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PROPOSTAS FUNDANTES DO POEMA PROCESSO

das contribuições que o poema-processo proporciona à prática artística, quatro se destacam como as mais signinificativas

por Neide Dias de Sá

 

Texto originalmente publicado na revista
BROUHAHA no. 10, Ano III, Natal, Rio Grande do Norte, Brasil
pela Imprensa Universitária, em 2007.

 

  1. O processo — Núcleo da criação

 

Tudo apresenta uma constante evolução no tempo, e quando se dão transformações, diz-se que há um processo. A movimentação da estrutura do poema ocorre através do processo, que ocorre em diversos níveis, tais como o histórico, o semiótico, o linguístico, o imediato, entre outros, que abrangem as transformações físicas dos objetos. Mas há uma interação dialética, de tal modo que as estruturas estão sempre subordinadas aos processos. Devido a essa primazia, para o poema/processo o importante é fundar novas probabilidades criativas: só é novo o que inaugura processos novos. Nesse momento a vanguarda assume um compromisso consciente e objetivo, em seu campo, contra a imobilidade das estruturas, pela invenção de novos processos. Daí também o movimento levar, por meio de seus produtos, à consciência exata de que o valor e o núcleo da invenção situam-se na criação de novos processos.

 

A correlação do processo com o tempo não envolve linearidade. É uma dinâmica do imprevisto. Não há começo e fim, ou sequência fixa de eventos, pois o processo se desenvolve em diversas direções, abrindo uma quantidade de encadeamentos que se realizam simultaneamente.

 

A transformação, o movimento ou a participação é que levam a estrutura (matriz) à condição de processo. Assim o poema/processo cria um novo consumidor/participante/criativo, que deixa de ser um espectador passivo, contemplativo, para tornar-se um explorador das probabilidades do processo, suas soluções operacionais e possibilidades estruturais.

 

  1. Versões

 

A versão é a valorização da matriz. É talvez o único critério para a avaliação do poema/processo, uma vez que ele é totalmente aberto. Se um poema comporta versões, ele encerra um processo.

 

No ato do participante/criativo é que o poema se resolve, e não na interpretação ou justificativa. Somente quando o leitor passa a “ler” processos é que compreende as possibilidades construtivas e de exploração. Cada consumidor/participante/criativo, ao explorar o processo, gera, ele próprio, versões de acordo com o seu repertório. O conceito de bem e ruim é substituído pela opção criativa de cada um.

 

 

  1. Projeto

         O criador fica livre de veicular processos através de
acabadas. Sua proposta vale como um projeto, cabendo ao
consumidor construir sua versão.

 

  1. Contraestilo


O contraestilo nasce com o próprio poema/processo, valoriza as virtualidade da invenção poética. Por contraestilo entendemos as difenças processadoras que marcam os poemas, o desencadeamento de novas estruturas específicas no interior desses poemas, permitindo que vejamos em cada poeta o seu particular coeficiente informacional. O contraestilo é antirredundância das soluções, enquanto o estilo é um maneirismo em que o criador registra a sua marca através da repetição de microestruturas, linguísticas e semióticas, que o idenficam e são responsáveis pelo seu estilo autoral.a

 

 

Página (re)publicada em dezembro de 1019 no presente Portal.


 

 

 
 
 
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