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LUIS FILIPE CRISTÓVÃO

Luís Filipe Cristóvão nasceu em Torres Vedras em 1979. Estudou na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Trabalha no sector do livro, como gestor editorial e livreiro. É autor de livros de poesia e literatura infantil.

Blogue do autor: http://luisfilipecristovao.blogspot.com/

 

De
Luis Filipe Cristóvão

PEQUEÑA ANTOLOGÍA PARA EL CUERPO

Traducción: Manuel Moya
Punta Umbria, España: Ayuntamiento, 2007.
60 p.  (Colección Palabra Ibérica)
ISBN 978-84-935845-1-1

TEXTOS EM PORTUGUÊS    /     TEXTOS EN ESPAÑOL


2.

Os homens conversam na soleira da porta.

La fora os cães, as crianças correm.

É sábado de tarde, sopra uma brisa.

Os homens falam dos seus assuntos,

ligeiros, as crianças inventam os seus jogos,

cada vez mais sérios. Dentro das casas,

as mães sopram o vapor dos bolos acabados de cozer

e a televisão canta músicas muito calmas.

Os homens conversam na soleira da porta.

 

 

2.

 

Los hombres charlan en el umbral de la puerta.

Afuera los perros, los niños corren.

Es sábado por la tarde, sopla una brisa.

Hablan los hombres de sus asuntos,

ligeros, los niños inventan sus juegos

más serios cada vez. Dentro de las casas,

las madres soplan el vapor de los pasteles acabados de cocer

y la televisión entona canciones muy tranquilas

Los hombres charlan en el umbral de la puerta.

 

 

7.

 

Quase sempre, uma estranha noção do amor.

Nas suas maneiras de vestir, nos seus avisos de chegada,

quase sempre um amor maltratado, embrutecido, conflituoso,

pedra de lágrimas, animal.

Quase sempre, os homens. Calças vestidas na ausência dos sentidos,

uma eterna saudade de um colo materno utópico.

Quase sempre, no amor, o não saber como o fazer.

 

 

7.

 

Casi siempre, una noción extraña del amor.

En su forma de vestir, en sus avisos de llegada,

casi siempre un amor maltratado, embrutecido, conflictivo,

piedra de lagrimas, animal.

Casi siempre, los hombres. Pantalones puestos en ausencia de

[sentidos,

una eterna saudade de un regazo materno utópico.

Casi siempre, en el amor, el no saber como hacerlo.

 

 

Página publicada em fevereiro de 2011 graças a material cedido por el poeta y editor Uberto Stabile.


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