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Foto: https://poetassigloveintiuno.blogspot.com/

 

 

 

 

JOAQUIM CARDOSO DIAS

 

Poeta português contemporâneo.  

 

 

OS MORTOS

 

o que dissemos ontem aos mortos

talvez agora com menos amigos

seja a floração daquela memória

pesando nos ombros

para que os dias aconteçam

cada vez mais lentos

mas tudo recomeça

por me deitar contigo

deixar a luz acesa

e esperar muito que pare de chover

 

              Poema extraído de http://bibliotecariodebabel.com/

 

 

 

 

QUARTO ESCURO

 

 

Estou demasiado perto

das coisas que não existem.

Devoro os meus animais

e dou ar ao mundo,

com um dos seus cantores fascinados.

Sobre o que dissemos ontem, os dentes mais felizes.

E misteriosamente os braços são lindos.

Imaginam o que comiam se eu fosse

uma criança perfeita,

e têm pêlos repetidamente fáceis de pensar.

Mas os outros já não existem na morte.

Tento acender outras imagens devoradas pelo tempo.

E sei que é por tua causa

que esta noite existe e se repete

a vida inteira.

 

 

         Texto extraído de https://casadospoetas.blogs.sapo.pt/

 

 

 

O PRISMA DE MUITAS CORES. Poesia de Amor portuguesa e brasileira.    Organização Victor Oliveira Mateus. Prefácio  Antônio Carlos Cortes.  Capa Julio Cunha.  Fafe: Amarante: Labirinto, 2010  207 p.      Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

 

Rua do Norte

 

No primeiro cansaço não sei o que perdi
amava-te como o refém arrastado sem pressas
amava-te diante do medo mais bonito de te amar

e a história deste sofrimento de oiro
move-se com a velocidade de uma doença fixa
gravitando nos confins perigosos da força do mel

e deitado no chão da sala oiço o rumor do mundo
e aprendo que morrer não significa nada
só podemos falar das imagens que se movem
ao encontro da loucura nesse estremecimento consentido
nessa loucura tua e nossa que ensina o mundo a voar
se nenhum receio no medo mais feliz

hoje digo que te amei ou que te amava ou que te amo
vou dizer que este poema não é teu
vou repetir mil vezes a impressão dos teus dentes
na tua música de foto e vento e lábios novos

mas vou negar tudo
acreditar que sim e que não negar
os que disse depois do silêncio
no primeiro cansaço mesmo antes de teu nome ou
mesmo muito depois de nós

 

 

 

***

 

 

 

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Página publicada em janeiro de 2021


 

 

 
 
 
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