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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto: http://www.livrariaorfeu.com/

PAULO PEGO

 

PAULO PEGO nasceu em 1967, em Barcelos (Portugal). É Doutor em Direito, Professor da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e Jurista-Linguista do Conselho da União Europeia, em Bruxelas. Publicou vários livros e artigos jurídicos. Foi membro da Oficina de Poesia da Universidade de Coimbra e faz parte do Grupo Poético de Aveiro, do Círculo Literário da União Europeia e do Grenier Jane Tony. Integrou o Conselho Editorial de Sibila – revista de poesia e cultura e o Conselho Editorial de Oficina de Poesia – revista da palavra e da imagem. Publicou poemas em Portugal, no Brasil, na Bélgica, na Ucrânia e no Luxemburgo; entre esses poemas, alguns estão traduzidos para francês, inglês, russo e espanhol.

É autor do livro de poesia À Senoite (Bruxelas, Orfeu, 2009). Em 2010, Paulo Pego obteve uma Menção Honrosa na 14ª edição do concurso literário “Dar Voz à Poesia”. No mesmo ano, foi “Artista em Residência” no programa promovido pelo Município de Idanha-a-Nova. Fez diversas leituras públicas de poesia. Em outubro de 2010, participou no Festival de Poesia “Lira emigrada”, que teve lugar em Bruxelas. É autor do conto “Viagem” (in AAVV, Projecto Talentos Fantásticos 2009 - Antologia, Porto, Edita-Me, 2009). Traduziu para português poemas de Ada Christen (publicados em DiVersos - Poesia e Tradução, n.º 17, julho de 2012). Em dezembro de 2009 e durante o primeiro semestre de 2010, integrou o ateliê de teatro da Maison de la création de Laeken (Bruxelas).

 

PEGO, Paulo.  Em Forma.   Belo Horizonte, MG: Anome Livros, 2014.  52 p.  15x21 cm.    ISBN 978-85-98378-89-3   Projeto gráfico e fotografia: Valdinei do Carmo.          

 

 

O DESCAFEINADO DE IBSEN

 

de passado de rede

   do descascar da cebola

      dos que falam com doblez

         de juizes nas nossas camas

            do meio-irmão viúva marido

               da boa qualidade da naftalina

                  de lembranças não coaguladas

                     de não passar de sidarta a buda

                        da revelação que estrague a romã

                           do corrompi corrompo corromperei

                              de arroz com falta de vergonha doce

                                 de não adormecer no combate de galos

 

café é melhor

cremoso à –superfície

 

 

 

                              EXAME FINAL

 

Escola Superior do Capitalismo

 

conforme o índice de precariedade no emprego

               Tal como a capital europeia da cultura, a do trabalho vai

variando,

3. Qual é a capital europeia do trabalho?

 

É verificar se a coluna do subordinado está devidamente

extraída.

2. Qual é o principal cuidado a ter na avaliação do desempenho?

 

perder partes atrás de partes, não se descortinando o que será no

final.

catorze, depois treze, depois 12 partes. Por mor de processo

dinâmico, tende a

É um papel em vias de extinção, um papelucho, que chegou a ter

  1. O que é urna "folha de vencimentos"?

 

 

 

PEGO, Paulo.  Poesia.  Belo Horizonte, MG: Anome Livros, 2014. 88 p.  15x21 cm.  Projeto gráfico e fotografia: Valdinei do Carmo.   ISBN 978-85-378-90-9  

 

A PALAVRA

 

a palavra

ou a ponte que a nega

estreito

 

a palavra

ou o pássaro que a nega

rasante

 

 

 

MEL

 

a vontade de mel mudou

no dia em que soube

haver abelhas e favos

entre o teto do meu quarto e as telhas

 

que sabor se fez dos sonos e sonhos

 

passei desde esse dia a odiar

os meus melhores amigos

 

 

 

ÁGUA

 

a água que mata sede

no reencontro de amigos

corre da serra

 

montanha inconsumpta

mau grado colandrinos carpinteiros de sorriso alvar

jamais se defaz em serrim

 

sob intermitência do visível

leis escuras das toupeiras

leis sem exceção

sob claror estafeta de sol e luar

corre

 

mas é também água que seca

regato do olho com vista a montante

liquefação de figuras partindo

 

 

 

Página publicada em janeiro de 2015


 

 

 
 
 
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