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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
GEORGINA RAMIREZ

 

Georgina Ramírez, Nació en Caracas Venezuela en el año 1972. Actualmente reside en Santiago de Chile

Licenciada en Trabajo Social especialista en Dinámica de grupo

Creadora y directora de la A.C. LA PARADA POÉTICA

Sus poemas han sido publicados en las antologías poéticas: El Ojo Errante (Venezuela); La Mujer Rota (México); La voz de la ciudad (Venezuela); Miradas y palabras sobre Caracas, para bien o para mal (Venezuela); Arte Poética (Argentina); 102 Poetas Jamming (Venezuela)

 

Autora de:

Piel de Durazno (plaquete de poesía) Taller Editorial El pez soluble

Lo que calla la noche, Ediciones del movimiento

Daño oculto, Oscar Todtmann editores

 

Administradora de los blogs: poesía-en-georgia.blogspot.com y laparadapoetica.blogspot.com

Twiter: @georgiatwitea y @laparadapoetica

Instagram: @georgi

 

 

 

TEXTOS EN ESPAÑOL  -  TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

 

Del libro Daño oculto, publicado en el 2015 por OT editores, Caracas Venezuela:

 

 

MANTIS

 

Se abre la pierna para fracturar el mundo

Y la boca

que en vano intenta desviarse

se enreda

Un caudal en ráfaga

hace estragos

los olores arañan

la lengua devora todo resto

cae rendida ante el follaje

perece

Hay presas que merecen ser mordidas

 

 

 

EL ÚLTIMO ALFABETO

 

 

Te aprendí

en todos los idiomas

hasta el peso exacto de tu cuerpo

tu mirada

tus caminos

Estabas

entre mis manos

y no pude percibirte

sostuve mi puño

para no perderte

sólo la nada

me pertenece

 

 

 

 

INTEMPERIE

 

 

Él le regala su último adiós

La despide con la mirada envejecida

como quien ha visto tanto amanecer a su lado

que conoce todas las noches de su cuerpo

Ella le sujeta el alma

la anuda con palabras que ya no dicen

que son sólo errancia

Promete otra noche

una última noche estragada que no sepa de mañanas

que estalle en el temblor de las carnes

Hay recuerdos que no saben despedirse

 

 

 

 

ORÁCULO

 

 

Tengo tanta infancia blindada

me veo caer

y me aferro

¿Dónde los rostros que te reflejan

extraviados en lágrimas

que entran por mi ventana

y se revelan

en las letras

de un poema inconcluso?

En cada esquina de esta casa

está tu sombra

salpicada de noche

amaneciendo

Padre

no apagues la luz.

 

 

 

 

EN EL SEMÁFORO

 

 

Ellos te miran

esconden sus miedos

lavados al sol

la armadura de cristal

separa su hambre

de tu duda

Inevitable la luz verde

 

 

 

 

CREDO

 

 

No basta una plegaria

divagar en la tiniebla te ha extraviado

he nadado en la locura

y en tu nombre

madre

hoy me confieso

De pronto tus alas desconocieron el vuelo

y estalla en la ventana el mañana

la luz se hace miedo

te pierdo

No supe de esta oscuridad que eras

y deshago los peldaños que me llevan a tu infierno

ya no hay camino en ti

Se diluyen los días que te nombran

Nunca has sabido levar anclas

quizá por eso el naufragio

la deriva en los ojos

 

 

 

PEREGRINACIÓN

 

 

Yo nunca pedí esta guerra

ni siquiera pedí la oración

que me cuelga del pecho

Yo no quería estar muerta

para pelearla desde mi tumba

 

 

 

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS

Tradução de ANTONIO MIRANDA


 

O LOUVA-A-DEUS

 

Abre-se a perna para fraturar o mundo
E a boca

que em vão tenta desviar-se
se complica
Um caudal em rajada
faz estragos
os odores arranham
a língua devora todo o restante
cai rendida diante da folhagem
perece
Algumas presas merecem ser mordidas

 


O ÚLTIMO ALFABETO

 

Eu te aprendi
em todos os idiomas
até o peso exatao de teu corpo
teu olhar
teus caminhos
Estavas
em minhas mãos
E não consegui perceber
sustentei meu punho
para não perder-te
apenas o nada
me pertence

 

 

 

INTEMPÉRIE

 

Ele oferece-lhe o último adeus
Despede-se dela com o olhara envelhecido
com quem viu tanto amanhecer ao seu lado
que conhece todas as noites de seu corpo
Ela sujeita-lhe a alma
amarra-a com palavras que já não dizem
que são apenas errância
Promete outra noite
uma última noite estragada que não saiba de manhãs
que estale no tremor das carnes
Há lembranças que não sabem despedir-se.

 

 

 

ORÁCULO

 

Tenho tanta infância blindada
me vejo cair
e me aferro
Onde os rostos que te refletem
extraviados em lágrimas
que entram pela minha janela
e revelam-se
nas letras
de um poema inconcluso
?

Em cada esquina desta casa
está a tua sombra
salpicada pela noite
amanhecendo
Pai
não apague a luz.

 

 

 

NO SEMÁFORO

 

Eles te olham
ocultam os seus medos
lavados ao sol
a armadura de cristal
separa sua fome
de tua dúvida
Inevitável a luz verde

 

 

 

CREDO

 

 

Não basta uma oração
divagar na treva extraviou-te
nadei na loucura
e em teu nome
mãe
hoje confesso
De repente tuas asas desconheceram o voo
e estala na ventana a manhã
a luz se torna medo
te perco
Não soube desta escuridão que eras
e desafogo os passos que me levam ao teu inferno
não existe mais caminho em ti
Dissipam-se os dias que te nomeiam
Nunca soubeste levar âncoras
talvez por isso o naufrágio
à deriva nos olhos

 

 

 

PEREGRINACIÓN

 


Eu nunca pedi esta guerra
tampouco pedi a oração
que dependuro do peito
Não quisera estar morta
para combate-la desde o meu túmulo

 

 

 

 

 

Página publicada em dezembro de 2019

 


 

 

 
 
 
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