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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ALFREDO MARIO FERREIRO

 

(Montevidéu, 1º de março de 1899 - 24 de junho de 1959),

Alfredo Mario ferreiro publicou suas primeiras obras literárias entre 1917 e 1920 em jornais como El Siglo ou La Razón, até que que em 1926 lhe ocorre a oportunidade de participar da revista literária La Cruz del Sur, na quual permanecerá até 1929. Já em 1927, publicou seu primeiro volume de poesias, intitulado El hombre que se comió un autobús - Poemas con olor a nafta), (O homem que comeu um ônibus - Poemas com cheiro de nafta), o qual foi seguido por Se ruega no dar la mano - Poemas profilácticos a base de imágenes esmeriladas (Pede-se para não dar a mão - Poemas profiláticos a base de imagens esmerilhadas), em 1930. Nestas obras se revela uma poesía vinculada ao movimento futurista, na qual se incorporam o mundo citadino e os avanços tecnológicos do momento. Abandonando em pouco tempo a criação poética (seus últimos dois poemas publicados apareceram em 1939), começa a colaborar em diversas publicações com artigos humorísticos e outras crônicas, tarefa que não abandonaria até seus últimos dias.  Fonte: wikipedia

 

POEMA DEL RASCACIELOS DE SALVO

El rascacielos es una jirafa de cemento armado
con la piel manchada de ventanas.

Una jirafa un poco aburrida
porque no han brotado palmeras de 100 metros.

Una jirafa empantanada en Andes y 18,
incapaz de cruzar la calle,
por miedo de que los autos
se le metan entre las patas y le hagan caer.

¡Qué idea de reposo daría un rascacielos
acostado en el suelo!

Con casi todas las ventanas
mirando cara al cielo.

Y desangrándose por las tuberías
del agua caliente
y de la refrigeración.

El rascacielos de Salvo
es la jirafa de cemento
que completa el zoológico edifício
de Montevideo.

 

POEMA DO ARRANHA-CÉU DE SALVO

O arranha-céu é uma girafa de cimento armado
com a pele manchada de janelas.

Uma girafa estacionada em Andes y 18,
incapaz de atravessar a rua,
com medo de que os automóveis
se metam entre as patas e a derrubem

Que ideia de repouso daria um arranha-céu
deitado no chão!

Com quase todas as janelas
olhando para o céu.
E sangrando pelas tubulações
da água quente
e da refrigeração.
O arranha-céu de Salvo
é a girafa de cimento
que completa o zoológico edifício
de Montevidéu.

 

AVIADOR

 

Prototipo del hombre.

 

En la aurora de la Muerte

He visto tus caídas

Hacia el otro lado.

 

De un golpe de timón

Ahuyentaste los perros callados

Del Más Allá.

 

Prototipo del hombre.

 

Olor a civilización

Encontré dentro de las válvulas

De tu motor.

 

Moledor de sol

Con el molino vertiginoso

De la hélice,

Para hacer pan de luz.

 

Abanicador del cíelo.

Horador del aire.

Asombro de los pájaros.

 

Envidia de los árboles
Que tienden, por las dudas,
Sus ramas.

Moledor de sol,
Punching-ball de los vientos,
Azotador de nubes,
Alisador de miedos.

Tu cabeza, aviador,
Es el punto necessário
Para la i latina de tu avión.


 

 

AVIADOR

Protótipo de homem.

Na aurora da Morte
Eu vi tuas quedas
Para o outro lado.

De um golpe de timão
Afugentaste os cães calados

Do Mais Além.

 

Protótipo de homem.

Odor de civilização
Encontrei nas válvulas
de teu motor.

Moedor de sol
Com moinho vertiginoso
Da hélice,
Para fazer pão de luz.

Ventilador do céu.
Perfurador do ar.
Assombro dos pássaros.

Inveja das árvores
Que estedem, por via das dúvidas,
Seus ramos.

 

Moedor do sol,
Punching-ball dos ventos,
Acoitador de nuvens,
Alisador de nuvens.

Tua cabeça, aviador,
É o ponto necessário
Para o i latino de teu avião.

 

 

 

POEMA AVIóNICO DEL TÉRMINO DE RAID

 

Aterrizo con demasiada fuerza.

Hay premura en los hangares.

Olor a nafta de caricia quemada.

Y, en seguida, silenciador de besos.

 

¡Ah, la dinámica áspera

de quererte en mecánica!

 

Maquinita rubia,

con tantos kilómetros de acción

dentro del territorio de la ternura.

 

Viajo solo.

«Águila solitaria»

sobre el mar de tus sentimientos.

Deseos de acuatizar...

¡pero estas ruedas!

 

La imantación de tus deseos

vuelca los timones de profundida,

 

Vuelo tan bajo

que necesito más las ruedas

que las alas.

 

Envidia de los árboles

Que tienden, por las dudas,

Sus ramas.

 

Moledor de sol,

 

Punching-ball de los vientos,

Azotador de nubes,

Alisador de miedos.

 

Tu cabeza, aviador,

Es el punto necesario

Para la i latina de tu avión.

 

 

 

POEMA AVIÔNICO DO TÉRMINO DE RAID

Aterrizo com extrema força,
Os hangares em prontidão.
Cheiro de gasolina de carícia queimada.
E, em seguida, silenciador de beijos.

Ah, a áspera dinâmica
de querer-te em mecânica!

 

Loura maquinaria,

com tantos quilômetros de ação
dentro do território da ternura.

 

Viajo só.
“Águia solitária.”
sobre o mar de teus sentimentos.
Desejos de aquatizar...

mas estas rodas!

 

A imantação de teus desejos
torce os lemes de profundidade.

Voo tão rasante
que necessito mais de rodas
que de asas.

 

 

Página publicada em janeiro de 2013

 

 

 

 

 

 

 

 


 

 

 
 
 
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