Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


RICARDO CORONA
 

Ricardo Corona (Pato Branco - PR, 1962) graduou-se em Comunicação em 1987 (Febasp). Iniciou atividade poética no início dos anos 1980, publicando seus poemas em revistas e jornais literários. Em 1998, organizou a antologia de poesia Outras praias / Other Shores (Iluminuras). Criou em parceria com a artista plástica Eliana Borges as revistas de poesia e arte Medusa (1998-2000) e Oroboro (2004-2006). Em 1999, publicou Cinemaginário (Iluminuras), seu primeiro livro individual, com repertório de poemas imagéticos e de intenso diálogo com o cinema. De 1993 a 1996, apresentou várias performances poéticas criadas em parceria com Eliana Borges e iniciou pesquisa que aproximou a poesia do universo do som, mesclando referências que vão da poesia da música brasileira às experiências sonoras de vanguarda e que serão determinantes no seu disco Ladrão de fogo (Medusa, 2001). Em 2003, em parceria com Eliana Borges, publicou Tortografia (Iluminuras), um livro de arte com desdobramentos da poesia para o universo das artes plásticas e destas para o campo poético. De 2005 a 2007, percorreu o país com a apresentação de poesia falada e sonorizada Távivaaletra. Em 2005, com Joca Wolff, traduziu o livro-poema aA Momento de simetria (Medusa, 2005), de Arturo Carrera e nesse ano publicou Corpo sutil (Iluminuras). Em 2007, criou com Eliana Borges a performance Jolifanto.

 

Participações: Antologia comentada da poesia brasileira do século 21 (PubliFolha, SP, 2006, Org. Manuel da Costa Pinto); Papertiger: new world poetry (Austrália, 2004); Cities of chance: new poetry from the United States and Brazil (Ed. Rattapallax Press e 34, EUA, 2003, Org. Flávia Rocha e Edwin Torres); Pindorama – 30 poetas de Brasil (Revista Tse-Tsé, Argentina, 2000, Org. Reynaldo Jiménez); Na Virada do Século – Poesia de invenção no Brasil (Ed. Landy, SP, 2002, Org. Cláudio Daniel e Frederico Barbosa) e Passagens – Antologia de poetas contemporâneos do Paraná (Ed. IOP, 2002, Org. Ademir Demarchi). Tem parcerias musicais com Vitor Ramil, Ana Lee, Tiago Menegassi, Guêgo Favetti, Carlos Machado, Alexandre Nero, Neuza Pinheiro e Grace Torres.

 

Veja também: POEMA VISUAL, foto da performance JOLIFANTO, realizada no Teatro do Paiol, em Curitiba (01/08/2007), na abertura do Encontro Pan-americano.

   TEXTOS EM PORTUGUÊS   /   TEXTOS EN ESPAÑOL

Cinemaginario

(SP, Editora Iluminuras, 1999)

 

 

VENTOS E UMA ALUCINAÇÃO

1.
sol tórrido no
aljazar

(lascas de zinco refletindo)

sol batendo
no sal

2
das costas
do homem na barcaça
— e deu-se a estampa

(um sopro quente passa)

um caligrama na asa
do anjo
aprendiz da chuva

3.
rubricando, rebatendo
no arco-íris riso
da híbrida holografia

(do solo sobe um hálito quente)

espumas ainda agonizam
e novamente
o mar traz à margem sua franja

4.
atrás das pálpebras
o olho dá forma ao sol
: bola vermelha

(um vento mantra passa)

a íris fosforesce
aureolando as pupilas em brasa


5.
no cine Céu
a sessão inicia pelo fim

(o rubro horizonte nubla de repente)

barbatanas no céu anfíbio
guelras no céu íntimo

6.
hojes mais longínquos
lembram
ontens ancestrais

(um peixe roça a pele da pedra)

há uma escritura definitiva
nas estrelas
sílabas


7.
: a gula de luz
de uma galáxia canibal

(a lua finge mas já reflete sóis)

Anos-luz daqui
Andrômeda é a esfinge
da via-láctea

 

 

ONDAS NA LUA CHEIA
(poema sob influência)

 

A lua que tudo assiste
agora incide

O mar
— sob efeito —
ergue-se
crispado de ondas espumantes

Sua língua de sal
lambe e provoca
as escrituras da areia firme

Ondas deslizantes
redesenham
onde outras ondas ainda
desredesenharão,
fluindo
no fluxo
da influência

Sob efeito lunar
o mar muda
e a lua,
antes toda,
agora, mínima

(

e quem com ela muda?)

 

PAISAGEM NARCISISTA

Estando sempre à luz do sol,
a paisagem, narcisista, insiste.
E viciada em flashes e ohs!
de turistas, banhistas e surfistas.

Sendo ela que o sol eternamente assiste,
a paisagem, narcisista, insiste,
retendo estampas na retina, como se
somente a sua performance existisse.

Mas nela meu olhar não se detém,
nenhum clic, espanto, nada.

 

*

via láctea via língua
eis minha viagem
o quasar mais além
vai estar quase ali
o planeta terra
pingo no meu i
ponto na frase que se encerra

*

a chuva desce
pelo cheiro
a terra agradece

 

 ====================================================================

 TAMBOR

 

ouvido atento, colado            

som lusitano, lento

meu cérebro no centro de Stambul

(de um lado, feras

do outro,

heras)       

 

o giro incerto mastiga o ruído

metal ruim

         de um lado da estampa,

azul

         do outro,

 

coisas grudam na agulha

na ferrugem

na pane do som letal

 

de um lado, folhas

                            caem

                                      pétalas

 

do mesmo lado

vão vira crisálida

borboletas-bomba

         coração tam-

                            bor

         tam

         tambor tam

tam

         tam-

bor tam

         tam

         tambor

                   TAM 

ENTRE 

 

‘bientôt un espace’

quer dizer

‘em breve um espaço’

 

bonito isso

na raridade que é

esta manhã

 

na qual aspiro

ao desconhecido

 

decolo ao

meu labirinto

 

no pulso de todos os tempos

 

entre

 

‘bientôt un espace’

e a menina com narina balalaica  

 

 

 

CORONA, Ricardo.   Ladrão de fogo.    Curitiba: Medusa Edições, 2999.  Em caixa de CD           (plástico) com folheto incluindo poemas e ilustrações.  Produção e direção de Graça Torres.  Capa: Eliana Borges.   Col. A.M. 

 

 

 

TEXTOS EM ESPAÑOL

 

Cinemaginario

(SP, Editora Iluminuras, 1999)

 

Traducción de Reynaldo Jiménes

 

 

VIENTOS Y UNA ALUCINACIÓN

 

 

1.

 

sol tórrido en el

aljajar

 

(astillas de zinc reflejando)

 

sol batiendo

en la sal

 

 

2.

 

de las costas

del hombre en la barcaza

— y dióse a la estampa

 

(un soplo caliente pasa)

 

un caligrama en el ala

del ángel

aprendiz de la lluvia

 

 

3.

 

rubricando, rebatiendo

en el arco-íris risa

de la híbrida holografía

 

(del solo sube un hálito caliente)

 

espumas aún agonizan

y nuevamente

el mar trae al margen su franja

 

 

4.

 

atrás de los párpados

el ojo da forma al sol

: bola bermeja

 

(un viento mantra pasa)

 

el iris fosforece

aureolando las pupilas en brasa

 

 

5.

 

en el cine Cielo

la sesión inicia por el fin

 

(el rojo horizonte nubla de repente)

 

aletas en el cielo anfibio

branquias en el cielo íntimo

 

 

6.

 

ahoras más distantes

recuerdan

ayeres ancestrales

 

(un pez roza la piel de la piedra)

 

hay una escritura definitiva

en las estrellas

sílabas

 

 

7.

 

: la gula de luz

de una galáxia caníbal

 

(la luna finge pero ya refleja soles)

 

a años-luz de aquí

Andrómeda es la esfinge

de la vía-láctea 

 

 

ONDAS EN LA LUNA LLENA

(poema bajo influencia)

 

 

La luna que todo asiste

ahora incide

 

El mar

 — bajo efecto —

se yergue

crispado de ondas espumantes

 

Su lengua de sal

lame y provoca

las escrituras de la arena firme

 

 Ondas deslizantes

redibujan

donde otras ondas aún

desredibujarán,

fluyendo

en el flujo

de la influencia

 

Bajo efecto lunar,

el mar muda

y la luna,

antes toda,

ahora, mínima

 

(

 

¿y quién con ella muda?)

 

 

 

PAISAJE NARCISISTA

 

 

Estando siempre a la luz del sol,

el paisaje, narcisista, insiste.

¡Y viciada en flashes y ohs!

se entrega al flirt

de turistas, bañistas y surfistas.

 

Siendo que el sol eternamente lo asiste,

el paisaje, narcisista, insiste,

reteniendo estampas en la retina, como si

solamente su performance existiese.

 

Mas en él mi mirar no se detiene,

ningún clic, espanto, nada.

La memoria ahora está más allá,

ni la más linda imagen queda guardada.

 

Yo, de pasaje y el paisaje, de paisaje.

En mí incide lo que está después del paisaje:

oasis, Iemanjá, sirena, espejismo.

 

 

 

TUNGUSO-MANCHURIANA

 

el bailarín rojo

exhibe cuernos azules                  llama

 

para el círculo

 

el chamán enciende

el gran ojo de la tribu

 

El ojo mira ajeno

dentro de la ostra fea.

Descubre tu brillo

a la vista perla. 

 

 

 

CUANDO INSURJAS DE LOS REFLECTORES DE LA RAZÓN

 

Cuando insurjas de los reflectores de la razón, Ah

yo estaré aquí

dientes a la vista               , sueltos sueños

, y cuando abras las compuertas,

ten coraje

que en la borra de los bordes

haremos un pacto   

: dona tus monedas de luz (

también las cápsulas alopáticas)

y monta al leopardo.

Tendrás el Acaso y los sentidos imprevisibles               alocados

que fecundan los jardines

de la imaginación. 

 

 

NACEN FLORES CON EL TIEMPO

 

To create a little flower is the labour of ages

WILLIAM BLAKE

 

 

sentir, yo sé, tiene su precio

dolores placeres amores

nunca yerran mi dirección

la vida me quiere sintiendo

a flor de piel desde el comienzo

sentir, yo sentiré hasta el fin

nacen flores con el tiempo

flores en el vaso es con ustedes

yo voy a regar un jardín

 

 

 

MISS TEMPESTAD

 

Miss Tempestad no tiene tiempo

El ceniza avanza sobre el azul

Hieroglifos eléctricos rayan el cielo

Escribe, Miss Tempestad

Que ese día blanco es tuyo

Despéñate sobre ese vacío

Rellena el silencio de Dios

 

#

 

Escribe, Miss Tempestad

No contemporices tu intensidad

tener el alma durando en el tiempo

durando como duran las dunas

los dolores llevados por el viento

ningún dolor durando entero

como las piedras duras

un día despiertan dunas

 

 

 

MESES IMPARES DE UN AÑO PAR

 

meses impares

de un año par

que pasó

 

duele recordar

aquellos días

en seguida

 

treinta y un días

clavados

en lo impar

 

en la overdose de los doce

esos son

los meses no

 

meses contados

en hueso de puño

de un año par

que pasó

 

 

 

POLITIKÓS

 

 

Tan idóneo,

llega a ser indoloro.

 

Tan transparente,

llega a ser incoloro.

 

  

DIMENSÃO – REVISTA INTERNACIONAL DE POESIA.         ANO XI – No. 27.  Uberaba, Minas Gerais, Brasil: 1991.  130 p.    Editor: Guido Bilharino   192 p.          Ex. biblioteca de Antonio Miranda

 

 

                                                               

                                             

                                                         Caligrafia: Eliana Borges

*
VEJA  mais POESIA VISUAL  em nosso Portal:http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_visual/poesia_visual.html

Página publicada em setembro de 2007. Ampliada e republicada em jul. 2013.

 

 

Voltar para o topo Voltar para Brasil Voltar para  Parana

 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar