| HAICAI – HAIKAI – HAIKU ALUISIO DE AZEVEDO   Aluísio  Azevedo (1857-1913) foi um escritor brasileiro. "O Mulato" foi o  romance que iniciou o Movimento Naturalista no Brasil. ... Aluísio Azevedo  (Aluísio Tancredo Gonçalves de Azevedo) nasceu em São Luís, Maranhão, no dia 14  de abril de 1857. Em 1871 matriculou-se no Liceu Maranhense e dedicou-se ao estudo  da Pintura. A obra  denunciava o preconceito racial existente na burguesia maranhense e provocou  uma reação indignada da sociedade, que se viu retratada nos personagens, mas o  livro foi um sucesso de vendas. No dia 7 de  setembro de 1881, Aluísio Azevedo volta para o Rio de Janeiro decidido a se  dedicar à vida de escritor. Publicou inúmeros contos, crônicas, romances e  peças de teatro, nos folhetos dos jornais da época, na maioria obras de feição  romântica, cujos enredos conduziam ora a tragédia ora ao desenlace feliz, entre  eles: “Memórias de Um Infeliz” (1882) e “Mistério da Tijuca” (1882).   Mais em: /www.ebiografia.com   GUTTILLA, Rodolfo  Witzig.  Haicais  tropicais. São  Paulo: Boa Companhia, 2018.  168 p.   14 x 21 cm    N. 978-85-65771-16-0   Ex. bibl.  Antonio Miranda   
                
                           Nobunaga          Se o melro não canta,Mando-o  eu matar!
            Taiko-Sama          Se não canta o melro,Fá-lo-ei  cantar!
            Tokugawa          Se o melro não canta,Não  vai a matar!
 Espero  que o melro
 Se  ponha a cantar.
 
   E um soneto: 
 Pobre amor Calcula,  minha amiga, que tortura!  Amo-te muito e muito,  e, todavia, Preferira morrer a  ver-te um dia Merecer o labéu de  esposa impura!   Que  te não enterneça esta loucura,  Que te não mova  nunca esta agonia, Que eu muito sofra  porque és casta e pura, Que, se o não foras,  quanto eu sofreria!   Ah!  Quanto eu sofreria se alegrasses  Com teus beijos de  amor, meus lábios tristes, Com teus beijos de  amor, as minhas faces!   Persiste  na moral em que persistes.  Ah! Quanto eu  sofreria se pecasses, Mas quanto sofro  mais porque resistes!     LIVRO DOS POEMAS.  LIVRO DOS SONETOS. LIVRO DO CORPO. LIVRO DOS  DESAFOROS.     LIVRO DAS CORTESÃES. LIVRO  DOS BICHOS..  Org. Sergio Faraco.   Porto Alegre:  L.P. & M., 2009.   624 p    ISBN 978-85-254-1839-5                  Ex. bibl. Antonio  Miranda     LEÃO PACHOLA
 Hipérbole  fatal de nossos dias,
 arremedo de um quê, que não é nada,
 bagatela do tom, moço pomada,
 eterno prosa das confeitarias;
 
 ceando na Ravot comidas frias;
 vestindo ao Raunier roupa fiada;
 pince-nez de uma cor sempre azulada;
 entre os dentes charutos — Regalias.
 
 francês notado em trato e pedantismo,
 e secas* em francês sempre que amola;
 não é homem, não, é galicismo.
 
 Eis o tipo fiel d´alta bitola!
 Que se sustenta co´o maior cinismo
 da Rua do Ouvidor — leão pachola.**
   *Maça,  chateação.**Indivíduo pedante, cheio de si; gabola.
   *
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