KATHERINE CASTRILLO
Nació em Caracas, em 1985. Estudió Letras em la Universidad Central de Venezuela. Editora de la colección Caminos del Sur, de literatura infantil em la Fundación El Perro y la Rana.
TEXTO EN ESPAÑOL / TEXTO EM PORTUGUÊS
HERMANO
Vana memória que no puede traerte desde lejos,
que no te vuelve carne, risa gentil o canto.
Darío Jaramillo Agudelo
Hoy te arrancan de la tierra
soldado árbol no vencido
hallan que no sientes sol
para que este insecto te bese los labios
para que el aire suceda tus huesos
desraizan tu cuerpo soto
furioso
vas contra las sombras de nosotros
ojo seco
huecos de vida
mi mano
cobarde
cobarde
cobarde
no se acerca nunca
a ti no llega
a tus manos que no están
que son artifícios
ni a tus ojos
que no están que son cuencas
ni a tu pecho
que no está que soy yo
hecha de tus avatares
te sacan al espinazo del suelo
a escuchar batuques
ranas embarradas
nacimientos de viejos tiempos
de nuevos hombres Tú eres uno
te sacan a despertarte en vano
astilla aporreada
hoy te sacan te tumban
y una polilla se ata a tu silencio
el alba de este sur te acaricia el cabello
una cigarra en eclosión te grita
te convoca y te convence de que no estás muerto
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TEXTO EM PORTUGUÊS
Tradução Antonio Miranda
IRMÃO
Memória vã que não pode trazer-te de longe
que não te converte em carne, riso gentil ou canto
Darío Jamamillo Agudelo
Hoje te arrancam da terra
soldado árvore não vencida
acham que não sentes sol
para que este inseto te beije os lábios
para que o ar suceda teus ossos
desenraizam teu corpo souto
furioso
vais contra as nossas sombras
olho seco
ocos de vida
minha mão
covarde
covarde
covarde
jamais se aproxima
a ti não chega
a tuas mãos que não estão
que são artifícios
nem a teus olhos
que não estão que são vales
nem a teu peito
que não está que sou eu
feita de teus avatares
lançam-te ao espinhaço do chão
a escutar os batuques
rãs embarradas
nascimento de velhos tempos
de novos homens Tu és uno
levam-te a despertar em vão
lasca arrastada
te levam te derrubam
e uma traça se agrega ao teu silêncio
a alba deste sul acaricia teu cabelo
uma cigarra em eclosão te anima
te convoca e te convence de que não estás morto
Página publicada em abril de 2011
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