INÊS SARMET é professora por formação. A conclusão dos cursos Normal, Licenciatura em Matemática e Mestrado em Educação (com área de concentração em Psicologia da Educação),  deu sustentação a uma continuada atuação docente que percorreu todos os níveis de ensino, da alfabetização à Universidade. Considerando-se hoje aprendiz de novas formas de comunicação, reconhece que as experiências vivenciadas nos últimos anos de trabalho acadêmico como professora da UnB/Faculdade de Educação - nas áreas de Psicologia da Educação, Prática de Ensino e Meio Ambiente - vêm exercendo grande influência sobre seu trabalho atual. A utilização de técnicas diversas para produção de imagens - e a possibilidade de sua posterior manipulação digital - e a cerâmica, com que vem se ocupando, mostram-se marcadas por conteúdos psicológicos e pela forte presença das maravilhas do cerrado e da Amazônia, em especial. A publicação de seus trabalhos obedece a uma lógica não convencional, à medida que ele tem sido mostrado em diversas mídias, ora transfigurado em presentes originais para situações especiais -  fragmentos do baú da memória transformados em homenagens -,  ora em elementos de cenários de espetáculos teatrais ou abertura de programa de TV ou, ainda,  na parceria com poetas na ilustração e no projeto gráfico de seus livros. Inês Sarmet é também autora de vários livros, ainda inéditos: Educação, lixo e desperdício (coletânea contendo a reprodução de cerca de 200 artigos de jornais e revistas, escritos entre 1984 e 1994 sobre a problemática do desperdício no País); Resíduos insólitos: caderno de apontamentos (agenda composta com mimos poéticos, que se pretende utilizar como material didático para estimular a leitura e a escrita de textos poéticos); Diário de espantos: colcha de (366) retalhos (agenda, que se pretende seja utilizada como material didático para Educação Ambiental, composta de fragmentos de textos literários que têm o lixo como referência);  Rio acima, procurando Eurídice (reverência à memória e reconstituição da curta e intensa vida de Eurídice, em que centenas de cartas por ela escritas a seu marido tomam a cena) e Viagem por Viagem a Florença: passeio por cartas de Nise da Silveira para Marco Lucchesi ( homenagem à Dra. Nise da Silveira tecida com imagens de Inês Sarmet subpostas a cartas, que antes tinham vindo a público no livro Viagem a Florença, daquela que é considerada a mais importante mulher brasileira do séc.XX).