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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

MARIA ZABELETA

 

(1934-2018)

 

 

Nascida a 17 de março de 1934 em Alcanena, onde passou a sua infância e juventude, Maria Adelaide Rodrigues mudou-se depois para Torres Novas, onde, além da sua carreira profissional como telefonista dos CTT, desenvolveu um grande trabalho ligado às artes, “tendo herdado dos pais o jeito para a poesia, mas também para a prosa, para o canto e para a dança”, explica a mesma nota.

 

A Câmara Municipal de Alcanena aprovou por unanimidade a atribuição de um voto de pesar e reconhecimento em homenagem a Maria Adelaide Ferreira Rodrigues, falecida a 28 de outubro de 2018, aos 84 anos de idade.

Foto e textos da biografia extraídos em: https://www.rederegional.com/index.php

 

 

 

 

 

PERMANEÇO

 

Estou aqui na tarde da vida
Reclinada nos ossos magoados
Ainda hão-de ver-me dividida
No fado, na poesia, joguei dados

 

Errei p'la noite além, perdi o norte
Cantei-te amor, amor que não sabia
0 braço da guitarra foi mais forte
Guardou-me no Menor; Ave-Maria

 

Renasci, inventei-me, fui sereia
Sentada na maré que o mar enleia
Voguei, qual ninfa azul... ah não esqueço

 

Por te saber espaço, linha, bardo

Só não te canto o sítio onde te guardo

Esqueci, morri... mas permaneço.

 

 

 

 

QUADRAS POPULARES (GLOSA)

 

0 meu segredo é levado
Pelo vento num vaivém
Baila breve, é um legado
Não digo nada a ninguém

 

Se o disser fico alerta
Meu prazer será negado
Fico triste sem oferta
0 meu segredo é levado

 

Sei-me noiva outonal
Meu véu não é de ninguém
Foi levado por meu mal...
Pelo vento num vaivém

 

Se sabes o meu segredo
Guarda-o, fica calado
Não te rias, que o meu medo
Baila breve, é um legado

 

E um legado vivido
De ti amor, fica além...
Quando me beijares meu querido
Não digo nada a ninguém.

 

 

 

MONTANHA  

Prenhe de raízes, de bagas, de grão
Vivo do teu pão
Banho-me no teu hálito
Sonho com as tuas fogueiras
Cheiro o teu ventre
Bebo a tua resina
Durmo no teu leito de pedras
Desperto nos teus braços

Descanso no teu sopé
 

Visto-me com o teu manto amarelo e verde
Grito a tua tempestade
Escarpo-te as alturas

 

Colhi uma rosa silvestre
Coroei-me de malmequeres
Cingi-me de alfazema
Bordei-me de alecrim
Toquei-me de rosmaninho
Rosei-me de papoilas
Desmaiei do teu cio.

 

 

 

Página publicada em março de 2020

 

 

 

 


 

 

 
 
 
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