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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto: Victor Hugo Arévalo

 

FRANCISCO ARÉVALO

 

Nació em San Felix, Estado Bolívar, 1939.
Residenciado en Puerto Ordaz.

 

“Escritor, poeta, articulista y promotor cultural, Arévalo siempre ha estado gestando su obra tomando como centro de sus obsesiones, tanto la gran ciudad (Puerto Ordaz/San Félix) como la pasión por los versos agrios, duros, certeros, pero a la vez cargados de una cierta amorosidad y melancolía que desnudan el alma de una realidad que asfixia, mientras el paisaje telúrico no termina de asimilarse entre la simbología de una escritura que lacera, quema la piel y no tiene contemplaciones con nada ni nadie.”

JUAN GUERRERO em https://letralia.com/entrevistas

 

 

TEXTOS EN ESPAÑOL   -   TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

 

FESTIVAL MUNDIAL DE POESÍA VENEZUELA 2004.  Caracas, Venezuela: Monte Ávila Editores Latinoamericana C, A.,  2005. 

435 p.   15 x 23 cm. Patrocinado por Ministerio de la Cultura, Presidencia del CONAC, D.G.S. de Literatura.    ISBN  780-03-1211-1   Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

 

        X

 

En los rincones de la canela
Donde los gusanos son pulcros
Y el distingo del yugo es notable
Escondí mi desaliño
Mis hendiduras
Y saqué a reluciar mis mejores artimanhas
Hablaban de viandas tapices y saghumerios
Buscaban entrar en el ángulo perfecto
Que salpicaría las páginas sociales
Donaban un cabello de sus extensas geografias
Sin escuchar las primeras notas de la alborada
Con oración y llamada a ti incluído.
Tanta generosidade no me confundió.

 

 

XI

Yo vengo del pecado reincidente
Vivo en rebeldia en estos días de prohibiciones
Porque me niego a seguir una línea trazada
Blancos pájaros han dejado plumas en mi caminho
Integro una diáspora compleja
Brumosa
Que perdió su castidade en los flatos del progresso
Intento comprender tu obra
Nos hiciste iguales y diversos como los essênios
Suelo recorrer sin complejos
Las cajas de grueso papel
Donde moran mis Hermanos presos de oscuridad
Un cântaro de incógnitas
Se quebra ante mi cara de impotência
Definitivamente quisiera ser
Como la aplastante mayoríaa
Que hacen de su vida un frívolo eufemismo
Una torpe excusa
Quisiera se predecible
Como las calles lustrosas
Que llevan irremediablemente a alguna parte
En estos parajes de hormigas.



OBREROS

No es assunto de la Quinta Sinfonía de Beethoven
Sino de los que vierten la hiel
en la boca de los hornos.

No es asunto del Bolero de Ravel
Sino de los que dejan escapar esperanzas
que muele lo viril.

  

 

CINEMASCOPAS

a Elis Regina


        Enpujan las premium
en las curva de los desaparecidos
carcajadas
Hoguera para el mal sueño
Donde carícias teatrales evaden la red
Todos cuelgan su saco de tristezas
en el vestíbulo del pecado
Todos maquilan su pastosa alegría
que se funde con palmadas
Golpes de barra
Trizas de histeria
Película en negro y blanco
que a vuelta de luna se convierte en tragedia
Todos protagonistas de un normal sábado
Donde no se volteó la mirada
al combate que gladiadores golondrinas
protagonizaron con la lluvia
Hendija misteriosa
Cueva de aburridos
Sepulcro de pájaros sin plumaje.

 

 

  

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução: ANTONIO MIRANDA

 

 

 

        X

Nos recantos da canela
Onde os vermes são pulcros
E o distingo do jugo é notável
Escondi meu desalinho
Minhas rachaduras
E trouxe a reluzir minhas melhores artimanhas
Falavam de viandas tapetes e incensos
Tentavam entrar no ângulo perfeito
Que salpicaria as página sociais
Doavam um cabelo de suas extensas geografias
À maioria que joga com naipes marcados
Sem escutar as primeiras notas da alvorada
Com oração e chamada a ti incluído.
Tanta generosidade não me confundiu.

 

 

 

        XI

Eu venho do pecado reincidente
Vivo na rebeldia nestes dias de proibições
Porque me nego a seguir uma linha traçada
Brancos pássaros deixaram plumas em meu caminho
Integro uma diáspora complexa
Brumosa
Que perdeu sua castidade nas flatulências do progresso
Tento entender tua obra
Nos fizeste iguais se diferentes como os essênios
Costumo recorrer sem complexos

        As caixas de papel grosso
Onde moram meus irmãos presos de escuridão
Um cântaro de incógnitas
Se rompe na minha cara de impotência
Definitivamente quisera ser
Como a aplastante maioria
Que faz de sua vida um frívolo eufemismo
Uma torpe escusa
Quisera se previsível
Como as ruas lustrosas
Que levam irremediavelmente a algum lugar
Nestas paragens de concreto armado.

 

 

 

OPERÁRIOS

Não é assunto da Quinta Sinfonia de Beethoven
Senão dos que vertem o mel
na boca dos fornos.

Não é assunto do Bolero de Ravel
Senão dos que deixam escapar esperanças
nas margens de um crisol
que moi o viril.

 

 

 

 

CINEMASCOPAS

 

         a Elis Regina

 

Enpurram ls premium

nas curvas dos desaparecidos

gargalhadas

Fogueira para o mal sonho

Onde carícias teatrais evadem a rede

Todos dependuram o saco de tristezas

no vestíbulo do pecado

Todos maquiam sua pastosa alegria

que se funde com palmadas

Golpes de barra

Traços de histeria

Película em preto e branco

que a volta de lua se transforma em tragédia

Todos protagonistas de um sábado normal

Onde  não se dorbou a mirada

ao combate que gladiadores andorinhas

protagonizaram com a chuva

Fenda misteriosa

Cova de enfadados

Sepulcro de pássaros sem plumagem.

 


 

 

 

 

 Página publicada em fevereiro de 2020



 

 

 
 
 
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