir para sempre 

tenho a necessidade de romper as palavras

o critério    a voz ressonante   as veias

lhe dizer que também não ninguém crê em mim

que deixei de existir faz mais de uma semana

enquanto um tipo que junta pontos no super me observa

musak voando pelos ares indiferente 

estou a esperar a uma pessoa que suba ao palco

e o rompa tudo

                    completamente

                                           tudo - 

este simulacro se vê tão belo que deveria se destruir

who`s callin? london callin (repeat)

porque destruir é a beleza avariada dantes de voltar a criar-se

e aqui nada é realmente belo

recomendo uma pequena dose para hoje

       um anestésico com poder desmedido

                                                        saturando as veias 

                                                                              suturando a dor

 

III 

distúrbios              os prantos

nas ruas                gente em cólera

villancicos A e B    pronunciando as palavras da publicidade 

repentinamente quero arrebatar à multidão,

gerar uma sorte de desajuste simultâneo real

a oportunidade de despedaçar a tudo mundo

terminar com a tômbola milionária que acerta sempre

o caos que alimenta o fluxo os fragmentos de distorção

que aparecem e me deixam cego com palavras do inconsciente

saindo de minha boca o dano dos outros minha pessoa fgurativamente

minha pessoa que corre em pausa

pelos corredores subterrâneos a cidade do metro quadrado

que volta a acertar a gente celebra suas fotografas

fica muito espaço entre os indivíduos

o espaço entre o ente e o corpo vivo

que sangra e dói

para voltar a doer

e a se dobrar tratando de estrangular sua angústia

ninguém conhece a cor de meu sangue

ninguém conhece a cor de minhas fantasias necessárias

 

 

Dois critérios marcaram a seleção das obras, o primeiro esteve determinado pela ubicação geracional, os nascidos entre 1972 e 1990; o segundo critério esteve orientado pela procura de uma voz própria, singular e independente que permitisse abrir-se passo por si mesma um espaço, umas representadas na audácia do dizer, outras, expressadas na sua estreita relação com a realidade social ou com os fortes laços da pertença e a consciência latinoamericana.

 

Página publicada em abril de 2009

 


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