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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

 

LUBIO CARDOZO

 

Lubio Cardozo Soto nació en Caracas, Venezuela, en 1938.
Poeta, ensayista y bibliógrafo.
Licenciado en Letras (Universidad Central de Venezuela), 1964). Profesor de la Universidad de Los Andes.

 

OBRA POÉTICA: Extensión habitual (1966); Apocatástasis (1968); Contra el campo del rey (1968); Salto sobre el área no hollada (1971); Fabla (1974); Paisajes (1975); Por la tendida loma (1979); Poemas de caballería (1983); Poemas (1994); Ver (1999); Choroní (2000).

 

 

TEXTOS EN ESPAÑOL   -   TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

 

FESTIVAL MUNDIAL DE POESÍA VENEZUELA 2004.  Caracas, Venezuela: Monte Ávila Editores Latinoamericana C, A.,  2005. 

435 p.   15 x 23 cm. Patrocinado por Ministerio de la Cultura, Presidencia del CONAC, D.G.S. de Literatura.    ISBN  780-03-1211-1   Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

 

        LAS FLORES


Pequenãs estrellas del jardín,
de la sabana, de los alcores,
no riñen sus contrastes a la noche.
Oponen, sin embargo, al inmenso reino solariano
sus músculos destellos de beleza.

 

  

EL PAÍS DE SIEMPRE

Cuando profundamente duermes
y entonces llueve, lueve, llueve
con su sosbrecogedor ruído inconfundible,
regresas al océano, a las aguas elementales
al disuelto origen en la tiniebla de las olas
y la arena.
Extraña pasantía premonitoria
hacia el lugar aquél, el País de Siempre.

 

 

 

MÍSTICA

Más allá de la palabra
sin nombre
naturaliza de tiempo sin tiempo
todo lo menos de um instante eterno
donde no cabe un después
y sin embargo
quedarse quietamente
dormidos sin soñar
siempre
confiados en su luz
como si el sosiego por fin
sin pertenecer.

 

 

 

       ASCENDENCIA       

 

Cuando invoco a mis antepasados

no llamo a outro sino a mí mismo,
fragmentado perto absoluto en distintas circunstancias,
diversa geografia, diferente tiempo,
disuelto en esa infinidade llamada hombre,
a la cual pertenezco en el cruce del azar.

 

 

 

EL LABERINTO

El presente posee forma irremediable de atalaya
frente al sorprendente caracol de los días
cornucopia vaciante de los azares.



Por la cola del labirinto sin embargo descendemos
hacia aquellos recovecos donde una vez
abriose la roja señal de la quimera.
De espejismos y desasosiegos comarca.

 

        Son frágiles sueños los recuerdos
sorprendidos en su letargo
de polvo y silencio
en los ocultos recodos de la cola del labirinto

 

 

 

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução: Antonio Miranda

 

 

AS FLORES

Pequenas estrelas do jardim,
da savana, das colinas,
não discutem seus contrastes à noite.
Opõem, no entanto, o imenso reino solariano
seus minúsculos clarões de beleza.




O PAÍS DE SEMPRE

Quando profundamente dormes
e então chove, chove, chove
com seu avassalador ruído inconfundível,
regressas ao oceano, às águas elementares
à origem dissolvida na escuridão das ondas
e a areia.
Estranho estágio premonitório
até aquele lugar, o País de Sempre.





MÍSTICA

Além da palavra
sem nome
natureza de tempo sem tempo
tudo o menos de uma instante eterno
onde não cabe um depois
e no entanto
ficar quietamente
sempre
confiados em sua luz
como se o sossego afinal
sem pertencer.

 

  

       ASCENDÊNCIA


Quando evoco meus antepassados
não chamo a outro senão a mim mesmo,
fragmentado mas absoluto em diferentes
circunstâncias,
diversa geografia, diferente tempo,
dissolvido nessa infinidade chamada homem,
à qual pertenço na passagem do acaso.

 

 

 

O LABIRINTO

O labirinto possui forma irremediável de Torre de
Vigilância
frente ao surpreendente caracol dos dias
cornucópia variante de todos os aleatórios.

Pela cauda do labirinto entretanto descemos
até àqueles cantos os onde uma vez
abriu-se o rubro sinal da quimera.
Região de espelhismos e desassossegos.

São frágeis sonhos as lembranças
surpreendidas em seu torpor
de pó e silêncio
nos ocultos recantos da cauda do labirinto.

 

 

Página publicada em fevereiro de 2020

 

 


 

 

 
 
 
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