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JORGE SOUSA BRAGA

www.assirio.com

JORGE SOUSA BRAGA

Licenciado em Medicina, nasceu em Vila Verde, Braga em 1957.. A sua obra poética tem vindo a revelar-se de uma criatividade notável, sendo notório desde o primeiro livro De Manhã Vamos Todos Acordar Com Uma Pérola No Cu, de 1981, uma abordagem da temática dos Descobrimentos e da portugalidade sempre tomada pelo lado irónico e surrealista, com ressonâncias do movimento Beat, de São Francisco. A sensualidade - e a sexualidade, - em poemas íntimos e por vezes extremos bem como a sua paixão pela poesia oriental têm-no levado a escrever haikus em língua portuguesa com assinalável perfeição. Incansável leitor de poesia verteu para português poemas de Jorge Luis Borges, Matsuo Bashô, Li Po, Guillaume Appolinaire, entre muitos outros.

 

 

OBRA POÉTICA: O Poeta Nu (1991), 2ª edição, Fenda Edições, Lisboa, 1999; Fogo Sobre Fogo, Fenda Edições, Lisboa, 1998; Herbário, Assírio & Alvim, Lisboa, 1999;

A Ferida Aberta, Assírio & Alvim, Lisboa, 2001; Pó de Estrelas, Assírio & Alvim, Lisboa, 2004; Porto de Abrigo, Assírio & Alvim, Lisboa, 2005.

Fonte da biografia: http://poesiailimitada.blogspot.com

 

 

 

Epístola sobre a merda

 

As retretes transformadas em santuários:

eis a minha obsessão

 

A merda é uma boa causa

Demasiado boa

para que alguém lute por ela

 

Só é poeta aquele que

é capaz de comer as próprias fezes

                 

A merda é a única coisa

que não se pode conspurcar

 

 

 

Poemas extraídos da revista POESIA SEMPRE, Num. 26, Ano 14, 2007. Edição da Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro.

 

 

Carta de Amor

 

         A Eugénio de Andrade

 

Um dia destes

vou-te matar

Uma manhã qualquer em que estejas (como de

costume)

a medir o tesão das flores

ali no Jardim de S. Lázaro

um tiro de pistola e ...

Não te vou dar tempo sequer de me fixares o rosto

Podes invocar Safo Cavafy ou S. João da Cruz

todos os poetas celestiais

que ninguém te virá acudir

Comprometidos definitivamente os teus planos de

eternidade

Adeus pois mares de Setembro e dunas de Fão

Um dia destes vou-te matar

Uma certeira bala de pólen

mesmo sobre o coração

 

 

Página publicada em novembro de 2009

 




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