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RAUL MURILLO Y ALIAGA

La Paz, 1919-1980?

 

Político, abogado y periodista. Autor de “Tierra”, 1943; “Bolivia en la sangre”, 1950; “Presencia del Pueblo” , 1950;  Antisonetos de estaño (1956); Momentos de una ausencia (1963).

 

Poesía:  Bolivia en la sangre. Rancagua : Eds Talamí,1950. 85 p. ;18 x 22 cm.

 

TEXTO EN ESPAÑOL   -   TEXTO EM PORTUGUÊS

       

         ANTISONETO DEL GUERRILLERO

         El guerrillero solo, con su marcial estampa,
con su fusil violento, con las manos y el arma,
con la noche en los ojos, la noche fuzilada
y con la última estrela que tiene su batalla.

          Su trincheira sin rótulos no tiene ya esperanza,
ni arengas, ni proclamas, ni discursos de plaza,
su trincheira está tensa em la pólvora humeante.
El guerrillero sólo quiere alcanzar el alba.

          La sal va penetrando em su estrutura de aguila
y desbocados potros golpean su coraza,
pero ahí, el guerrillero, el guerrillero sólo,   
pero su fusil violento muerde al sol que se alza.

          Es un sol que destine la noche fuzilada
y calienta el cadáver de la última matanza.

       

TEXTO EM PORTUGUÊS
Tradução: Antonio Miranda

 

ANTISONETO DO GUERRILHEIRO

O guerrilheiro só, com sua estampa marcial,
com seu fuzil violento, com as mãos e a arma,
com a noite nos olhos, a noite fuzilada
e com a última estrela que tem sua batalha.

Sua trincheira sem rótulos já sem esperança,
nem arengas, nem proclamas, nem discursos de praça;
sua trincheira está tensa na pólvora fumegante.
O guerrilheiro apenas quer alcançar a alvorada.

O sal vai penetrando em sua estrutura de águia
e desbocados potros golpeiam sua couraça,
mas então, o guerrilheiro, o guerrilheiro apenas,
com seu fuzil violento morde o sol que se eleva.

É um sol que apaga a noite fuzilada
e ressalta o cadáver da última matança.

 

 

Página publicada em março de 2019       


 

 

 
 
 
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