FEDERICO MOLEIRO
Federico Moleiro (nascido em 18 de fevereiro de 1939 em Caracas ) é um poeta venezuelano.
O filho do compositor Moisés Moleiro estudou medicina e fez um estágio no Jackson Memorial Hospital, em Miami. Frequentou os cursos de eletrofisiologia e eletrocardiografia no Instituto Félix Pifano de Medicina Tropical da Universidade Central da Venezuela e é professor e pesquisador no campo da cardiografia de vetores na seção de cardiologia do instituto.
Desde o início dos anos 1960, ele publica poemas a. a. na revista El Nacional . Vários volumes de poesia apareceram desde 1970.
Obras publicadas: Ordem do Silêncio , 1970; Domicilio del tiempo , 1975
Tres veces el mismo espejo , 1978; Yo vi sangrar el águila , 1980
Oscuro caiu , 1983; Festa de final. Antología poética , 1988
TEXTOS EN ESPAÑOL - TEXTOS EM PORTUGUÊS
FESTIVAL MUNDIAL DE POESIA 4to. - ÁFRICA / AMÉRICA / ASIA / EUROPA / OCEANIA. Antologia 2007. Caracas: Casa Nacional de las Letras Andrés Bello, 2008. 355 p. 13 x 21 cm. “Los poetas en el corazón de Venezuela. Homenaje a: ANA ENRIQUETA TERÁN.
ISBN 978-8021-2163 Ex. bibl. Antonio Miranda
P I E L
Ya no tenía lenguaje
y la piel arropada
o ardía
los huesos
Los trofeos se fugaban
y el cuerpo huyó
sin pena
por sus interiores ventanales
Los cantos de amanecer
y los galos
duemen
candela
un entierro imaginado
de flores de papel
Giros convidan al regresso
y los tiempos de amor
inútiles
se enardecen
Se cumplen los oficios
severos
y en tardes próximas
hay frémito de fantasmas
sin miedo
Devienen los hombres
Duermen los verbos
y una tristeza amarilla
despierta la lluvia
en traje de novia nocturna
para que el tambor mayor
sonámbulo
sentencie
el sueño de todos los sueños.
LA TARDE Y LOS SUEÑOS
Deja que la tarde se entregue en su propia beleza
siémbrala en la planta de algún árbol
Déjala que viva y que dance
en su propia lluvia
Que siga pensativa y sugerente
danzando en los cabelos de la mujer
que alguna vez
amaste
Acaricia su aire
como si fuera tu hijo
besa sus flores
— aroma de tarde impenitente —
cuando llegue a tu regazo
Anda por sus caminos
que se llevarán no se sabe a cual cielo
besa sus frutos
verdes y amarillos
que prometen amores
y sueños
Sueña con la tarde
que te hizo niño
sueña con la tarde niña para siempre
enrédala en tus pensamientos alegres
Fatigado
descansa en la estación de alguno de sus árboles viejos
y deja que la tarde baile sobre tu cuerpo
Sueña la libertad y tus amores
y todos los amores
y la entrega solidaria de la novia
y sueña
para siempre
vivo o muerto
en algun sol que alumbra la tarde
y la tarde de todos los hombres
de todos los mundos
y de todos los cielos.
TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução: ANTONIO MIRANDA
P E L E
Já não tingaa linguagem
e a pele arroupada
ou ardia
os ossos
Os troféus fugiam
e eo corpo foi-se
sem pena
pelas janelas das sacadas
Os cantos de amanhecer
e os galos
dormem
como castiçais
um enterro imaginado
de flores de papel
Curvas convidam ao regresso
e os tiempos de amor
inúteis
inflamam
Cumprimos os ofícios
severos
nas tardes próximas
há frêmito de fantasmas
sem medo
Devir dos homens
Dormem os verbos
e uma tristeza amarela
desperta a chuva
em traje de noiva noturna
para que o tambor maior
sonâmbulo
sentencie
o sonho de todos os sonhos.
A TARDE E OS SONHOS
Deixa que a tarde se entregue em sua própria beleza
semeia na planta de alguma árvore
Deixa que ela viva e que dance
em sua própria chuva
Que siga pensativa e sugestiva
dançando nos cabelos da mulher
que alguma vez
amaste
Acaricie seu ar
como si fosse teu filho
beija suas flores
— aroma de tarde impenitente —
quando chegue ao teu regaço
Anda por seus caminhos
que levarão não se sabe a que céu
beija seus frutos
verdes e amarelos
que prometem amores
e sonhos
Sonha com a tarde
que te fez menino
sonha com a tarde menina para sempre
envolvendo-a em teus pensamentos alegres
Fatigado
descansa na estação de algum de suas árvores antigas
e deixa que a tarde dance pelo teu corpo
Sonha a liberdade e os teus amores
e todos os amores
e a entrega solidária da noiva
e sonha
para sempre
vivo ou morto
em algum sol que alumia a tarde
e a tarde de todos os homens
de todos los mundos
e de todos os céus.
Página publicada em março de 2020
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