|
|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
|
|
É Importante contabilizar o repertório de conteúdos que cresce exponencialmente na “enciclopédia do mundo” que é a Internet, para um público que se multiplica significativamente, apesar do déficit de inclusão digital apontado pelo especialistas.Um estudioso já disse que a Internet ainda está muito ligada à imagem de um livro, ou do rolo de papiro... Estaríamos numa fase de transição, em busca de novos paradigmas. Ainda no estágio acumulativo, na tentativa de escaneamento dos textos da memória da humanidade. O Google anunciou seu ambicioso programa de digitalização de livros de uma ampla biblioteca universal, para torná-los acessíveis, não obstante as questões ainda não resolvidas dos direitos autorais na web. O mesmo vem acontecendo com músicas, fotografias, documentários, cartões postais, filmes... Um exemplo dessa vertigem é o sítio brasileiro www.usinadeletras.com.br onde milhares de autores publicam seus textos nos mais variados formatos: letras de músicas, crônicas, teses, pensamentos, poesias, textos jurídicos, ensaios, etc. Só na seção Poesias já estão chegando a 100 mil poemas, de quase 9 mil autores! Não vamos entrar na fatigante discussão para saber se é lixo ou jóia... [Aqui intercalamos um ponto de vista: hoje em dia é possível encontrar poetas tão bons e até superiores, em blogs e páginas pessoais ou coletivas, aos que publicam somente em livros e em suplementos literários. Com a ressalva de que existem cada vez menos poetas que apenas saem em papel, enquanto que o número dos digitais é crescente...] Só o tempo pode dar (sucessivas) respostas. Também se pode dizer das bibliotecas que acumularam manuscritos e obras impressas durante centenas de anos. Muito do que se considerava desprezível vem sendo redescoberto e valorizado. Não se pretende considerar tudo como jóia. Nem lixo. O mais indicado seria estabelecer melhores formatos de produção e deixar que as pessoas aprendam, experimentem, criem, e se superem. Daí o surgimento de tantos open archives, de repertórios abertos, páginas pessoais, sem excessivos apriorismos e peer reviews, com regras mais flexíveis e próprias para o modelo de comunicação extensiva vigente na web. Nossa página também vem crescendo, com a inclusão de autores ibero-americanos. Deixou de ser uma página pessoal para transformar-se em portal de poesia. O crescimento está impondo repensar seu formato, sua arquitetura, porque as novas tecnologias vão inspirando programas cada vez mais poderosos e versáteis. Iniciamos o novo ano com estas especulações e buscas, estudando modelos, dentro de nossas (limitadas) possibilidades para responder aos novos desafios. Antonio Miranda |
 |
 |
|
|
|||||
|
|
||||||
|
|
||||||
|
|
||||||
 |
|
||||||
