EDIÇÕES ESTRANGEIRAS DE/SOBRE POESIA BRASILEIRA
Fazemos o possível para acompanhar as novidades editoriais de livros sobre poesia brasileira e de poetas brasileiros traduzidos a outras línguas. Geralmente, fazemos o registro diretamente na página dos poetas ou mediantes resenhas mais detalhadas. Estamos iniciando esta seção em que daremos destaque para algumas novidades:
|
*** Haroldo de Campos - a dialogue with the Brazilian Concrete Poet. Edited by David K. Jackson. Oxford: Center for Brazilian Studies, 2010. 270 p. ISBN 978-0954-49705-6 / 09544070-5-9
Uma homenagem póstuma ao nosso célebre concretista, para provar aos brasileiros que não exportamos apenas samba e futebol. Também exportamos poesia. O livro reúne entrevistas, textos do autor de Galáxias, e ensaios de especialistas estrangeiros (e uns poucos brasileiros como Nelson Ascher e o argentino-brasileiro Jorge Schwartz) sobre sua inventividade e sua vasta produção poética, ensaística e de tradução. Não podemos deixar de mencionar também os nomes de Gonzalo Aguilar, Umberto Eco e Guillermo Cabrera Infante num elenco de primeira linha. Cabe destacar que as apresentações aconteceram em duas das mais prestigiosas universidades do mundo, a de Oxford (Inglaterra) e Yale (USA). Como a edição teve o apoio de nosso Ministério da Cultura, sentimo-nos autorizados a reproduzir alguns fragmentos, o que vamos fazer em breve.
|
***BRAZIL, LYRIC, AND THE AMERICAS, by Charles A. Perrone. Hainesville, FL: University Press of Florida, 2010. 251 p. ISBN 978.0-8130-341-8 capa dura
Charles A. Perrone é o mais notável Brazilianist da atualidade nos estudos da poesia brasileira. Esta obra é o ponto culminante, revela a intimidade do pesquisador com os autores, críticos e a literatura sobre o tema, a julgar pela extensa bibliografia e a quantidade de notas que ampliam seu texto em que, além de analisar obras e poetas, contextualiza de forma absolutamente rigorosa e pertinente (como "tradução" para o público norte-americano e os estudiosos em geral). Também relaciona ou compara com autores estrangeiros, na perspectiva de demonstrar como nossa poesia está aberta às correntes contemporâneas, à tradição ocidental. Aborda o processo criativo das vanguardas, sua formação híbrida e relações com outros gêneros, inclusive a música. Vai de Sousândrade a Leminski, de Oswald de Andrade a Caetano Veloso e Arnaldo Antunes, sem esquecer os concretistas e os neobarrocos... Devemos lembrar que Perrone é autor de uma outra obra, mais focada nas vanguardas brasileiras da segunda metade do século 20, com análises interpretativas mais frequentes sobre o Concretismo: SEVEN FACES: Brazilian poetry since modernism. (Duke University Press, 1996. 255 p. ISBN 0-8223-1807-5 (cloth) e 0-8223-1814-8 (pbk).
|