CRIAÇÃO COMO REVEL-AÇÃO?
(tercetos filosóficos)
DERRIDA:
"Consciência de nada a partir da qual toda a consciência de alguma coisa
pode enriquecer-se, ganhar sentido e figura."
Espécie de "potência para o ato", sentido leibniziano... Uma autonomia das significações,
sem ser uma representação...
Ou, confessou Derrida, "Falar mete-me medo porque, nunca dizendo o suficiente,
sempre digo também demasiado."!
A seguir, alguns tercetos filosóficos sobre o processo de criação literária, extraídos de autores de
diferentes períodos:
DERRIDA:
"Para apreender mais de perto a operação da imaginação criadora,
é preciso portanto virarmo-nos para o invisível interior
da liberdade poética."
PICON, G.
"Para a arte moderna, a obra não é expressão mas criação:
ela faz ver o que não tinha sido visto antes,
ela forma em vez de refletir."
PICON G.
"A história da poesia moderna resume-se à da substituição
de uma linguagem de expressão por uma linguagem de criação..
A linguagem tem agora de produzir o mundo
que já não pode exprimir."
DERRIDA:
"Para apreender mais de perto a operação da imaginação
criadora, é preciso portanto virarmo-nos para o invisível interior
da liberdade poética."
DERRIDA:
"A linguagem não é outra coisa senão a realização da espécie,
o relacionamento do eu e do outro,
destinado a representar a espécie pela supressão do seu isolamento individual.
MALLARMÉ:
"Iluminar isto — que, mais ou menos,
todos os livros contêm a fusão
de algumas repetições completas."
MERLEAU-PONTY:
"As minhas palavras
surpreendem-me a mim próprio
e me ensinam o meu pensamento."
DERRIDA:
" O que se começa a escrever é já lido, o que se começa a dizer é já resposta."
DERRIDA:
O querer atingir o ser fora do sendo.
Publicado em 01 de janeiro de 2021
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