EDITORAS E EDITORES DE POESIA
Foto (em 2005): http://www2.uol.com.br/entrelivros/reportagens/raras_edicees_poucos_leitores_uma_confraria_imprimir.html
CONFRARIA DOS BIBLIÓFILOS DO BRASIL
O processo de seleção dos livros é através de sugestões dos confrades e confreiras, cujos títulos depois são colocados em votação entre os membros, às vezes considerando comemorações e celebrações especiais como centenários de nascimento ou morte dos autores. São editados apenas 3 títulos por ano. Exclusivamente autores brasileiros com ilustrações de artistas plásticos, sempre em edições produzidas artesanalmente, com papéis especiais. Os exemplares são numerados e assinados pelos autores (quando possível, considerando que algumas edições são póstumas) e pelos ilustradores. Objetos de arte gráfica, cobiçados por colecionadores, bibliófilos, livreiros, intelectuais, escritores, bibliotecários, promotores culturais... Muitos desses livros, anos depois, acabam em sebos finos ou em leilões muito concorridos, a preços muito elevados, dependendo dos autores e condições de conservação.
A Confraria teve início em junho de 1995, através de uma convocatória de membros amantes de livros raros e especiais, através de jornais de grande circulação.
O criador foi o engenheiro JOSÉ SALLES NETO, mineiro, radicado em Brasília, bibliófilo e editor.
O primeiro associado foi o vice-presidente da República, o pernambucano Marco Maciel, através de um inusitado e surpreendente telefonema. Geralmente são 350 associados, número que vem variando ao longo do tempo por desistências, mortes, sendo substituídos. Quem pretenda filiar-se deve contar com a sorte de novos chamamentos e sujeitar-se a alguns critérios de seleção de membros... É óbvio que existe sempre o risco de pessoas que pretendem participar apenas por motivos especulativos...
Os gêneros mais frequentes são o romance e o conto, mas alguns livros de poesia fazem parte da empreitada. Até meados de 2015 haviam sido confeccionados 35 títulos, sendo
6 de poemas:
1998
MENOTTI DEL PICCHIA. Juca Mulato. A edição tem seis xilogravuras feitas pelo artista Paulo Couto.
Ilustrado com cinco xilogravuras + a da capa. O texto foi composto em linotipo pelo Executor de Textos Jorge José Dias Chaves, tendo a impressão tipográfica sido realizada na Gráfica e Editora Adicel, em Brasília. O acabamento foi executado na Encadernadora Múltipla, também em Brasília. No miolo foi utilizado o papel Filiart Renaud, 180 gr. da Filliperson Papéis Especiais e para a impressão das gravuras, papel feito à mão, com línten de algodão e fibras de taquaraçu e sisal. A presente edição comemora o octagésimo aniversário de lançamento do poema e é baseada em texto definitivo fornecido pela "Casa de Menotti Del Picchia". A tiragem desta edição é de 211 exemplares, assinados pelo editor e pelo ilustrador. Cadernos originalmente soltos. Grande formato. Otimo estado. C/estojo.1999
1999
ANJOS, Augusto dos. Poesias de Augusto dos Anjos, com seleção e apresentação de Ferreira Gullar. A edição tem dez ilustrações de José Antonio Van Acker.
2003
MANUEL BANDEIRA. 100 vezes Bandeira, antologia de poemas de Manuel Bandeira. A edição tem ilustrações da gravadora Renina Katz.
2010
GREGÓRIO DE MATTOS. Poemas selecionados. Ilustrações de Sante Scaldaferri. Brasília: 2010. 99 p. ilus.
2011
FERREIRA GULLAR. Poema sujo. Ilustrações Maria Tomaselli. Apresentação Alfredo Bosi. Brasília, 2011. 92 p. ilus.
2013
BESTIÁRIO DA POESIA BRASILEIRA. Xilogravuras de Leonardo Alencar. Brasilia: 2013. 50 folhas com poemas de Alberto de Oliveira, Alphonsus de Guimarães, Amadeu Amaral, Anibal Teófilo, Antonio Sales, Athos Damasceno Ferreira, Augusto de Lima, Augusto dos Anjos, Auta de Souza, Bastos Tigre, Cassiano Ricardo, Cornelio Pires, Da Costa e Dilva, Emidio de Miranda, Francisco Amorim, Gilka Machdo, Gustavo Teixeira, Hermes Fontes, Hernani de Carvalho Schmidt, Humberto de Campos, Jorge Faleiros, Jorge Medauar, José Severiano Rezende, Julio Salusse, Lázaro Carneiro, Ledo Ivo, Leo Lynce, Luis Delfino, Odilon Nestor, Olavo Bilac, Otacilio de Azevedo, Pedro Kilkerry, Pedro Saturnino, Plinio Ramos Coelho, Raimundo Correia, Sueiro Lobato, Tasso da Silveira e Viriato Gaspar. Inclui 60 xilogravuras e o texto “Leonardo Alencar e a arte do avesso”.
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