MARTIN SÁNCHEZ VERA
Premios: Uruguay, 2004 – Primer premio em poesía y cuentos (concurso literario Letras del Verano – Artigas); 2005 – Segundo premio categoría poesía (concurso literario aBrace Zonal 7 – Montevideo).
TEXTOS EN ESPAÑOL - TEXTOS EM PORTUGUÊS
RAPSODIAS. Selección de poesia contemporânea. Montevideo: aBrace editores, 2010. 96 p. ISBN 978-9974-8224-4-6 Ex. bibl. Antonio Miranda
Noche insomnes
incoerentes,
ahogadas
en el marasmo gris
de prejuicios estructurados.
Enquistados
en cada una
de las máscaras que usamos,
en este día a día
alienado,
fragmentado,
regulamentado.
Caricatura
de una libertad
que murió,
aterrada a las palabras
sin rostro,
de un Dios
que habla por la CNN
y festeja
con la sonrisa estúpida
de sus ángeles,
pulsando la bolsa de New York.
Volví sobre mis passos,
por esa fissura
que el tiempo olvidó cerrar.s
Rescatando
de la memoria,
pedazos de una película
que se filmó sin guión.
Secuencia
desordenada y confusa,
que intenta hacerme crer
que el actor soy yo.
Engañosos espejos
que insisten em mostrar
siluetas en la bruma,
muecas sin rostro,
olvidos.
Y nada.
Regresé
por aquello de que
siempre se vuelve
a los viejos lugares.
Encrucijada
de esquinas húmedas
y veredas sucias.
El frío de la noche
dibujaba silhuetas
en las ventanas.
Mientras,
sentí tu mirada
clavada en mis ojos turbios.
No me hablaste
ni yo te hablé.
Cuando estiré mi mano
para tocarte,
sólo eres
una extraña sombra
en la mesa de aquel bar.
TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução de ANTONIO MIRANDA
Noites insones
incoerentes,
afogadas.
Incrustadas
em cada uma
das máscaras que usamos,
neste dia após dia
alienado,
fragmentado,
regulamentado.
Caricatura
de uma liberdade
que morreu,
aferrada às palavras
sem rosto,
de um Deus pela CNN
e festeja
com o sorriso estúpido
de seus anjos,
pulsando a campainha
da bolsa de Nova Iorque.
Regressei pelos meus passos,
por essa fissura
que o tempo esqueceu de fechar.
Resgatando
da memória,
pedaços de uma película
filmada sem roteiro.
Sequência
desordenada e confusa,
que tenta fazer-me crer
que o ator sou eu.
Espelhos ilusórios
que insistem em mostrar
silhuetas sem bruma,
caretas sem rosto,
esquecimentos.
Mais nada.
Regressei
por aquilo de que
sempre voltamos
aos velhos lugares.
Encruzilhada
de esquinas úmidas
e calçadas sujas.
O frio da noite
desenhava silhuetas
nas janelas.
Entretanto,
senti o teu olhar
cravado nos meus olhos turvos.
Não me falaste
nem eu te falei.
Quando estirei minha mão
para tocar-te,
eras apenas
uma estranha sombra
na mesa daquele bar.
Apenas recordações
guardam
nossa história.
Mosaicos de vida.
Colagem de rotinas
penduradas
pelas paredes
referenciais.
Imagens
apagadas
que tentam
traçar
nossos retratos.
Página publicadas em abril de 2018
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