VERSOS DE CIRCUNSTÂNCIA EM CADERNETAS DE DRUMMOND
Nota bibliográfica de A. M.
ANDRADE, Carlos Drummond de.
Versos de circunstância. Org. Eucanaã Ferraz.
São Paulo: Instituto Moreira Salles, 2011. 285 p. ilus.
ISBN 978-85-86707-67-4
Pessoa foi um fingidor; Drummond um despistador. Recomendava ao poeta amigo que destruísse seus originais enquanto zelava pelos próprios. Pedia que não escrevêssemos poemas de circunstância. Seguindo o exemplo de Manuel Bandeira, que registrava o eterno e o efêmero, eternizando o efêmero, Drummond anotou em cadernetas os seus próprios poemas de circunstância... Drummond pedia que não escrevêssemos sobre aniversários, amizades e enterros, mas registrou casamentos, féretros e aniversários de amigos, ou seja, versos de circunstância. Agora o poeta Eucanaã nos brinda com um alentado volume em que transcreve e mostra as imagens dos tais caderninhos... Em boa hora!!! Livro para os amantes do CDA e para bibliófilos e estudiosos. Página após página, uma a uma!!! Tudo o que o itabirano anotou, com a própria caligrafia miúda e caprichosa. 300 dedicatórias e homenagens nos pequenos cadernos espiralados. Abaixo, uma dessas páginas em que parodia o concretismo em voga...
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