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RAÚL LARROSA

 

Raúl Ernesto Larrosa Ballesta é contista e poeta bilíngüe espanhol e português.

. Nasceu no Uruguai e vive em Brasília.  

Blog do artista:  http://blogs.montevideo.com.uy/gara

 

 

 

TEXTO EN ESPAÑOL  / TEXTO EM PORTUGUÊS

 

 

POSTALES LATINOAMERICANOS

 

La impotencia de mi pueblo sufrido

confinado en guetos explosivos,

pide permiso y pregunta

donde anda mi pedazo de fortuna?

 

Nuestra gente amordazada calla

desde el Patagón al Azteca

la sangre hierve el verso habla

y su memoria perpetúa.

 

Su historia se parece

de norte a sur, de cabo a rabo,

y en todo lugar aborrece

Aal importante vecindario.

 

Los barrios de Venezuela

en Lima forman Barriadas

y la pobreza angustiada

de los Jacales mexicanos

son reflejados postales

de Cantegriles montevideanos,

y en Chile las Callampas

casi hermanas gemelas

de las brasileras Favelas.

 

Los pobres en la periferia

ese es su verdadero lugar,

que no lleguen muy cerca,

que no vengan a incomodar,

historias que se repiten

donde hambrientos compiten

por las sobras y desperdicios

chicos, grandes, noche y día,

siempre el mismo suplicio.

 

Transformo en memoria

la falta de gloria,

de los que sin voz

los olvido la historia.

 

 

 

TEXTO EM PORTUGUÊS

 

POSTAIS LATINO-AMERICANOS

 

A impotência do meu povo sofrido

confinado em guetos explosivos,

pede licença e pergunta:

cadê meu grão de fortuna?

 

Nossa raça amordaçada cala

do patagão ao asteca

o sangue ferve o verso fala

e sua memória perpetua.

 

Sua história se parece

do norte ao sul, de cabo a rabo,

e em todo canto aborrece

tão importante vizinhança.

 

Os bairros da Venezuela

em Lima formam barriadas

e a pobreza angustiada

dos jacales mexicanos

são refletidos postais

dos cantegriles montevideanos,

em Chile as callampas

são consangüíneas

das favelas brasileiras

 

Os pobres na periferia

esse é o lugar certo

não chegue muito perto,

não venham a incomodar,

histórias que se repetem

onde famintos competem

pelas sobras e desperdícios

todos diuturnamente,

sempre o mesmo suplício.

 

Transformo em memória

a triste inglória

dos que não têm voz,

nem lugar na história.

 




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