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CÉSAR SECO
Nasceu em Coro, estado Falcón, Venezuela, em 1959. Poeta e promotor cultural. Publica trabalhos na imprensa venezuelana e estrangeira. Dirigiu o Fundo Editorial do Estado Falcón. Presidiu a Fundação Casa de Cultura da Poesia de Coro e o Fundo Editorial de Falcón.
Obra poética: El laurel y la piedra (1991), Árbol sorprendido (1995), Lámpara y silencio (1998) e Oscuro ilumina (1999).
TEXTOS EN ESPAÑOL - TEXTOS EM PORTUGUÊS
FESTIVAL MUNDIAL DE POESÍA VENEZUELA 2004. Caracas, Venezuela: Monte Ávila Editores Latinoamericana C, A., 2005. 435 p. 15 x 23 cm. Patrocinado por Ministerio de la Cultura, Presidencia del CONAC, D.G.S. de Literatura. ISBN 780-03-1211-1 Ex. bibl. Antonio Miranda
EL VIAJE
El cielo de la noche. El último de los cielos. El claustro es uma fiesta.
Cuál de tantas luces es la que al pan del amanecer hornea.
Voy con mis ojos hacia la costa.
Tanto sudor borrado por la espuma y la arena plácida donde un
cangrejo
abarca el infinito.
Levedad invisible de las rocas.
Amo este país. Amo su silencio perdonable.
A esta hora la autopista tan sólo um rumor ronco de camiones y
gandolas.
Viaja la comida. Viajan las tantas cosas de mañana.
Calientito va el periódico con las noticias que unos alienta
y a otros hace apostar el corazón.
Señor, Tú conoces el candor de mi vigilia.
Sabes que sólo espero Tu luz perplejo.
Trabajo para que la angustia no me derribe.
EL ÁRBOL CRECE EM MEDIO DE LA NOCHE
Por dentro la savia del insomnio.
Al tallo el viento trae remolinos.
Jauría babeante de distinga garra,
puños, descamisados portando filosas hachs.
Sus ramas rasgan el cielo.
Su cortez el escenario.
Sons sus hojas las que caen, sus muchos rostros.
¿Quién puede con la luz de su ceniza?
Aquí su pânica advertencia.
Un corazón de luz está subiendo.
Platos rotos. Chirpas en ele pan diurno.
El árbol de la locura crece en médio de la noche.
TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução por Antonio Miranda
A VIAGEM
O céu da noite. O último dos céus. O claustro em festa.
Qual de tantas luzes é o que assa o pão do amanhecer .
Vou com meus olhos até a costa.
Tanto suor apagado pela espuma e a areia plácida onde um
caranguejo
abarca o infinito.
Leveza invisível das rochas.
Amo este país. Amo seu silêncio perdoável.
A esta hora a autopista apenas um rumor rouco de caminhões
e uniformes.
A comida viaja. Viajam as tantas coisas de manhã.
Quentinho vai o jornal com as notícias que a uns alenta
e a outros faz apostar o coração.
Senhor, Tu conheces o candor de minha vigília.
Sabes que apenas espero Tua luz perplexo.
Trabalho para que a angústia não me derrube.
A ÁRVORE CRESCE NO MEIO DA NOITE
Lá dentro a seiva do insônio.
Ao caule o vento traz remoinhos.
Maço babeante de diferente garra,
punhos, descamisados ostentando afilados machados.
Seus ramos rasgam o céu.
Sua casca é cenário.
São suas folhas as que caem, seus muitos rostos.
Quem pode com a luz de sua cinza?
Aqui a sua pânica advertência.
Um coração de luz está subindo.
Pratos rotos. Vermes no pão diurno.
A árvore da loucura cresce no meio da noite.
Página publicada em fevereiro de 2020
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