POESIA NO ESPAÇO INFANTIL COM ANTONIO MIRANDA
Aconteceu na Biblioteca do Instituto Nossa Senhora da Piedade, no Lago Sul de Brasília, dentro do Projeto Nossa Senhora da Poesia, no dia 4 de maio de 2011, evento promovido pela poeta Angélica Torres e pela bibliotecária Kátia Aguiar. Antonio Miranda leu seus poemas escritos na infância e deu lugar para que as crianças lessem seus próprios textos e dos poetas de sua preferência. Um encontro muito alegre e descontraído, com direito a fotos e carinho. A seguir dois poemas de Antonio Miranda escritos em 1952, aos 11 anos de idade:
MÃE
Ant. Miranda
Mãe, nome puro como o céu,
Mãe, nome singelo.
Juro por tudo mais sagrado
Que serei sempre sincero.
Oh minha mãe!
Quanto és boa,
Desde manhã até a noite
Sua voz em meus ouvidos, soa.
( O poeta menino assinava “Ant Miranda”... e, ao elogiar, reclamava...
O CÃO
Ah que belo animal!
Ah que lindo bichinho!
Foi papai quem me deu
Este sábio cãozinho.
Ele anda de dois pés
Persegue quem passa no caminho.
Quanto é sábio
Este animalzinho.
Certo dia
Atrás do carro, corre
O mesmo dá marcha à ré
E o Lulu morre.
Foto: Rosangela Melo
o interessante nestes versos: as duas quadras primeiras são a apresentação/exposição convencional do tema, a última abandona o linear e ganha fôlego – a morte rápida do cão. o uso abusivo [onomatopaico] dos erres (rr), sugerindo velocidade, colabora com o projeto.
Pois é, a foto fala mais que as palavras neste caso...
Vejam mais sobre o evento:
http://brincabrincarte.blogspot.com.br/2015/02/a-poesia-de-antonio-miranda.html
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