LUIS FELIPE VILELA
Luis Felipe Vilela del Villar. La Paz- Bolivia, 1906-1963
TEXTOS EN ESPAÑOL - TEXTOS EM PORTUGUÊS
CLAMOR
Cuando el mundo resuelva su oscuro mecanismo,
vendrá una voz, crecida y fecundante,
ressurgirá la esencia del hombre y su designio.
Pálido resplandor. Frio reflejo de metales,
Frentes de arcilla talladas en la sombra.
De ella nació la fuerza de la vida
y germinó el temblor de la esperanza,
el recôndito estremecimento
de lámparas que brotan del océano.
Ambición de la cumbre las raíces
de la muerte. Entre azules recintos de petróleo,
entre ciprestes negros.
Entre paisajes duros cristalizan
las palavras del hombre. Como láminas
de acero que el fuego ha redimido.
Clamor del hombre que no es hombre!
Clamor del corazón sin esperanza
que se levanta como puño cerrado!
TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução: Antonio Miranda
CLAMOR
Quando o mundo resolva seu escuro mecanismo
virá uma voz, crescida e fecundante,
ressurgirá a essência do homem e seu desígnio.
Pálido resplendor. Frio reflexo de metais,
Frentes de argila talhada na sombra.
Delas nasceu a força da vida
e germinou o tremor da esperança,
o recôndito estremecimento
de lâmpadas que brotam do oceano.
Ambição do cume que sonha ser torrente
e cratera fermentada.
Dentro delas afundam as raízes
da morte. Entre azuis recintos de petróleo,
por entre negros ciprestes.
Entre paisagens duras cristalizam
as palavras do homem. Como lâminas
de aço que o fogo já redimiu.
Clamor do homem que não é homem!
Clamor do coração sem esperança
que se levanta com punho fechado!
Página publicada em março de 2019
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