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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto: https://www.youtube.com/

 

MIREYA KRISPIN

 

 

Nació en Caracas, venezuela, 190. reside en Mérida desde hace más de veinte años. Tiene un Diplomado Internacional en Creatividad y Liderazgo, Postgrado de Propiedad Intelectual (Facultad de Ciencias Jurídicas y Políticas, ULA.

Desde 1978 fue Directora de Cultura del Estado Sucre y Directora de Cultura y Extensión de la Universidad de Oriente. Fue Coordinadora de Cultura de la Universidad de Los Andes, y hasta 2002 Directora de Información y Comunicación de la ZOLCCYT Mérida. Presidenta de la Asociación de Escritores del Estado Mérida (1990-2002) y Tesorera en la actualidad.

 Fundó el grupo poético "Triángulo Esmeralda", junto a M. Isabel Novillo y M. Luisa Lázaro. Como actriz ha participado en diferentes grupos.

Biografía completa en:

http://www.poemaspoetas.com/

 

TEXTOS EN ESPAÑOL   -   TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

 

FESTIVAL MUNDIAL DE POESÍA VENEZUELA 2004.  Caracas, Venezuela: Monte Ávila Editores Latinoamericana C, A.,  2005.  
435 p.   15 x 23 cm. Patrocinado por Ministerio de la Cultura, Presidencia del CONAC, D.G.S. de Literatura.    ISBN  780-03-1211-1   Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

       ÉXTASIS AMOROSO

Algo no me permite ahondar
el foso de tus pupilas
que sé contemplar
en éxtasis amoroso

Amo el borde de tus pestanas
ceñida da mis sienes
quiero tus labios
en rondas de muslos apretados
corrientes se desplazan
en la sombra enmarañada de mi vientre

 

 

 

        ALMENDRA VOLUPTUOSA

Te amé de um solo golpe
como hembra en celo
sin preâmbulos ni cortejos
cambié suspiros por risas

Anegué tus palabras con gestos amorosos

        repiqué como campana con mi carne
interrogando la tuya

Se me rasgo la piel entre tus huellas
un puñal de alas desplegadas
se hendía en mí

Adherida recorrí tus escondidos lares
horizontal de mar y de infinito
bogué em tu corazón
como almendra voluptuosa

Me atavié de labrador
y cavé sepultura en tu costilla
aferrada me hice trigo
heno
uno
Abrí dos tumbas en tu pecho
y me enterre portando dos jazmines
Ahora dentro muy dentro
vislumbre tu sangre y fuego

 

        Me robe tu sol y
me vestí de aurora
Construí una alcoba en tu regazo
como hiedra trepé uno a uno tus rincones

Te encontre deshabitado
engendré una flor en cada huerto
Navegué el río de tus piernas
recogiendo el fruto de la siembra

Nardos jazminines rosas y magnolias
anudé el ramo y perfume tu bosque
Adiviné en tus pies
razones de tu infancia

Raíces
húmedas oquedades
y un niño salvaje
ávido de abrazos

Te inventé como un árbol em mi pradera
bajo mi sombra te acaricié
te cuide como un rebaño de cordeiros
Me alumbre em tu cuerpo
retoño de luz
y te hice cosa mía
memoria en mi memoria
acto de amor
primera comunión
como en aquellos tiempos.

 

 

 

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução de Antonio Miranda

 

 

                ÊXTASE AMOROSO

 

 

             Algo não me deixa aprofundar
o fosso de tuas pupilas
que sei contemplar
em êxtase amoroso

Amo no limite de tuas pestanas
justa em minhas têmporas
quero teus lábios
em rondas de coxas apertadas
correntes se deslocam
na sombra emaranhada de meu ventre



AMÊNDOA VOLUPTUOSA

Eu te amei de um golpe só
como fêmea no cio
sem preâmbulos nem cortejos
troquei suspiros por risos

Afoguei tuas palavras com gestos amorosos
repiquei como sino com minha carne
interrogando a tua

Minha pele rasgou-se entre teus rastros
um punhal de asas desdobradas
fissurava em mim

 

Aderida recorri teus lares escondidos
horizontal de mar e de infinito
voguei em teu coração
como amêndoa voluptuosa

Vesti-me como lavrador
e cavei sepultura em tuas costas
aferrada me tornei trigo
feno
um
Abri duas tumbas em teu peito
e enterrei-me portando dois jasmins
Agora dentro dentro mesmo
vislumbrei teu sangue e fogo

Furtei teu sol e
me vesti de aurora
Construí uma alcova em teu regaço
como hiedra trepei uma a um teus rincões

 

Te encontrei desabitado
engendrei uma flor em cada horto
Naveguei o rio de tuas pernas
recolhendo o fruto da semeadura

Nardos jasmins rosas magnólias
amarrei o ramo e perfumei teu bosque
Adivinhei em teus pés
razões de tua infância

Raízes
úmidas cavidades
e um menino selvagem
ávido por abraços

Te inventei como uma árvore em meu prado
sob minha sombra te acariciei
te cuidei como um rebanho de cordeiros
Iluminei-me em teu corpo
rebento de luz
e te fiz coisa minha
memória em minha memória
ato de amor
primeira comunhão
como naqueles tempos.

 

 




 Página publicada em fevereiro de 2020

 

 

  

 


 

 


 

 

 
 
 
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