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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


TRINA QUIÑONES

Trina Quiñones: Nació en Venezuela (1950). Abogada, poeta, traductora. Ha publicado 6 poemarios traducidos al inglés, portugués y ruso; entre ellos, Mutación (o de cómo la cautiva escapó del espejo), Nairobi 1991; Fugitiva, Thesaurus, Brasilia, 1993; Nómada de lo invisible,  Globus, Moscú 2000. Sus poemas han sido publicados en Papeles Literarios, Revistas Académicas y de poesía en España, México, Brasil y la Federación Rusa. Obtuvo Mención de Honor en el Concurso Nacional de Poesía “Das ediçoes de Minas, Cartao Alegoria, Brasil, 1994. Es Miembro Correspondiente de la Academia de Literatura de Moscú y Representante de América Latina para el Idioma Español. Actualmente vive en Caracas.

TRINA QUIÑONES é poeta venezuelana do mundo, inquieta e exigente, fazendo registros literários que revelam uma sensibilidade refinada. 

Seus vários livros de poesia foram escritos e publicados pelas estações de sua vida errante pelo Quênia, Brasil e pela Rússia. Ilustra a presente homenagem a capa de seu livro Ejercicios de Amor , edição bilíngüe espanhol-russo, publicada em Moscou, em 1999, de onde extraímos a foto da escritora.

O poema Insônia Urbana (inédito) foi escrito em seu retorno a Caracas e dedicado ao seu "mestre e amigo"- o poeta Anderson Braga Horta. 

A seguir a tradução do poema "Insônia Urbana ", seguida do original em espanhol "Insominia Urbana":

Convidada oficial da I Bienal Internacional de Poesia de Brasília, participa da antologia  POEMÁRIO da I BIP.

 

TRINA QUIÑONES

Delia resplandece

poemas seleccionados
escritos nos últimos vinte anos
(Caracas, Venezuela julho 2018)

 

DUDAS
              Para Antonio Miranda.

 

Hermana niebla, escucha el abandono de árboles desechados, esa niña llora porque no encuentra a su amigo en los sueños, yo no sé dónde descansan los huesos de mi padre, esa mujer arropa pájaros extranjeros, su sombra incinera partituras. Tú qué crees, hermana niebla, tú qué piensas? Te parece que aquel ángel renunció a sus alas, cubre su cuerpo de cenizas y besa papeles que no entiende?

Trina Quiñones

quimera

 

producto de fusiones engañosas

vástagos venenosos y bellos

se ocultan en un paraíso

 

el escenario se hace

absurdamente falso

los personajes

olvidando el libreto

improvisan  parlamentos

venganzas  inconscientes

 

se deshacen de culpas

como quien vacía

un maletín de viaje

 

 

ahora…

 

ahora

miraré directamente

a los ojos purulentos

de la ciudad

 

y no habrá preguntas

ni respuestas

 

sólo la desnudez

de un lazo roto

que yace sobre el diván

 

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução de Antonio Miranda  

 

dúvidas

para Antonio Miranda

 

Irmã névoa, escuta o abandono de árvores descartadas, essa menina chora porque não encontra o seu amigo nos sonhos, , eu não sei onde os ossos de meu pai descansam, essa mulher agasalha pássaros estrangeiros, sua sombra incinera partituras. Em que crês, irmã névoa, tu que pensas? Acreditas que aquele anjo renunciou às suas asas, cobre seu corpo de cinzas e beija papéis que
não entende?

 

 

quimera

 

produto de fusões enganosas

rebentos venenosos e belos

ocultam-se em um paraíso

o cenário se torna
absurdamente falso
os personagens

olvidando o libreto
improvisam  parlamentos

vinganças  inconscientes

 

se desfazem de culpas
como quem esvazia
um maleta de viagem

 

 

agora…

 

agora

mirarei diretamente

os olhos purulentos

da cidade

 

e não haverá perguntas

ne respostas

 

apenas a nudez

de um laco roto

que jaz sobre o divã

 

 

QUIÑONES, TrinaFugitiva.  Brasília: Thesaurus Editora, 1993.  53 p. (Coleção Itiquira) ilus. Apresentação e tradução e Anderson Braga Horta.  Capa e ilustrações: Sofia Vivo. 14x21 cm. 

 

TEXTO EM PORTUGUÊS e/y TEXTO EN ESPAÑOL
Tradução de Antonio Miranda e Anderson Braga Horta

 

 

 

El futuro ha llegado

y nunca pudimos sospechar

lo que sus alas arrastraban.

 

Muchachos desocupados

patean latas vacías

en la negritud del callejón.

 

La mujer espera ansiosa

la llegada del marido

que no llega y, entonces,

oye a Bebo y Cigala.

 

Acuesta a la hija

para siempre menor

y la convence de que

el mundo es mejor

y que los sueños existen.

 

Y duerme, la menor.

 

 

Caracas, 19-12-06

 

 

 

O futuro já chegou

e jamais pudemos suspeitar

do que suas asas arrastavam.

 

Rapazes desocupados

pateiam latas vazias

na escuridão do beco.

 

A mulher espera ansiosa

a chegada do marido

que não chega e, depois,

ouve a Bebo y Cigala.

 

 

Adormece a filha

para sempre menor

e a convence de que

o mundo é melhor

e que os sonhos existem.

 

E a menor, dorme.

 

Caracas, 19-12-06

 

 


INSÔNIA URBANA, 2002
Por Trina Quiñones (Venezuela) 
Dedicado ao poeta Anderson Braga Horta

1 
A casa acabou ficando completamente seca.

2 
Seguem-me os edifícios e o asfalto. Meço agressividades com motoristas dos últimos modelos. Os portadores de celulares lançamo-nos olhares oblíquos. Sou a derradeira habitante.


A noite nega-se a dormir. Os da rua defecam nas calçadas e dão os últimos retoques em suas instalações de caixas desarmadas de papelão. Garrafas vazias de cerveja de cor marrom.


Sou uma pessoa que sai à rua sozinha, mal vestida, sem dinheiro, olhando pro chão, buscando o outro o meu ou o nosso.

Não freqüento reuniões sociais não recebo nem sou convidada escrevo montes de poemas que os conterrâneos não lêem. Eu venho de outras paragens.


Os habitantes do asfalto desfilam luxuosamente despidos. Seus adornos denunciam desagradáveis fantasmas solitários.


As mulheres deixaram suas tribos e estão jogadas com os filhos pelas calçadas. Infelizes dormindo sugando um seio vazio.

Quem os despejou na imundície da urbe?

7 
Agora o metrô é de todos. O informalismo avança pelas bocas que exalam um bafo marginal sobre os usuários. Os vagões nos refrescam do exasperante murmúrio dos "rumores".

Torsos nus, piercings a granel, decotes indecorosos, casais satisfeitos, crianças barrocas, adolescentes de saltos altos, matronas de bocas e unhas decoradas, estudantes em farra, pequenos escolares independentes, pernas mutiladas ou em chagas, bulas de remédios importados, coletas para cirurgias e enterros, mães transtornadas, vendedores de chocolate e lapiseiras, executivos engomados, jovens arredondadas pelo silicone.

8 
Vejo rostos envelhecidos tarefas claudicantes. Miríades arrastam seus sapatos velhos.

Caretas se precipitam no Seguro Social.


Faz um silêncio exagerado e o caos bate à minha porta. Começo a divagar por ruas e praças. Uma bruma envolve os edifícios e o meu cérebro mesmo. Minha boca conversa desatada e o Mensageiro me presta atenção. Sim. Parece compreender sua missão.

10 
Da cama vejo como subo pelo teto e vejo este rito que instalou-se em mim, como me procuro nos próprios livros e em pensamentos adequados.

Algumas idéias saem de minha cabeça e flutuam pela habitação.

Caracas, 22-9-02

 


INSOMNIO URBANO, 2002
Por TRINA QUIÑONES (Venezuela)
Dedicado al poeta Anderson Braga Horta


La habitación se há quedado completamente seca.

2 
Me acompañan los edificios y el asfalto. Mido agresividades con conductores de últimos modelos. Los portadores de celulares nos lanzamos miradas oblicuas. Soy la última habitante.


La noche no quiere dormirse. Los de la calle defecan en las aceras y le dan la última pincelada a sus instalaciones de desarmadas cajas de cartón. Vacías botellas de cervezas de color marrón.

4 
Soy una persona que se lanza a la calle sola, mal vestida, sin dinero, mirando al piso, buscando lo otro o lo mío o lo nuestro.

No asisto a reuniones sociales ni invito ni soy invitada escribo montañas de poemas que los connacionales no leen. Yo vengo de otras fronteras.


Los habitantes del concreto se deslizan lujosamente desvestidos. Sus atavíos gritan deleznables fantasmas solos.

6 
Las mujeres dejaron sus tribus y con los hijos yacen en las aceras. Infelices adormecidos colgados de un seno vacío.

¿Quién los insertó en la mugre de la urbe?


Ahora el Metro es de todos. El informalismo se trepa por sus bocas que arrojan un vaho marginal sobre los usuarios. Los vagones nos refrescan del agobiante murmullo de los "rumores".

Torsos al aire, piercings a granel, escotes abusivos, parejas complacidas, niños barrocos, pre-púberes de tacones altos, matronas de bocas y uñas decoradas, estudiantes en juerga, pequeños escolares independientes, piernas mutiladas o llagosas, récipets de medicinas importadas, colectas para operaciones o entierros, madres desquiciadas, vendedores de chocolates y bolígrafos, ejecutivos engominados, jóvenes redondeadas de silicón.


Veo rostros envejecidos tareas claudicadas.

Miríades arrastran sus zapatos viejos.

Las muecas se agolpan en el Seguro Social.

9 
Hace demasiado silencio y el caos acecha a mi puerta. Comienzo a divagar por calles y plazas. Una bruma envuelve a los edificios y al cerebro mismo. Mi boca conversa desatada y el Mensajero me presta oídos. Si. Parece comprender su misión.

10 
Desde mi cama veo cómo me trepo por el techo y miro este rictus que en mí se há instalado, como me busco en mis propios libros y en pensamientos adecuados.

Algunas ideas salen de mi cabeza y flotan por la habitación.

Caracas, 22-9-02


 


CÚBREME

 

¡Noche!

Cúbreme de tí

atraviésame

de tu silencio.

Ilumíname

de constelaciones

y galaxias.

 

Hazme Emperatriz

          de  la Oscuridad.

Que de mis cabellos

pendan

tus joyas más preciadas

y que de mis labios

broten estrellas

trocadas en palabras.

COBRE-ME 

Trad. De Anderson Braga Horta

 

Noite!

cobre-me de ti

atravessa-me

com o teu silêncio.

Ilumina-me

de constelações

e galáxias.

 

Faz-me Imperatriz

            da Escuridão.

Que de meus cabelos pendam

tuas jóias mais preciosas

e que de meus lábios

brotem estrelas

mudadas em palavras.

Caracas, 19-06-06

 


De Ejercicios de amor
Moscú, Globus, 1999*  

  

OQUEDAD  

Isla de extravíos

mi fantasma te busca

 
catálogo de vanas mutilaciones

mi sombra bordea la otra orilla

lejos de inútiles contenciones

 
cabriolas, sólo cabriolas

mis pasos a la intemperie

perdidos.


 


ANTESALA  

Cuando hablábamos de la muerte,

cada quien vivía su propio secreto

de voces que nos prestábamos

a nosotros mismos.


 



APENAS SI ERES NOCHE…

 Apenas si eres noche

en el largo registro/ de la luz

 
apenas laberintos/ de ondas imperceptibles

impromtu de procesos racionales

confusas pulsaciones de la psíquis

 
apenas si eres noche/ en el tráfago

de las etiquetas espirituales,

rompecabezas perdidos en la nieve

 
apenas si eres noche/ en tus devaneos

de mariposa alucinada

viajando a lo esencial

 
apenas si eres noche.

 
 *Poemas publicados  en  ALFORJA,  XV, REVISTA DE POESÍA, Invierno 2000-2001

 




AHORA 
 AGORA  
Ahora 
miraré directamente
a los ojos purulentos 
de la ciudad 

y no habrá preguntas  
ni respuestas 

sólo la desnudez 
de un lazo roto    
que yace sobre el diván. 


Agora
fitarei diretamente
os olhos purulentos
da cidade

e não haverá perguntas
nem respostas

só a desnudez
de um laço roto
que jaz sobre o divã.


TRINA QUIÑONES
 
11-06-05
 

 

 

QUIÑONES, Trina.  Fugitiva.  Brasília, DF: Thesaurus Editora, 1993.  53 p.  Edição bilíngue: español e português.  Apresentação e tradução de Anderson Braga Horta. “Orelha” do livro por Anderson Braga Horta. 

“...penso que está na raiz desses poemas os de Mutação como os de Fugitiva o mergulho da poetisa nos próprios abismos, a busca infatigável do autoconhecimento: “o que eu quero / é tomar a Verdade / entre as mãos...”.    ANDERSON BRAGA HORTA



QUERO

Poema de Trina Quiñones
Tradução de Antonio Miranda

O que eu quero
é tomar a Verdade
entre as mãos
sentir seu alento
tocar sua pele.

Imagino-te
lindamente hermafrodita
e, talvez, investida
de ardor siamês.

Eu quero tomar-te
em teu dual horror
porque esta noite
quero te amar, amor.

Quero-te auriga
do corcel de minhas loucuras
e que num beijo de tua boca sábia
possa meu verbo crepitar em lucidezes.
 


QUIERO




Lo que yo quiero
es tomar la Verdad
entre mis manos
tocar su piel.

Te imagino
bellamente hermafrodita
y, quizás, investida
de siamésico ardor.

Yo quiero tomarte
en tu dual horror
porque esta noche
quiero amarte, amor.

Te quiero auriga
del corcel de mis locuras
y que en un beso de tu boca sabia
pueda mi verbo crepitar en lucideces.

 

 

 


MANHATTAN

Poema de Trina Quiñónez
Trad. de Antonio Miranda

Os novos modos
cara a cara
ante o medo
os instintos farejam
nas trevas.

As cabeças estão perdidas:
ou rubro ou pálido
ou vestido de cinza
nos olhos, petrificado
o assombro.

Sapatos novos
deslizam pelas
pontes de Manhattan
mão penduradas
desassistidas de celulares. 

A boca que não se maneja:
viu esta pessoa?
não viu esta pessoa?

Melhor:  olhe-nos bem
os novos modos
chegaram já.


MANHATTAN

 



 

Los nuevos modos

cara a cara

ante el miedo

los instintos husmean

 en tinieblas.

 

Las cabezas están perdidas:

o rojas o pálidas

o vestidas de ceniza

en los ojos petrificado

el asombro.

 

Zapatos nuevos

se deslizan por los

puentes de Manhattan

manos colgando

desasistidas de celulares.

 

La boca que no se maneja:

¿vió a esta persona?

¿no vió a esta persona?

 

Mejor, miremos bien

los nuevos modos

llegaron ya.

(Moscou, 13-09-2001)
Trina Quiñones. Moscú, 13-09-01

 

 

QUIÑONES, Trina.  Mutación (o de como la cautiva escapo del espejo). / Mutation (or how the captive escaped from de mirror).  Traducción Annabella Piche.  Moscú: Globus, 1991.  28+28 p

 

Cautiva

 

A veces el karma persigue al culpable

la vida semeja condena sin pausa

infeliz de ojos vacíos y zapatos rotos

con un jardín triste y sin amigos.

y los ojos lloran y relloran

y no se vacían nunca

porque allí hay un sueño

que juega a la escondida

y sabes que lo puedes atrapar

un día, un día…

 

La ruptura

 

¿Recuerdas aquella mujer

desfasada, ambivalente

que besaba piedras

y se colgaba abalorios?

Estuvo siete años

atrapada en un espejo

con un machete en la mano

cortaba aquella maleza

sin fin

el rostro hierático

la cabellera enloquecida

las manos sucias

y el corazón perdido.

un día se dio cuenta

que no cabían más lágrimas

en el espejo

y

poseída de súbito frenesí

se abrió camino a machetazos

porque no tenía vocación de sombra.

 

 

De Mutación(o de cómo la cautiva escapó del espejo.) 1991.

 

TRADUÇÃO AO PORTUGUÊS

por ANTONIO MIRANDA:

 

------------------------------------------------------------------------------------------------

 

Cativa

 

Às vezes o karma persegue o culpável

parece pena sem pausa
infeliz de olhos vazios e sapatos rotos
com um jardim triste e sem amigos

e os olhos choram e choram
e nunca esvaziam
porque ali existe um sonho
que brinca às escondidas
e sabes que podes capturar
algum dia, um dia...

 

 

A ruptura

 

Lembras daquela mulher
defasada, ambivalente
que beijava pedras
e dependurava miçangas?

Esteve sete anos
agarrada a um espelho
com um facão na mão
cortava aquele capim
sem fim
o rosto hierático
a cabeleira enlouquecida
as mãos sujas
e o coração perdido.

um dia percebeu

que não valiam mais as lágrimas
no espelhos
e
possuída por um súbito frenesi

abriu o caminho a facadas
porque não tinha vocação de sombra.

 

 

 

 

 

 

 

DÚVIDAS

            Para Antonio Miranda.

Irmã névoa, escuta o abandono de árvores descartadas, essa menina chora porque não encontra seu amigo nos sonhos, já não sei onde descansam os ossos de meu pai, essa mulher agasalha pássaros estrangeiros, sua sombra incinera partituras. Você em que acredita, irmã névoa, em que pensas? Acredita que aquele anjo renunciou a suas asas, cobre seu corpo de cinza e beija papéis que não entende?
                                                                     Trina Quiñones

 

 

Antonio Miranda e Trina Quiñones.

 


MEYA PONTE. REVISTA QUADRIMESTRAL DE LITERATURA. No. 16  Editor: Arnaldo Sarty.   Pirenópolis,  Goiás: 2003.   162 p.  16 x 22,5 cm.                                                 Ex. bibl. Antonio Miranda

 

                Insomnio urbano

      
Ese habitante
        se autoadjudica um espacio
        en la notória
        semipenumbra citadina.
       
Apenas he terminado ese proyecto,
        un poco más avanzada la tarde,
        y él se manifiesta
        como un elemento más
        que acompañará la noche.

        Su intrincado despeinado
        y agudos ojillos brillantes
        someten a los transeúntes
        a una avaliación.

        Mis pasos, calmadamente acelerados,
        rehúyen su robusta figura
        que la noche, ahora, se roba.

 

                INSÔNIO URBANO

                          [Tradução ao português por
                                       ANTONIO MIRANDA]


                Esse habitante
                se auto-premia um espaço
                na já notória
                semipenumbra citadina.
                Apenas completei esse trajeto,
                um pouco mais adiantada a tarde,
                e ele se manifesta
                como um elemento mais
                que acompanhará a noite.

                Seu intrincado despenteado
                e agudos olhinhos brilhantes
                submetem os transeuntes
                 a uma avaliação.

                Meus passos, tranquilamente acelerados,
                escondem sua robusta figura
                que a noite, agora, furta.

 

*

 Página ampliada e republicada em janeiro de 2023

 

 

 


Página ampliada e republicada em maio de 2017 Ampliada e republicada em jullho de 2018

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