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Sobre Antonio Miranda
 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


BETSSIMAR SEPÚLVEDA


Nació en Maracay, Edo. Aragua, Venezuela en 1974. Desde siempre ha vivido en el Estado Táchira. T.S.U. en Publicidad y Mercadeo.

Obra suya aparece publicada por primera vez en la Revista Literaria Sujeto Almado (Nro 9, sepriembre 2002). En septiembre de 2003 publica su
primer libro de poemas titulado "Ruta al vientre azul (Edición
Príncipe Serie EI Diván de las Poetisas)


 

TEXTOS EN ESPAÑOL  /  TEXTOS EM PORTUGUÊS 

 

 

Comprendió el olor de los colores

trazó en la tierra el aroma de la lluvia

sintió en sus pasos la danza de

la espiga

                   y en el ascenso del ave descubrió

                   su nombre.

 

 

                            *   *   *

 

No soy cala blanca de montanas vírgenes.

A cambio te ofrezco la savia de mi cuerpo.

 

No soy agua limpia de ríos sagrados.

A cambio te ofrezco el caudal silencioso

de mi espíritu soñador.

 

No soy como el viento del norte, claro y armonioso.

A cambio te ofrezco un alma emplumada

dispuesta a volar.

 

No poseo la pureza del fuego.

A cambio te ofrezco el calor eterno de mi regazo.

 

No soy guarida de selva

pero te ofrezco el refugio cálido y secreto de mi vientre.

 

No puedo ofrecerte la perfección de la madre tierra

pero a cambio te ofrezco lo que de ella heredé: su fuego,

su calor, su savia, su libertad y su amor.

 

 

                                   *   *   *

 

Quiero celebrarte cuando

el ocaso pinte pliegos

en mi rostro.

 

Quiero amarte cuando

el temblor de mis manos sustituya

el de mis labios quebrados.

 

Quiero contemplarte cuando

la emoción repose en un patio

de alfombra otoñal.

 

Quiero arrullarte cuando

de mis pechos sólo quede

un pálpito cansado.

 

Quiero que tomes mis manos

cuando las palomas levanten su vuelo,

y la soledad nos abrigue

en su íntimo sueno.  

 

 

Extraídos de LOS DRAGONES DE PAPEL: Antología de la nueva poesía tachirenseSan Cristóbal, Táchira, Venezuela: Nadie nos Edita editores, 2004.  139 p 

 

 

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS

Tradução de Antonio Miranda

 

 

Não sou cal branco de montanhas virgens.

No entanto te ofereço a seiva de meu corpo.

 

Não sou água limpa de rios sagrados.

No entanto te ofereço o caudal silencioso

de meu espírito sonhador.

 

Não sou como o vento do norte; claro e generoso.

No entanto te ofereço te ofereço uma alma emplumada

disposta a voar.

 

Não possuo a pureza do fogo.

No entanto te ofereço o calor eterno de meu regaço.

 

Não sou guarida de selva

mas te ofereço o refúgio cálido e secreto de meu ventre.

 

Não te posso oferecer a perfeição da mãe terra

mas no entanto te ofereço o que dela herdei: seu fogo,

seu calor, sua seiva, sua liberdade e seu amor.

 

 

*  *  *

 

Entendeu o odor das cores

traçou na terra o aroma da chuva

sentiu em seus passos a dança da

espiga

         e o ascenso da ave descobriu

         seu nome.

 

                            *   *   *

 

Quero celebrar-te quando

o ocaso pinte rugas

no meu rosto.

 

Quero amar-te quando

o tremor de minhas mãos substitua

o de meus lábios quebrados

 

Quero contemplar-te quando

a emoção repouse em meu pátio

de tapete outonal.

 

Quero arrulhar-te quando

de meus seios só reste

em palpitar cansado.

 

Quero que me tomes pelas mãos

quando as pombas levantem o vôo,

e a soledade nos abrigue

em seu íntimo sonho.

 

 

 



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